Relatório Museu de Minerais e Rochas

1. APRESENTAÇÃO

        Os museus, como entidades de representação social, têm a possibilidade de participarem e acompanharem a trajetória de vida de importantes instituições que moldaram a

sociedade, seja em escala local ou nacional. Instituições estas que aglomeram a cultura de uma comunidade reveladas em documentos, objetos e personalidades (BARRETO, OLIVEIRA e FILHO, 2016, p. 150).

        O Museu de Minerais e Rochas (MMR) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é uma dessas instituições que acompanha e mantém, por meio de seu acervo, parte da memória relacionada à sua estruturação, maturação e estabilização.

        Esse relatório tem como objetivo apresentar toda experiência e conhecimento adquirido durante a visita técnica ao Museu de Minerais e Rochas da UFPE, no dia 22 de Março de 2018 pelos alunos do segundo período do Curso Técnico em Saneamento Ambiental – Subsequente do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). Durante a visita ao museu tivemos acesso a diversos minerais e rochas, adquiridos pelos pesquisadores. Além de conhecermos suas funções econômicas e suas propriedades físico-químicas. No presente trabalho, relatamos sobre a conceituação de rocha e mineral, enumeramos algumas dessas rochas e minereais e apresentamos algumas de suas características.

        

2. DESCRIÇÃO DO LOCAL

Para a realização desta atividade, visitamos o Museu de Minerais e Rochas que é uma instituição vinculada ao Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco desde 1967. O museu é um espaço voltado para a difusão do saber cientifico, da memória universitária, da cultura das geciências, os promovendo através de atividades de lazer.  Seu Patrimônio Cultural é formado por acervos de diferentes tipologias, mas o acervo geológico, constituido de mais de 5000 amostras catalogadas, é o grande destaque para os visitantes.

        Localiza-se no Centro de Tecnologia e Geociências, possuindo um espaço de exposição climatizado, apresentando mais de 700 minerais e rochas representantes da formação terrestre do Nordeste Brasileiro. Mantém ainda diversas coleções didáticas provindas de fora do Brasil e criadas por seus fundadores.

Também possuem uma diversidade de equipamentos e instrumentos que formam o acervo de Ciência e Tecnologia, agregados à partir do ano de 2007.  Sua atual estrutura física é formada por dois ambientes: O Espaço de exposição (figura 1) e o Laboratório de conservação e documentação.

Em complemento, o Museu de Minerais e Rochas possui a responsabilidade de preservar documentos históricos, fotografias e publicações relacionados à institucionalização, prática e ensino da Geologia em Pernambuco.

Figura 1. Exposição do Museu de Minerais e Rochas da UFPE.

[pic 1]

Fonte: Acervo da UFPE.

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Ao entrarmos no Museu de Minerais e Rochas fomos recebidos por alunos do Curso de Geologia em que um deles ficou responsável por nos apresentar e guiar durante as atividades, mostrando cada seção e exemplares de minerais e rochas.

3.1 Minerais

No início, enquanto observávamos alguns exemplares (figura 2), fomos perguntados sobre alguns conceitos básicos como a definição de mineral, que consiste numa substância inorgânica sólida, originada de um modo natural, que possui composição química e estrutura atômica bem definidas; o mineral é um cristal.

Figura 2. Bancada com exemplares de minerais exposta no Museu de Minerais e Rochas da UFPE.

[pic 2]

Fonte: Autores.

O quartzo é um dos minerais mais abundantes. Possui uma estrutura cristalina, composto de Dióxido de Silício (SiO2). É extremamente resistente ao intemperismo e ao desgaste físico. Depois de explicado essa definição de quartzo, o guia apresentou exemplares desse mineral para os estudantes presentes, indagando-os sobre quais eram as diferenças visíveis entre os quartzos.

3.2 Minerais x Rochas

Após essa introdução sobre os minerais, foi conhecida a diferença entre rochas e minerais. Partindo do conceito já apresentado de minerais, as rochas são agregados naturais ou combinações de um ou mais minerais. O mineral não é uma rocha.

As rochas são formadas por dois ou mais minerais. Os minerais são substâncias encontradas na natureza, resultante de milhões de anos de processos inorgânicos.

O ciclo das rochas é uma representação das diferentes transformações que uma rocha pode sofrer, classificando as rochas em três grupos: ígneas, sedimentares e metamórficas.

        As rochas ígneas ou magmáticas são resultado do resfriamento do magma, liberado a partir da movimentação das placas tectônicas. O resfriamento pode caracterizar as rochas ígneas em extrusivas e intrusivas relacionando ao tempo decorrido até que o magma seja resfriado. Esse tempo também determina a formação dos minerais, caso seja resfriado lentamente os minerais crescem o suficiente para se tornarem visíveis a olho nu, caso o resfriamento seja rápido os minerais não desenvolvem o suficiente para serem vistos, obtendo uma textura de granulação (TEIXEIRA et al., 2000, p. 38).

        As rochas sedimentares são rochas formadas pela acomodação de sedimentos de outras rochas, as quais sofreram a ação do intemperismo (vento, chuva, gravidade, outros). As rochas metamórficas são rochas que sofreram com altas temperaturas e pressões, mudando sua estrutura.

Após isso, o guia nos apresentou algumas seções com diversas rochas adquiridas pelo museu.  Estas serão discutidas a seguir nas próximas subseções do presente relatório.

3.3 Minerais Industriais

São minerais predominantemente não-metálicos e rochas, aplicados em produtos e processos como matérias-primas básicas, insumos ou aditivos, de uma grande variedade de segmentos industriais. Esses minerais podem ser utilizados na sua forma natural ou após beneficiamento.

Exemplos de minerais industriais: enxofre, amianto, grafita, cromita, mármore, cianita, barita; calcário, fluorita, quartzo, gipsita, bauxita, diamante, feldspato, quartzito, hematia (Figura 3).

3.4 Turmalina

A turmalina é um grupo de minerais pertencentes à categoria dos minerais de silicato. Os minerais silicatados são a mais importante classe de minerais provenientes de rochas. Os minerais da turmalina são um conjunto de minerais de silicato de boro ealumínio que apresentam composição variável. O termo “turmalina” significa “pedra que atrai a cinza” no idioma cingalês. É demasiada a ocorrência de cristais de turmalina biocoloridos ou multicoloridos (parecidos com arco-íris). Há cores que se intercalam entre as extremidades de uma mesma pedra, como ocorre na turmalina melancia que apresenta uma extremidade cor de rosa e outra verde.