Segurança Da Informação Nos Tempos Das Redes Sociais
Artigo: Segurança Da Informação Nos Tempos Das Redes Sociais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Daniel • 14/4/2014 • 2.007 Palavras (9 Páginas) • 485 Visualizações
MENOS CONHECIMENTO, MENOS SEGURANÇA.
Até aonde vai efetivamente a segurança de nossos dados ou a sua vida particular na Internet?
É neste âmbito de Segurança da informação que temos que nos preocupar. E as Redes Sociais são as mais vulneráveis nos dias de hoje. A promessa de que seus dados estão seguros dentro de uma Rede Social é totalmente utópica. Afinal, o próprio usuário cria o seu perfil e permite a visualização pública do mesmo, pois desconhecem os meios existentes para proteger suas informações ou pequenas atitudes que podem evitar muitos problemas futuros no que diz respeito a roubo de dados e invasão de perfil.
O simples fato de muitos usuários terem suas informações disponíveis para toda a internet na rede social ver, torna o ambiente propício para que criminosos consigam saber muito da vida dos usuários apenas ao clicar e ler a página do perfil desejado – inclusive, por exemplo, na hora de buscar informações para responder as “perguntas secretas” usadas para recuperação de senhas e com isso, ter acesso total à conta do usuário. Normalmente a vida simples e corriqueira de uma pessoa é tudo o que se precisa saber para que um crime aconteça no âmbito tecnológico, pois a maioria das pessoas não se preocupa sequer em colocar senha de acesso mais elaboradas do que uma data de aniversário, por exemplo.
Mais de 60% dos entrevistados numa pesquisa dirigida pela Symantec, responderam que não utilizam chaves de acesso complexas e também não as alteram regularmente. Os adeptos do 123456 para tudo estão propensos a correrem mais riscos. “Os cibercriminosos gostam de alvos fáceis. Se você andar com a carteira no bolso de trás da calça será mais fácil de ser roubado do que se estiver na mochila. O mesmo ocorre na rede”, ressalta Palmer – coordenador da pesquisa.
Ainda nessa mesma pesquisa, apenas 29% dos entrevistados dizem ter um software de segurança atualizado. No entanto, quando a pergunta é sobre o conhecimento dos riscos dos crimes na internet, 82% dizem estar cientes.
Ao abordar mais especificamente a questão de perfis falsos no campo da rede social, esta se mostra a mais utilizada para fins de crimes cibernéticos. É claro que nem todo perfil falso tem este intuito, mas de maneira geral, as pessoas que se escondem atrás de uma falsa identidade na rede social, possuem razões no mínimo intrigantes para tal, o que merece mesmo nossa total atenção e redobrados cuidados.
A fora os problemas com pedofilia online, que por si só já representa uma enorme preocupação por parte da sociedade, em geral o perfil “fake”, como é popularmente chamado, encontra espaço para cada vez mais usuários com intenções das mais diversas ao tentarem obter seus objetivos. Desde um abaixo assinado até o roubo de informações para estelionato, tudo pode ser feito através deste método nada ético ou moral, mas cada vez mais usado hoje em dia.
De acordo com pesquisas de campo realizadas, ao criar um falso perfil numa rede social, não é muito difícil conseguir que um número considerável de pessoas adicione o sujeito desconhecido em sua rede de amigos, sobretudo se o perfil criado possuir dados normais e banais o suficiente para se crer que não há má intenção provinda do convite. Ao que parece, as pessoas estão mais preocupadas em ter seu número de adicionados cada vez maior nas redes sociais, do que se impor limites seguros de convívio online. É a lei do status pela quantidade de seguidores e amigos.
Os dados revelam que 21% das pessoas testadas na rede social, aceitam sem maiores perguntas ou sondagem uma pessoa estranha em seu perfil, sobretudo se o mesmo for do sexo feminino, ou seja, pelo que a maioria acredita, está acima de qualquer suspeita, já que grande parte das prisões e punições difundidas pela mídia por cibercrimes ocorrem para as pessoas do sexo masculino (maiores interessados hoje pelas possibilidades tecnológicas). Em números concretos, de 30 convites enviados em 45 minutos, cerca de 6 pessoas aceitaram o convite sem sondagem alguma de intenção e veracidade do perfil. Somente 2% das pessoas testadas, questionaram o interesse do perfil estranho em ser adicionado como amigo. Pessoas desconhecidas são adicionadas pelos usuários das redes sociais apenas por parecerem inofensivas. A conclusão é que os usuários parecem preferir confiar em seu próprio julgamento do que em seguir padrões de ética e conduta na hora de aceitar “amigos” na rede social ou sondar suas intenções com o pedido de amizade.
Analisando ainda as facilidades de se praticar um crime dentro das redes sociais, não é difícil criar um falso usuário. Isso faz com que o crime cibernético seja cada vez mais comum e esteja cada vez mais fadado a crescer e se multiplicar nas variações dos ataques. Uma foto pega num site de imagens, um falso e-mail criado (pois isso também não é difícil) e alguns dados corriqueiros, além de postagens fictícias para dar mais veracidade ao perfil, e pronto! Quase nada impede que esta pessoa escondida por trás de uma máscara social, seja aceita por grande número de pessoas e chegue até tantas outras por indicação de amizade, pois toda vez que um usuário da rede social aceita um novo amigo, automaticamente lhe é sugerido que indique novos amigos para que esta pessoa comece um circulo maior de amizades. Esta prática também colabora muito para que o perigo aumente consideravelmente, pois ao aceitar um estranho (potencial criminoso para todos os efeitos), e lhe indicar um parente ou amigo próximo para que ele também peça sua amizade, o usuário ajuda a proliferar o perigo para quem mais ama.
Um falso perfil sempre tem um propósito, e ainda que não seja o de prejudicar ninguém, como no caso dos pesquisadores do campo comportamental ou tímidos que buscam poder se expressar sem expor sua identidade original e enfrentar a crítica das pessoas a sua volta. Mas sempre é bom prevenir do que lamentar depois.
O site Teste de Invasão comentou uma apresentação de Daniel Peck intitulada: “O lado negro: mensurando e analisando atividades nocivas no Twitter e Facebook”. Nessa pesquisa Daniel Peck, pesquisador da Barracuda Networks, mostrou em detalhes como os cibercriminosos enganam as pessoas nas redes sociais.
O estudo de Peck também deixa claro que as percepções dos usuários sobre segurança nas redes sociais contrastam drasticamente com a quantidade de membros nos site – detalhes que podem ser vistos no artigo “Facebook não é seguro, mas adoramos mesmo assim” (disponível em sites de pesquisa da internet).
Com
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