SAPATA ASSOCIADA COM VIGA DE RIGIDEZ
Por: guiss3 • 9/5/2018 • Trabalho acadêmico • 3.763 Palavras (16 Páginas) • 1.188 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
SAPATA ASSOCIADA COM VIGA DE RIGIDEZ
2017
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO 3
2 MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO ADOTADO 4
2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ DAS SAPATAS DE ACORDO COM A NBR 6118:2014 4
2.2 MÉTODO DAS BIELAS 6
3 VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE 8
3.1 SEGURANÇA AO TOMBAMENTO 8
3.2 SEGURANÇA AO ESCORREGAMENTO (deslizamento) 9
3.3 VERIFICAÇÃO DO ESCORREGAMENTO DA ARMADURA DE FLEXÃO EM SAPATAS 10
4 ROTEIRO DE CÁLCULO 12
4.1 DIMENSIONAMENTO DA VIGA DE RIGIDEZ 12
4.1 DIMENSIONAMENTO DA SAPATA ASSOCIADA COM VIGA DE RIGIDEZ 21
5 EXEMPLO DE CÁLCULO 29
6 REFERÊNCIAS 33
1 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO
Conforme Alva (2007) as sapatas associadas são aquelas que transmitem as ações de dois ou mais pilares adjacentes. São utilizadas quando não é possível a utilização sapatas isoladas para cada pilar, por estarem muito próximas entre si, o que provocaria a superposição de suas bases (em planta) ou dos bulbos de pressões. Neste caso, convém empregar uma única sapata para receber as ações de dois ou mais pilares.
O centro de gravidade da sapata normalmente coincide com o centro de aplicação das cargas dos pilares. Para condições de carregamento uniformes e simétricas, as sapatas associadas resultam em uma sapata corrida simples, de base retangular. Entretanto, quando as cargas dos pilares apresentam diferenças relevantes, a imposição de coincidir o centróide da sapata com o centro das cargas dos pilares conduz ou a uma sapata de base trapezoidal (em planta) ou a sapatas retangulares com balanços livres diferentes (em planta).
Usualmente nas sapatas associadas com cargas altas é recomendável projetá-la com uma “viga de rigidez”, que aumenta a segurança da sapata, diminui a deformabilidade da mesma e aumenta a sua rigidez. O eixo da viga passa pelo centro de cada pilar. A figura 1 exemplifica:
[pic 1]
Figura 1: Sapata associada retangular
Fonte: Estruturas de Concreto - Projeto Estrutural de Sapatas
2 MÉTODO DE DIMENSIONAMENTO ADOTADO
2.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RIGIDEZ DAS SAPATAS DE ACORDO COM A NBR 6118:2014
Segundo Bastos (2016) a classificação das sapatas relativamente à rigidez é muito importante, porque direciona a forma como a distribuição de tensões na interface base da sapata/solo deve ser considerada, bem como o procedimento ou método adotado no dimensionamento estrutural.
O item 22.6.1 da NBR 6118:2014 classifica as sapatas como rígidas ou flexíveis, sendo rígida a que atende as equações 1 e 2 abaixo, conforme as dimensões indicadas pela figura 2:
[pic 2] (1)
[pic 3] (2)
[pic 4]
Figura 2: Dimensões da sapata
Fonte: Bastos (2016)
Onde:
h = altura da sapata;
A e B = dimensão da sapata em uma determinada direção;
ap e bp= dimensão do pilar na mesma direção.
As sapatas rígidas têm preferência no dimensionamento de fundações, visto que são menos deformáveis e menos sujeitas à punção. A figura 3 abaixo demonstra as condições estabelecidas pela norma:
[pic 5]
Figura 3: Classificação das sapatas de acordo com a NBR 6118:2014
Fonte: Estruturas de Fundações – Prof Gerson Moacyr Sisniegas Alva
Portanto, para este trabalho considera-se apenas sapatas rígidas, devido a simplificação dos cálculos de dimensionamento não sendo necessário à verificação à punção, por serem as mais utilizadas e por garantir maior enrijecimento às sapatas.
2.2 MÉTODO DAS BIELAS
De acordo com Bastos (2016), como modelo de cálculo para sapatas associadas com viga de rigidez pode-se utilizar o CEB-70 ou Método das Bielas. Para este trabalho adota-se o Método das Bielas.
Este método foi proposto por LEBELLE (1936), aplica-se às sapatas rígidas, baseado na teoria das bielas, onde se pode, então, compreender a existência de bielas inclinadas de compressão, que são resistidas pelo concreto e transmitem às barras de aço esforços de tração (figura 4), sendo a altura útil dada pela equação 3 a seguir:
[pic 6] (3)
Onde:
d = altura útil da sapata;
A = dimensão da sapata em uma determinada direção;
ap = dimensão do pilar na mesma direção.
[pic 7]
Figura 4: Carga do pilar em direção à base da sapata
Fonte: Bastos (2016)
Nota-se que o limite estabelecido pelo Método das Bielas é inferior ao estabelecido pela NBR 6118:2014, sendo assim, existe uma faixa de valor de “d” em que a sapata será considerada rígida conforme o critério do método, e flexível, conforme critério da ABNT. Isto equivale a dizer que, se atendido o critério de rigidez proposto pela NBR 6118:2014, automaticamente a sapata será rígida de acordo com o Método.
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