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RESUMOS DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Por:   •  17/3/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.820 Palavras (8 Páginas)  •  134 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

INGRID KELLI SOUZA FERRAZ

HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

PROF. CLÁUDIA TELES

São Mateus – ES

2022

RESUMO 1 - DOCUMENTÁRIO “CARNE E OSSO”

Cada vez mais crescem a competitividade, busca por lucros maiores e pela produtividade febril. O mundo corporativo é regido por metas e regras que corroboram para que essas expectativas sejam atingidas. Porém, nessa batalha as maiores pressões e cobranças recaem sobre os soldados: os trabalhadores. Como retratado na documentário “Carne e Osso”, a realidade dos funcionários de frigoríficos e abate de aves, bovinos e suínos no Brasil se encaixa nessa mentalidade retrógrada.

        Quando se trata da organização do trabalho e do adoecimento de trabalhadores, o setor traz números assustadores. Ocorrem cerca de 3 vezes mais doenças do trabalho relacionadas a movimentos repetitivos, além de elevado índice de acidentes, excesso de risco e traumas psicológicos relacionados ao trabalho. No documentário em questão, pode-se ter consciência das condições de trabalho desses funcionários, que refletem a realidade de tantos outros no país. Extensas jornadas de trabalho numa única posição, movimentos repetitivos, com uma rotina exaustiva, com pressão psicológica intensa e cada vez mais acelerada sem adição de hora extra. Mostrou-se pessoas descartadas ao primeiro sinal de doença. Doença estas acarretadas pelo ambiente degradante, que entretanto são mascaradas como sendo coincidência ou culpa do próprio funcionário.

Condição estrutural inadequada, ambientes de elevado risco, falta de higiene e sobrecarga: tudo isso contribui para o número crescente de doenças físicas e mentais dos trabalhadores. Consequências que se tornam cicatrizes incuráveis na vida dessas pessoas. Muitos deles temem até mesmo a busca por seus direitos. A elevada rotatividade e a sensação de descarte e substituição levam os trabalhadores à Síndrome do Sobrevivente, na qual o medo da demissão e do desemprego se sobrepujam ao sofrimento.

Tendo em vista tais condições degradantes, ainda existe muito a ser feito. Dentre as ações necessárias estão a mudança no sistema de produção, no quadro de funcionários, reformulação das tarefas e diminuição da jornada do trabalhador, além de prestar todo o suporte necessário para seu bem-estar com um olhar mais humano.

RESUMO 2 – SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: UM DIREITO HUMANO

No período Antigo a saúde pública tinha um caráter excludente. Somente com a obra de Bernardo Ramazzini, Discurso sobre a doença dos artífices, a ciência médica relacionou o ofício de pacientes a determinadas doenças ou até mesmo óbito. A princípio, preocupava-se somente com a remediação dos sintomas de trabalhadores que exerciam atividades em um ambiente insalubre ou perigoso. Já a partir de 1950, passou-se a observar também as causas dos sintomas apresentados pelos profissionais de saúde e de áreas variadas. Outro marco foi a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, institucionalizando internacionalmente o propósito de promover a justiça social para o todo o mundo com o lema de que o trabalho não é uma mercadoria e aprovando centenas de convenções internacionais.

A saúde e segurança no trabalho se concretiza como um direito humano constitucional no Brasil e tem tido uma visão ampliativa. Destaca-se s Constituição Federal de 1988, as disposições da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, por fim, há normas editadas pelo Poder Executivo federal, na forma de portarias do Ministério do Trabalho, que aprovaram as conhecidas normas regulamentadoras.

A fim de garantir o cumprimento das normas públicas de saúde, uma das formas encontradas pelo Estado foi a coerção legal sobre os trabalhadores, de forma que a valorização da saúde do trabalhador não é uma opção, por lei. Quando há um desequilíbrio no meio ambiente de trabalho, é dever do empregador verificar as causas e solucioná-las. O desrespeito a normas de direitos fundamentais ocasiona condenações, uma vez que podem causar acidentes de diversas magnitudes e prejudicando o meio ambiente do trabalho. A degradação do ambiente de trabalho configura-se como responsabilidade civil.

Acerca da tipologia da saúde e segurança do trabalho é importante conhecer e distinguir os seguintes termos: acidente do trabalho, acidente de trabalho típico doenças ocupacionais, doenças profissionais e doenças do trabalho.

Tem-se como instrumentos gerais de gestão dos riscos ambientais e prevenção de acidentes de trabalho as NRs, PPRA, PCMSO e outros programas preventivos.

RESUMO 3 – INDICADORES DE SEGURANÇA REPRESENTAM SEGURANÇA?

O indicador é uma representação da realidade segundo alguns critérios pré-definidos. É uma ilustração um retrato mais ou menos fiel de uma situação real. Comumente, as taxas de frequência de acidentes são utilizadas por engenheiros e técnicos de segurança para representar situações de risco no trabalho. Entretanto, mesmo com taxas baixas e com longos períodos de tempo sem acidentes, acidentes graves acontecem.

Da forma que são elaboradas as taxas de frequência e taxa de gravidade não são uma representação real e tampouco previnem os acidentes. Um dos motivos é a utilização de dados passados e esperados. Desse modo, acabam representando taxas de prevalência de acidentes (número total de acidentes dividido pela hora da população exposta). Pode-se dizer que os indicadores se relacionam com desvio e erros e representa o trabalho como é esperado e não de fato como ele é. Entretanto, ainda não ter dado errado não significa que se tem segurança. Ademais, um indicador é limitado em si mesmo e pode não ter a realidade contemplada.

Outro fator que corrobora para a limitação dos indicadores no quesito de segurança é a manipulação dos dados. Isso envolve a imagem que a empresa quer passa a sociedade, e para preservá-la, pode apelar para essa manipulação, desassociando os acidentes de si. Outrossim, é necessário pontuar as diferentes naturezas dos acidentes.

Existem erros nas classificações e nos registros de ocorrência, além de diferentes percepções, medo de punição por parte dos trabalhadores, que muitas vezes distorcem a realidade a fim de evitá-la. Dessa forma, é essencial que haja a diferenciação entre tipos de indicadores e que haja a produção de indicadores tanto de força de trabalho quanto de gestão, indicadores tanto de segurança do trabalho quando de segurança de processo, indicadores relativos quanto proativos. Também é importante ter uma frequência de medição adequada e um planejamento definido quando, onde e como definir, valendo-se de criatividade, inovação e pensamento crítico.

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