Resenha artigo: Educando para a criatividade em engenharia
Por: Guitarallo • 17/8/2018 • Resenha • 700 Palavras (3 Páginas) • 486 Visualizações
Artigo: “Educando para a criatividade em engenharia”, de George A. Wood Jr.
O artigo inicia relatando sobre a criatividade na engenharia e faz referência a definição dada por Rollo May, que diz: “criatividade é o processo de trazer algo novo para dentro da rotina”. É comentado também que grande parte da engenharia tem pouco a ver com a criatividade em seu significado mais amplo. O autor menciona que muitos engenheiros escolhem não atuar em empreendimentos criativos preferindo as áreas de análise, teste e aprimoramento de produtos e/ou processos, ou atuando como gestores. Neste ponto concordo com o autor, pois muitos engenheiros que hoje se dedicam às áreas de gerência dentro de indústrias se envolvem pouco ou acabam nem participando nos processos produtivos e criativos, propriamente ditos.
A teoria de que o desempenho criativo seja o mais importante é rechaçada pelo autor, ponderando que para muitos engenheiros a experiência criativa não é a mais satisfatória. O autor menciona que seria irreal acreditar que as escolas de engenharia tivessem como propósito formar engenheiros com criatividade. De fato, cada profissional, pode se realizar de diferentes maneiras em variados campos de atuação.
O autor busca mostrar o processo criativo como ele tem entendido através dos seus mais de 30 anos de carreira na engenharia, atuando como projetista de máquinas. Explorando sua experiência para identificar aspectos positivos no desenvolvimento de profissionais criativos. Relata que para ele, os momentos de maior alegria e satisfação envolviam realizações criativas, pessoais quanto de colegas.
Dentro desse contexto, relembra de um episódio ocorrido na Primeira Conferência de Mecânica Aplicada, em Tusla/Oklahoma. Um trabalho chamado “O mecanismo de quatro barras como um mecanismo de ajuste” que despertou sua atenção. O trabalho contava com apenas uma equação e cinco imagens, o que destoava de artigos voltados a analise dos problemas de mecanismos. O problema apresentado era de ajuste de um espelho em um galvanômetro óptico. A solução apresentada no trabalho foi baseada na montagem dos elementos em uma nova forma. Também comenta que o trabalho não recebeu o reconhecimento que deveria dos avaliadores, mas que considerava um excelente exemplo de um momento criativo na vida de um homem.
Na seqüência o autor propôs analisar o referido trabalho e reconstituir os passos seguidos pelo autor do trabalho no desenvolvimento da solução, na sua visão.
A necessidade do trabalho deve ter surgido como uma demanda na companhia em que trabalhava. O problema lhe foi apresentado e uma solução foi requerida. Foram apontados os requisitos necessários da solução, como baixo custo, melhoria de estabilidade de ajuste, manter aparência limpa, entre outras. Recebeu uma lista de especificações a serem atendidas, o orçamento previsto para execução do projeto e os prazos para se realizar as entregas.
A partir daí o autor menciona as fases do processo de criação de uma solução, pelas quais o autor do trabalho deve ter passado. Tendo início pela pesquisa, a fim de ter um conhecimento robusto sobre o equipamento que precisava projetar conhecer equipamentos similares, seu funcionamento, podendo visualizar as funções de cada elemento dentro do equipamento.
A seguir viria a fase de idealização, na qual o projetista precisava imaginar como se fosse um usuário/consumidor, as funções que teriam valor percebido. Imaginar o que deveria ter e como funcionar. O que causaria dificuldades no seu uso e o que poderia atrair a atenção positivamente. Dedicou bastante tempo a analisar as formas possíveis de rotação em torno de um ponto arbitrário. A cada solução que imaginava, começava a analisar e encontrar defeitos e a necessidade de melhorar a proposta. Não conseguia vislumbrar uma solução – o que chama de fase de frustração.
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