Relatório ETA: RECURSOS HÍDRICOS

INTRODUÇÃO

A água é um recurso essencial para a manutenção da vida animal e vegetal, sendo também elemento representativo de valores sociais e culturais que envolvem desenvolvimento de organismos, produção de bens de consumo, significação religiosa, entre outros.

Dentre as diversas utilidades da água para o ser humano, há vários requisitos de qualidade necessários para cada atividade a ser realizada, como por exemplo, receber, diluir e transportar esgotos domésticos, efluentes industriais e resíduos de atividades rurais e urbanas. Tendo em vista uma regeneração (e reutilização) da mesma pelo emprego de processos físicos, químicos e biológicos.

O manejo dos recursos hídricos provém das necessidades de cada atividade, compatibilizando os seus diversos usos, de modo a garantir a água na qualidade e quantidade desejáveis aos seus diversos fins. O aproveitamento dos recursos hídricos é um dos grandes obstáculos para a humanidade, para garantir seus múltiplos usos hoje e a futuras gerações.

É de extrema importância que a água seja fornecida com boa qualidade para o abastecimento da população em seus diversos usos, para isso, é necessário um manejo adequado dos recursos hídricos. No entanto, para que isso ocorra, há a necessidade que a água passe por um tratamento em unidades denominadas Estações de Tratamento de Água (ETA).

Estações de Tratamento de Água é um local no qual consiste na purificação da água captada de alguma fonte para torná-la própria para o consumo, dentro dos padrões estabelecidos pela legislação. Basicamente, uma ETA utilizasse de tais processos: captação, coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção, fluoretação, ajuste de ph, reservação e distribuição.

Depende-se das diversas características da água do manancial, para adotar os determinados processos e etapas no tratamento da água. Por exemplo, na obtenção da água proveniente de minas (ou poços artesianos) o método a ser utilizado é mais simplificado, sendo feita em menos etapas, atentando-se na desinfecção (eliminação de patógenos) e degradação da matéria orgânica presente, já a água captada pelas fontes como rios, o método é mais complexo fazendo com que haja maior quantidade de etapas.

A Universidade Federal de Lavras – UFLA, independe da utilização da água da estação de tratamento do município de Lavras, pois a mesma possui suas próprias reservas e ETA. A necessidade de um sistema próprio justifica-se pelos números de consumo no câmpus: em apenas um dia, a Universidade chega a consumir 600 mil litros de água.

OBJETIVOS

O objetivo da visita técnica à Estação de Tratamento de Água da Universidade Federal de Lavras – UFLA foi aplicar o conhecimento teórico conceituado em sala de aula com análise prática, objetivando-se:

- Observar e conhecer a Estação, seus setores e processos em que a água passa no tratamento;

- Observar as propriedades (físicas, químicas, e bacteriológicas) da água, tal como o controle de qualidade;

- Ampliar os conhecimentos sobre manutenção da ETA, e suas futuras instalações oriundas da reforma da Estação;

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A água que entra no sistema de tratamento da UFLA, é originária de três lagoas presentes na própria Universidade, e por gravidade chega à Estação de Tratamento de Água.

Ao entrar no sistema a água recebe uma determinada quantidade de coagulantes que aglomeram as partículas sólidas presentes na água (argila, por exemplo). As partículas coaguladas vão se juntando por meio de floculação, em que as partículas se aglomeram em um maior volume em um tanque com água em movimento.

Na decantação os flocos de partículas sólidas se separam da fase líquida por gravidade em tanques que direcionarão a água decantada para o processo de filtração. A água passa então por filtros de areia, pedras maiores e carvão, em que as partículas de menores dimensões são retidas. Restando apenas impurezas de origem patogênica.

A água necessita então ser desinfetada, é novamente adicionado cloro no sistema pois o antes adicionado para fim de coagulação não eliminou todos os micro-organismos presentes.