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Relatório Laboratório Hidráulica

Por:   •  7/4/2018  •  Ensaio  •  2.006 Palavras (9 Páginas)  •  345 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Todo fluido, ao se deslocar no interior de uma tubulação, acaba perdendo parte de sua energia. Essa perda de energia é chamada de perda de carga e ocorre principalmente devido ao atrito do fluido com uma camada estacionária do mesmo que fica aderida à parede interna da tubulação.

A perda de carga pode ser dividida em duas classificações de acordo com sua origem: perda de carga distribuída, foco do estudo nesse relatório, que ocorre devido ao atrito do fluido com a parede de uma tubulação num trecho linear e perda de carga singular, causada por singularidades ao longo da tubulação, como válvulas, cotovelos, registros, curvas e etc. No livro Mecânica dos Fluidos, Franco Brunetti definiu a perda de carga distribuída como “ a perda de energia que acontece ao longo de trecho retos, de seção constante, devido ao atrito das próprias partículas do fluido entre si”.

Para calcular a quantidade da perda de carga distribuída, deve-se saber os parâmetros que influenciam a mesma. No Material de Apoio de Hidráulica e Hidrologia, que tem como autor o Prof. Ms. Marcos Fernando Macacari, esses parâmetros são: diâmetro do tubo, comprimento do trecho considerado, rugosidade da tubulação, velocidade do escoamento, massa específica do fluido, viscosidade dinâmica do fluido e tempo de uso da tubulação. Levando em considerações esses parâmetros, têm-se a equação (1) de Darcy-Weisbach para o cálculo de perda de carga distribuída, que será utilizada na discussão dos resultados obtidos.

[pic 1]

Onde:

        = perda de carga ao longo do comprimento do tubo (m)[pic 2]

         = fator de atrito de Darcy-Weisbach (adimensional)[pic 3]

         = comprimento da tubulação (m)[pic 4]

         = diâmetro interno do tubo (m)[pic 5]

         = velocidade do fluido no interior do tubo (m/s)[pic 6]

         = aceleração da gravidade local (m/s²)[pic 7]

Para se encontrar o fator de atrito de Darcy-Weisbach, é necessário calcular o Número de Reynolds e posteriormente localizar o atrito correspondente no diagrama de Moody-Rouse. Equação (2) para o cálculo do Número de Reynolds:

[pic 8]

Onde:

         = massa específica do fluido (Kg/m³)[pic 9]

         = velocidade do fluido no interior do tubo (m/s)[pic 10]

         = diâmetro do tubo (m)[pic 11]

        = viscosidade dinâmica do fluido (N.s/m²)[pic 12]

         

 Figura 1 – Diagrama de Moody-Rouse

[pic 13]

        Fonte: http://www.ebah.pt/content/ABAAABKIIAB/diagrama-moody-rouse

Para efetivamente calcular a perda de carga nesse experimento, utilizou-se a equação (3) da energia de Bernoulli:

[pic 14]

Como no experimento a altura entre as tomadas de pressão não varia, assim como velocidade dentro de cada escoamento, a equação pode ser simplificada como:

[pic 15]

Onde:

         perda de carga (m)[pic 16]

         = pressão inicial (Pa)[pic 17]

         = pressão final (Pa)[pic 18]

        = peso específico do fluido (N/m³)[pic 19]

Outra fórmula utilizada foi a equação (4) da vazão, para o cálculo da velocidade nos escoamentos do experimento.

[pic 20]

Onde:

         = vazão (m³/s)[pic 21]

         = velocidade (m/s)[pic 22]

         = área (m²)[pic 23]

        

Para encontrar e propagar os erros envolvidos nos dados experimentais, serão utilizadas as equações (4) e (5) para média e desvio padrão respectivamente.

[pic 24]

[pic 25]

O erro envolvido depende do seguinte parâmetro:

- Se o desvio padrão for maior que a precisão do equipamento utilizado, o erro será:

[pic 26]

- Se o desvio padrão for menor ou igual a precisão do equipamento utilizado, o erro será:

[pic 27]

Onde:

         = erro[pic 28]

         = número de medidas realizadas[pic 29]

         = desvio padrão[pic 30]

         = precisão do equipamento utilizado[pic 31]

  1. OBJETIVOS

-        Medir a perda de carga distribuída no tubo PVC rígido de ½” que compõe parte da bancada hidráulica;

-        Estabelecer a relação entre a velocidade do escoamento e a perda de carga;

  1. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

        Materiais utilizados:

  • Trena, com precisão de 0,1m;
  • Paquímetro, com precisão de 0,05 mm
  • Pressostato 1, com precisão de 0,01 bar
  • Pressostado 2, com precisão de 1 mbar
  • Medidor de vazão digital, com precisão de 0,1 L/min
  • Bancada de hidráulica.
  • Mangueiras azuis

        O experimento foi realizado utilizando um trecho da tubulação de PVC rígido de ½” na bancada de hidráulica, que se estende do ponto P9 ao ponto P16.

        O procedimento em si foi realizado da seguinte forma:

  1. Verificou-se se todos os registros estavam fechados e abriu-se o registro R1;
  2. Os registros R6, R12, R17 e R23 foram abertos;
  3. As mangueiras azuis foram fixadas nas tomadas de pressão do tubo 1/2" de PVC rígido (pontos P9 e P16) e posteriormente acopladas aos pressostatos 1 e 2;
  4. Ligou-se o disjuntor no painel elétrico. O Led indicando “energizado” acendeu;
  5. Acionou-se a chave Start. Os instrumentos (inversores de frequência e multimedidor se iluminaram);
  6. Ligou-se a bomba no botão Parte. A seguir ajustou-se a potência da bomba para não ultrapassar a escala do pressostato;
  7. Anotou-se o valor de pressão no ponto 1, no ponto 2 e a vazão volumétrica no medidor de vazão digital. O procedimento foi repetido 3 vezes com a mesma velocidade, desligando a bomba antes de cada repetição;
  8. As operações foram repetidas variando a potência da bomba e, portanto, a velocidade do escoamento;
  9. Anotou-se a distância entre as duas tomadas de pressão com a trena e o diâmetro interno do conduto com o paquímetro (subtraindo a espessura do conduto que é de 2,0mm).
  1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

  1. Dados Obtidos

        Todos os dados coletados foram convertidos para o Sistema Internacional de Unidades.

        A seguir tem-se a tabela 1, onde os dados foram obtidos no primeiro escoamento.  A valor de vazão foi retirada do medidor de vazão digital, as pressões no ponto 1 e 2 foram obtidas com o pressostato 1 e 2 respectivamente. Com esses dados calculou-se a média e o desvio padrão com as equações (5) e (6), para auxiliar na propagação de erro a seguir.

...

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