Segurança de poço e Acidentes
Pesquisas Acadêmicas: Segurança de poço e Acidentes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: saulobto • 24/9/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.407 Palavras (6 Páginas) • 334 Visualizações
SEGURANÇA NO POÇO E ACIDENTES
Trabalho apresentado ao curso de Engenharia de Petróleo, sob orientação do prof. Alexandre Ferreira, como um dos pré-requisitos para obtenção de aprovação de tópicos de engenharia de Petróleo.
Aracaju
2011
1-INTRODUÇÃO
Segurança de poço e Acidentes
A atividade de segurança do trabalho, em sentido abrangente, quando praticada em operações de perfuração, é compreendida pela segurança industrial propriamente dita e pela segurança de poço.
Durante os acidentes, os petroleiros derramam, quase sempre, enormes quantidades de petróleo que, flutuando e alastrando-se progressivamente, formam extensas manchas negras. São as chamadas marés negras. Com efeitos altamente destrutivos, elas provocam enormes agressões na fauna e flora marinhas, as quais são normalmente irreversíveis (Maré negra).
2-DESENVOLVIMENTO
A segurança industrial propriamente dita é desenvolvida a partir da prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais, com base na identificação e na delimitação dos agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, tendo sua atenção voltada, precipuamente, para as condições de superfície. A atividade de segurança de poço, embora os
procedimentos sejam adotados a partir da superfície, requer que as atenções sejam voltadas para as condições de sub-superfície, podendo ser definida como o conjunto de procedimentos e equipamentos destinados a garantir a não-ocorrência de fluxos indesejados de fluidos da formação para o poço, e mais ainda, do poço para a superfície, durante as atividades de perfuração em poços de petróleo (segurança no poço).
O técnico de petróleo pode lançar mão de dois instrumentos para a promoção de uma eficaz segurança de poço, conhecidos como barreiras. A primeira barreira a ser considerada para a contenção de fluxos indesejados da formação para o poço é o fluido de perfuração, cujas propriedades adequadas para tal fim são o peso especifico e a viscosidade (segurança no poço).O peso específico é fundamental para a contenção das pressões de sub superfície, pois se obtém, a partir dele, a pressão hidrostática que irá atuar-nos diversos pontos do poço, promovendo o equilíbrio com a pressão da formação a que o fluido se encontra sujeito em seu interior. A viscosidade terá importância maior quando da necessidade de se circular o fluido invasor durante operações de combate a kick. A segunda barreira é acionada quando a primeira já não é suficiente para conter as pressões de subsuperfície (Segurança no poço). Corresponde ao E.S.C.P. – conjunto de equipamentos do sistema de segurança de cabeça de poço, constituído por cabeça de revestimento, carretéis, linhas, válvulas e quadros de controle, que irão “barrar” o
fluxo ao proporcionarem o fechamento do poço e possibilitar o controle subseqüente deste através dos métodos de controle de kick (Thales 2001). Quando a primeira barreira é perdida, tem-se a ocorrência de um influxo de fluido da formação para o poço, sendo necessário se recorrer à segunda barreira, que é o E.S.C.P. A finalidade dos equipamentos de segurança e cabeça de poço E.S.C.P. é a de permitir o controle do poço em caso de perda da primeira barreira, como ocorre durante uma erupção. Para obtenção efetiva desse controle, o E.S.C.P deve permitir:
•O fechamento do poço;
•A liberação controlada dos fluidos contidos no poço;
•O bombeio de fluido para o interior do poço;
•A descida ou a retirada da coluna de perfuração do poço, estando este pressurizado;
•A sustentação, o seccionamento e o abandono de emergência da coluna de perfuração em operações com sondas flutuantes.
Kick é uma pressão de poros muito elevada pode acarretar numa produção indesejada e descontrolada de fluidos para o poço, provocando um Kick ou Blow-out, que pode gerar sérios danos a sonda, a equipe que nela trabalha e ao meio ambiente. Se, ao contrário ele for muito baixo pode ocorrer perda de circulação, com influxo do fluido de perfuração para dentro da rocha. Se não detectada rapidamente haverá redução no nível de lama no poço, com diminuição da pressão hidrostática exercida e risco de Kick em outro trecho do poço que tenha maior gradiente de pressão(BLOWOUT).
O Kick pode ser detectado a partir dos seguintes indícios:
* A invasão dos fluidos da formação para dentro do poço.
* Aumento vazão de retorno
* Quando a hidrostática do fluido de perfuração fica menor que a pressão do reservatório.
A condição acima pode ser provocada por:
* Perfuração não prevista de zonas com pressão anormalmente alta;
* Lama cortada por gás;
* Não abastecimento do poço durante as manobras (trip Tank);
* Pistoneio;
* Indícios de Kick;
* Poço em fluxo com as bombas desligadas;
* Aumento do volume de lama nos tanques;
* Aumento de taxa de penetração;
* Aumento de velocidade das bombas;
* Controle de kick;
* Fechamento do poço (BOP) na primeira suspeita;
* Leitura das pressões da cabeça (SIDPP e SICP);
* Expulsão do fluido de perfuração por outro mais pesado mantendo pressão constante no fundo;
* Retirada de possível gás trapeado abaixo da gaveta de BOP;
* O controle da pressão
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