Relatório de pesquisa transporte hidroviário
Por: ketura • 10/5/2017 • Relatório de pesquisa • 3.762 Palavras (16 Páginas) • 307 Visualizações
UNIFEOB Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
RELATÓRIO DE PESQUISA
Transporte Hidroviário
FERNANDA PELLEGRINELLI RA 608356
MATHEUS PEGORIN RA 510236
KÉTURA ADRIÉLE LORO LEOCÁDIO RA: 606759
SÃO JOÃO DA BOA VISTA, SP
MARÇO 2017
FERNANDA PELLEGRINELLI
RA 608356
MATHEUS PEGORIN
RA 510236
KÉTURA ADRIÉLE LORO LEOCÁDIO
RA: 606759
RELATÓRIO DE PESQUISA
Transporte Hidroviário
[pic 3]
São João da Boa Vista, SP
MARÇO 2017
Introdução:
O transporte hidroviário consiste no transporte de mercadorias e de passageiros por barcos, navios ou balsas, via um corpo de água, tais como oceanos, mares, lagos, rios ou canais. O transporte aquático engloba tanto o transporte marítimo, utilizando como via de comunicação os mares abertos, como transporte fluvial, usando os lagos e rios. Esse meio de transporte é apontado como mais barato e o que menos consome energia, sendo também o mais indicado para mover grandes volumes a grandes distâncias. O Brasil, além de sua extensa costa marítima, tem em seu território diversos rios caudalosos, propícios à navegação, entretanto, esse não é o meio mais utilizado no país para a movimentação interna de cargas. Sua participação está abaixo inclusive das ferrovias, reconhecidamente carentes em infraestrutura.
Neste trabalho falaremos um pouco sobre a história desse modal do transporte no Brasil, suas principais vias, e suas características, tanto técnicas quanto operacionais.
História do Transporte Hidroviário no Brasil:
Na história mundial registra-se a prática da navegação desde alguns milênios atrás, em busca de melhores terras e melhor qualidade de vida ou de ampliação de domínios, percorrendo rios e lagos, navegando ao longo da costa ou atravessando os mares. Os egípcios dedicaram-se à navegação fluvial, transportando cargas e pessoas através do rio Nilo, unificando o país e desenvolvendo o comércio e a indústria. E, numa visão de uso múltiplo das águas, aprenderam a dominar as enchentes em favor da agricultura. Os egípcios, gregos e fenícios foram as primeiras as potencias marítimas do mundo e chegaram a construir barcos comerciais e de guerra.
Porém foi a revolução industrial do século XVII, que revolucionou a navegação com a descoberta de máquinas a vapor, que ao serem colocadas nos navios aumentaram suas velocidades. Dando prosseguimento as inovações, vieram os navios que utilizavam óleo combustível, mais tarde os movidos com turbinas e os impulsionados a energia nuclear.
Diante das inovações tecnológicas da época, Cabral parte de Portugal, no final do século XV, com 13 embarcações, chegando ao Brasil em 22 de abril de 1500, num processo que poderia ser denominada a primeira operação de transporte na “Terra de Vera Cruz”. Com a criação das Capitanias Hereditárias, em 1532, foram surgindo pequenos núcleos portuários, tais como o de Itamaracá, o de Porto Seguro e o de são Vicente, que a parti daquele momento começaram a fomentar o transporte costeiro.
Entre 1850 e 1860, várias concessões de navegação foram dadas como, por exemplo, as da ligação de Montevidéu a Cuiabá, pelos rios Uruguai e Paraguai, e do Rio de Janeiro a Montevidéu, já utilizando embarcações com casco de aço. Ademais, o ciclo da borracha veio a intensificar a navegação amazônica. Mas foi também a partir dessa época que foram implantadas as primeiras ferrovias brasileiras, ora complementando trajetos hidroviários, ora concorrendo com as hidrovias.
O grande avanço nos transportes fluviais e marítimos se deu no segundo império, devido, entre outros aspectos, a situação econômica favorável que passava o Brasil, com aumento das exportações de café para o mercado Europeu que possibilitou carrear recursos para a infraestrutura de transporte. Inicialmente, a concessão mais importante no império, no setor hidroviário, foi dada em 1852, à companhia de comercio e navegação do Amazonas, pertencente ao Barão de Mauá. O grande empresário daquela época, o Sr Irineu Evangelista de Souza, o futuro Barão de Mauá, obteve concessão do governo, por um período de 10 anos, para a empresa “Imperial Companhia de Navegação a Vapor”, dando fôlego ao transporte de cabotagem e marítimo.
Na primeira República surge o primeiro plano integrado de transportes, visando o aproveitamento dos grandes rios nacionais como vias naturais de navegação (São Francisco, Araguaia, Tocantins, Guaporé, Madeira, etc.). Previram-se articulações com as malhas ferroviárias Norte/Nordeste e Centro/Sul. Mas a expansão ferroviária colocou em segundo plano as interseções fluviais, devido ao rodoviarismo que praticamente anulou os transportes hidroviário e ferroviário, apesar da ampla malha de hidrovias, da longa costa marítima e, sobretudo, da experiência de vários séculos de operação aquaviária que deram ao Brasil um impulso notável
Principais Hidrovias:
As principais Hidrovias encontram-se nas bacias: Amazônica, Nordeste, Tocantins/Araguaia, São Francisco, Sudeste e Uruguai
∙ Bacia Amazônica - compreende as Hidrovias do Madeira, Solimões, Tapajós e Teles Pires, tendo como principais características a movimentação de petróleo e derivados; passageiros; transporte de granéis sólidos (grãos e minérios); e carga geral.
∙ Bacia do Nordeste - abrange as Aquavias do Parnaíba, Itapecuru, Mearim e Pindaré. De pequeno porte, mas com potencial para movimentação de volume considerável de mercadorias destinadas à economia de subsistência.
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