Resumo tratamento de efluentes_Disciplina Instalaçoes industriais
Por: Lucílio Duarte • 11/5/2015 • Relatório de pesquisa • 2.804 Palavras (12 Páginas) • 286 Visualizações
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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
LUCILIO MOURA
TRATAMENTO DE EFLUENTES
CAMAÇARI-BA, FEVEREIRO DE 2015.
LUCILIO MOURA
TRATAMENTO DE EFLUENTES
Trabalho sobre tratamento de efluentes apresentado ao curso de Engenharia de Produção para avaliação do Prof.º Écio.
CAMAÇARI-BA, FEVEREIRO DE 2015
1. Introdução
O ciclo hidrológico é um importante regulador do clima e um fundamental sistema de transporte de substâncias essenciais à consolidação estável da vida.
A utilização de águas dos aqüíferos subterrâneos para fins industriais e, sobretudo, para irrigação de plantações vem promovendo o rebaixamento do nível freático destes aqüíferos em um ritmo muitas vezes superior à reposição de água que o ciclo hidrológico pode proporcionar.
Devolver a água em condições de manter a integridade dos ecossistemas tem sido uma preocupação constante, já que ela é um ponto crítico no ciclo vital do planeta.
1. Objetivo
O objetivo do tratamento de efluentes consiste na remoção da poluição presente (inorgânica ou orgânica) pelo uso de processos químicos, físicos e biológicos para posterior lançamento nos corpos receptores.
O tratamento físico visa a retirada do material particulado em suspensão; o biológico, a remoção da carga orgânica solúvel presente; e o químico, redução de DQO (Demanda Química de Oxigênio), os nutrientes, os patógenos e as substâncias tóxicas.
Parâmetros de controle de efluentes líquidos
A gestão sobre os efluentes líquidos passou a fazer parte dos princípios gerais dos negócios das organizações e tem sido incluída entre as diretrizes políticas, de saúde, segurança e preservação ambiental.
A legislação é que orienta a questão do controle da poluição ambiental. Através de vários instrumentos, são dadas as diretrizes básicas quanto ao gerenciamento de resíduos líquidos, sólidos e atmosféricos
O CONAMA é o órgão nacional consultivo e deliberativo que estabelece os padrões de qualidade da água e do ar, além dos estados e municípios que podem ser iguais ou mais restritivos.
No entanto pode-se observar que a legislação ambiental é muito complexa, mesmo aquela somente aplicada à indústria.
A legislação é a primeira condicionante para um projeto de uma ETEI (estação de tratamento de efluentes industriais), sendo importante ressaltar que as diferenças das legislações muitas vezes inviabilizam a cópia de uma estação de tratamento que apresente sucesso em um Estado para outro. Uma ETEI pode ser suficiente para atender a legislação de um Estado mas não atender a todos os limites estabelecidos por outro Estado.
Principais parâmetros de controle de efluentes líquidos:
Oxigênio Dissolvido: concentração necessária para sobrevivência dos organismos na água.
Temperatura: influência na concentração de oxigênio, pois a solubilidade dos gases inversamente proporcional a temperatura aumentando metabolismo dos organismos que passam a necessitar de mais oxigênio.
Biodegradabilidade: Capacidade de um efluente específico degradado biologicamente. Quanto maior for a concentração de matéria orgânica, maior será a proliferação de bactérias e demanda de oxigênio mensurado através de DBO (Demanda Bioquímica de oxigênio). A DQO (Demanda Química de Oxigênio) A DQO é a medida da quantidade de oxigênio necessária para oxidar quimicamente a matéria orgânica.
Sólidos: Compostos por substâncias dissolvidas e em suspensão, de composição orgânica e ou inorgânica com pontos de ebulição superiores ao da água.
Metais: Por seu poder cumulativo, não são eliminados do organismo uma vez ingeridos. Ex.: Arsênio, Cádmio, Chumbo, Cromo, Mercúrio e Prata.
Detergentes: Têm a capacidade de reduzir a tensão superficial. A espuma formada pelos detergentes nos corpos receptores (rios, lagos, etc.) impede a penetração de luz e, por conseqüência, o fornecimento de oxigênio pelos organismos fotossintetizantes.
Nitrogênio e Fósforo: provocam a proliferação de vegetais causando a eutrofização do corpo hídrico.
Além dos parâmetros citados devem-se avaliar as características sensoriais dos efluentes notadamente como o odor e a cor. Estas aparentemente são muito importantes, pois despertam as atenções inclusive dos leigos podendo ser objeto de atenção das autoridades.
Tratamento preliminar
A medição de vazão é um procedimento adotado em todas as estações de tratamento. Este equipamento é fundamental nas etapas inicial, intermediária e final, pois permite planejar uma estação assim como indicar as variações na vazão evidenciando possíveis vazamentos ou volume incorporado ao sistema.
Dispositivos de medição de vazão:
Vertedor triangular: indicado para vazões de até 30 l/s.
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Vertedor retangular: Indicado para vazões entre 300 a 1000 l/s.
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Calha Parshall: Indicada para grandes vazões, de 300 a 400 l/s.
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Gradeamento
O gradeamento tem por objetivo separar do efluente materiais grosseiros que provavelmente danificariam os equipamentos do sistema antes do tratamento. Ex.: (desgaste de bomba, obstruções de tubulações, etc.)
Remoção de óleos e graxas
Consiste em operações de separação destes materiais que podem causar o entupimento das peneiras, assim como formação de película superficial nos sistemas biológicos. Esta operação é realizada através de do processo de flotação (natural e/ou mecânica).
Peneiramento
Tem como como objetivo evitar o entupimento de tubulações, desgaste de bombas. Consiste numa chapa perfurada ou ranhurada que permite apenas a passagem de líquidos e sólidos muito finos.
Desaneração
Temo como objetivo a retenção de areia e materiais semelhantes. Sendo que o principio de seu funcionamento baseia-se na densidade entre tais materiais (areia e partículas metálicas) e a água.
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