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SO- Sistemas Operacionais Linha Do Tempo

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Por:   •  12/9/2013  •  4.026 Palavras (17 Páginas)  •  726 Visualizações

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A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS OPERACIONAIS

Os sistemas operacionais têm seguido historicamente à arquitetura dos computadores nos quais iriam rodar. Esse mapeamento entre gerações de computadores e gerações de sistemas operacionais é imaturo, mas tem um sentido.

O matemático inglês Charles Babbage (1792-1871) criou o primeiro computador digital verdadeiro. Babbage usou uma grande parte de sua fortuna e de sua vida tentando construir sua maquina, mas seu projeto nunca foi terminado devido a seu projeto ser apenas um modelo matemático e devido a tecnologia da época não permitir tal feito.

1 - A Primeira Geração (1945-1955): Válvulas e Painéis com Plugs

Após o fracasso de Babbage , não se houve muito progresso na construção de computadores digitais até a Segunda Guerra Mundial. Em torno de 1940, Howard Aiken em Harvard, John Von Neumann no Instituto para Estudos Avançados em Princeton, John Presper Eckert e William Mauchley na Universidade de Pennsylvania e Konrad Zuse na Alemanha, entre outros, tiveram sucesso na construção de máquinas calculadoras usando válvulas. Essas máquinas eram gigantes, que ocupavam salas completas, e possuíam dezenas de milhares de válvulas, porém eram muito lentas quando comparadas aos mais simples computadores pessoais de hoje.

As máquinas eram programadas em linguagem de máquina conectando fios e plugs aos painéis para usar as funções básicas das máquinas. Naquele tempo eram utilizados pequenos grupos de pessoas que construíam, programavam, operavam e faziam manutenção de cada máquina.

Linguagens de Programação ainda nem existiam (nem mesmo a linguagem assembly).nem mesmo se ouvia falar sobre sistemas operacionais e coisas do tipo. A execução dos programas ocorria com o se ouvia falar em sistemas operacionais. O modo usual de operação consistia no programador criar o programa num papel e então ir à sala da máquina, inserir os plugs nos painéis do computador e gastar as próximas horas apelando que nenhuma das milhares de válvulas não se queimasse durante a execução do programa. Por volta dos anos 50, isso teve uma pequena evolução com a introdução de cartões perfurados. Era possível, a partir de então, se escrever programas em cartões e lê-los, em vez do uso de plugs e painéis.

2 - A Segunda Geração (1955 - 1965): Transistores e Sistemas Batch

A introdução do transistor nos anos 50 mudou tudo radicalmente. Os computadores tornaram se confiáveis para que pudessem ser produzidos e vendidos comercialmente na expectativa de que eles continuassem a funcionar por bastante tempo para realizar algumas tarefas usuais. A princípio houve uma clara separação entre projetistas, construtores, operadores, programadores e pessoal de manutenção.

As máquinas eram alocadas em salas preparadas com refrigeração e com apoio de operadores profissionais. Apenas as grandes companhias, agências governamentais, ou universidades, tinham condições para pagar um preço de milhões de dólares por tais máquinas. Para rodar os “jobs” (isto é, eram programas ), primeiro o programador escrevia o programa no papel (em FORTRAN ou linguagem Assembly que agora já existia ), e então perfurava-o em cartões. Assim , ele levava o "deck" de cartões à sala de recepção e o entregava a um dos operadores.

Quando o computador encerrava a execução de um job, um operador coletava a saída na impressora, a conduzia de volta à sala de recepção onde o programador poderia coletá-lo posteriormente. Então ele pegava um dos decks de cartões que tinha sido trazido da sala de recepção e produzia a sua leitura. Se o compilador FORTRAN era necessário, o operador tinha que pegá-lo da sala de arquivos e produzir a sua leitura. Muito tempo do computador era desperdiçado enquanto os operadores caminhavam pelas salas da máquina para realizarem tais tarefas.

Devido ao alto custo dos equipamentos, era de se esperar que as pessoas tentassem reduzir o tempo que era desperdiçado. A solução adotada era o sistema em "batch". A idéia original era possuir uma bandeja completa de jobs na sala de recepção e então lê-los para uma fita magnética usando um computador pequeno e relativamente barato, por exemplo o IBM 1401, que era muito bom na leitura de cartões, na cópia de fitas e na impressão da saída, porém não era tão bom em cálculo numérico. Outros computadores, máquinas mais caras, tais como o IBM7094, eram usados para a computação real.

Muitos computadores da segunda geração eram de uso principalmente para cálculos científicos e de engenharia, tais como em solução de equações diferenciais parciais. Eles eram vastamente programados em FORTRAN e em Assembly. Sistemas operacionais típicos eram o FMS (Sistema Monitor FORTRAN) e IBSYS (Sistema Operacional da IBM para o 7094).

3 - A Terceira Geração (1965 - 1980): CIs e Multiprogramação

Nos anos 60, muitos fabricantes de computadores tinham duas linhas de produto distintas e totalmente incompatíveis. Por um lado havia os computadores científicos, em grande escala, orientado por palavras, tais como o 7094, que era usado para cálculos numéricos em ciência e engenharia. Por outro lado, havia os computadores comerciais, orientados por caráter, tais como o 1401, que era vastamente usado para classificação em fita e impressão, por bancos e companhias de seguros.

Desenvolvimento e manutenção de duas linhas de produto completamente diferentes era uma proposta cara para fabricantes. Além do mais, clientes em potencial para aquisição de novos computadores necessitavam inicialmente de uma pequena máquina, para mais tarde, com o crescimento, terem uma máquina maior em que pudessem rodar todos os seus programas de uma forma mais veloz.

A IBM, no intuito de resolver ambos os problemas de uma só vez, introduziu o sistema /360. O 360 era uma série de máquinas compatíveis por software, variando de tamanho a partir do 1401 até o mais potente 7094. As máquinas eram diferentes apenas em preço e performance (capacidade de memória, velocidade do processador, número de periféricos I/O permitidos, e assim por diante). Já que todas máquinas tinham a mesma arquitetura e o mesmo conjunto de instruções, pelo menos em teoria, programas escritos para uma máquina poderiam rodar em todas. Além disso, o 360 foi projetado para usar tanto computação comercial como computação científica. Assim, uma única família de máquinas poderia satisfazer às necessidades de todos os clientes. Em anos

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