Relatório de física II - dilatação térmica
Por: BrendhaLee • 13/5/2015 • Relatório de pesquisa • 1.701 Palavras (7 Páginas) • 2.072 Visualizações
- Introdução
Ao aquecer um corpo promove-se uma maior agitação de suas moléculas e com consequência o aumento na distância média entre as mesmas. Pode-se afirmar que a dilatação ocorre de forma mais intensa nos gases, de forma intermediaria nos líquidos e de forma menos intensa nos sólidos.
A dilatação é muito importante para a área de construção civil, pois para o projeto sair como planejado é necessário levar em consideração as alterações decorrentes do fenômeno. Um exemplo são os espaços deixados entre os trilhos de trem, entre blocos de concreto e pontes. Esses espaços são chamados de juntas de dilatação, e são deixados para quando houver uma variação de temperatura – que resulta na dilatação – e assim, não prejudicar a construção.
Para prever os espaços a ser deixados, é necessário o conhecimento do fenômeno da dilatação. Para isso tem-se a constantes de proporcionalidade α:
(1)[pic 1]
Onde:
ΔL = L - ; variação de comprimento (2)[pic 2]
ΔT = T - ; variação de temperatura (3)[pic 3]
α: coeficiente de dilatação Linear.
Se um corpo possui um comprimento inicial a uma temperatura inicial , seu comprimento L a uma temperatura T = + ΔT tem-se:[pic 4][pic 5][pic 6]
(4)[pic 7]
A relação linear entre as grandezas das equações é aproximadamente correta apenas quando as variações de temperatura são pequenas. Os coeficientes de dilatação linear para alguns materiais estão na Figura 1.
[pic 8]
Figura 1 - Coeficientes de Dilatação Linear
2 – Objetivos
O experimento tem como objetivo relacionar a variação do comprimento de um corpo com o seu comprimento inicial e o comprimento final, devido à variação de temperatura. Objetiva relacionar a variação do comprimento em função do comprimento inicial e da variação de temperatura e também determinar o coeficiente de dilatação linear do corpo de prova.
3 - Materiais e Métodos
- Um dilatômetro com base principal, medidos de dilatação, div: centésimo de milímetro, escala milimetrada, guia com mufa, guia de saída e sapatas niveladoras;
- Um corpo de prova de latão, um de aço e um de cobre;
- Uma conexão rápida de saída;
- Uma conexão rápida de entrada;
- Um medidor de temperatura (termômetro);
- Um batente móvel fim de curso;
- Uma trena milimetrada;
- Uma fonte de calor;
- Uma garrafa térmica com água quente;
- Um recipiente de água fria e/ou gelada;
- Um funil;
- Um balde vazio;
- Um pano de limpo.
[pic 9]
Figura 2: Estrutura para estudo da dilatação dos sólidos.
Inicialmente montou-se a estrutura da Figura 2. Colocou-se o guia com mufa na marca dos 500 mm e se verificou se o batente móvel fim de curso estava tocando na ponteira do medidor de dilatação. Observou se a escala do medidor estava indicada em zero.
O experimento foi dividido em duas partes, sendo que na primeira parte o objetivo foi observar a variação do comprimento (∆L) em função do comprimento inicial () e na segunda parte o objetivo foi relacionar a variação no comprimento (∆L) com a variação na temperatura (∆T).[pic 10]
Na parte 1 do experimento, mediu-se o comprimento inicial do corpo de prova (), que é a distância entre o centro da guia com a mufa até o medidor. Após determinar esse comprimento inicial, também se determinou a temperatura inicial () do sistema. Foi ativada a fonte de calor e aguardou-se até que o corpo atingisse a temperatura máxima T. Aguardou o equilíbrio térmico e após isso, mediu-se a temperatura T e a variação do comprimento (∆L) sofrida pelo corpo de prova. [pic 11][pic 12]
Com um pano molhado, removeu o corpo de prova e o esfriou. Para as outras medições variou-se o comprimento inicial para 400 mm, 350 mm e 300 mm e mediu-se a variação do comprimento ∆L quando atingida a temperatura máxima T no equilíbrio.[pic 13]
Na parte 2 do experimento determinou-se o comprimento inicial () do corpo de prova e a temperatura inicia () do sistema. Com a mesma montagem da parte 1 do experimento, colocou-se água para circular a diferentes temperaturas pelo interior do corpo de prova. Assim, calculou-se a variação de temperatura ∆T sofrida pelo corpo de prova e mediu-se a variação de comprimento ∆L sofrida pelo corpo de prova.[pic 14][pic 15]
4 – Resultados
Parte 1
Tabela 1: Medidas da temperatura inicial, temperatura final, variação de temperatura, comprimento inicial, variação de comprimento e coeficiente de dilatação linear.
± 0,5 [pic 16] (°C) | ± 0,5[pic 17] (°C) | ΔT ± 1,0 (°C) | ± 0,00005 (m)[pic 18] | ± 0,0001 (m)[pic 19] | 𝛂 ± 5 × [pic 20] [pic 21] |
25 | 95 | 70 | 0,50 | 6,3 × [pic 22] | 1,80 × [pic 23] |
25 | 95 | 70 | 0,40 | 5,2 × [pic 24] | 1,86 × [pic 25] |
25 | 95 | 70 | 0,35 | 4,4 × [pic 26] | 1,80 × [pic 27] |
25 | 95 | 70 | 0,30 | 3,6 × [pic 28] | 1,71 × [pic 29] |
Para todas as medidas realizadas a variação de temperatura foi de 70°C, assim para cada comprimento inicial e sua respectiva variação (∆L), foi possível calcular o Coeficiente de Dilatação Linear (α) pela equação (1), que estão apresentados na Tabela 1.
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