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Exames: Sr.... Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: wesleydotto • 8/3/2015 • 317 Palavras (2 Páginas) • 169 Visualizações
Mesmo que suas origens remontem pelo menos à década de 1970, pode-se falar na
emergência do modelo da competência, por volta dos anos de 1985/86, a partir da
constatação de uma forte mudança no julgamento avaliativo sobre a mão-de-obra para a
gestão de recursos humanos. A mão-de-obra, expressão que em si já denota uma suposta
separação entre a concepção e a execução de tarefas, própria do modelo taylorista, era
avaliada e gerenciada levando em consideração suas habilidades corporais, tais como
destreza e rapidez na execução das tarefas. A partir daquela emergência, passava-se a
gerenciar os trabalhadores levando em consideração, prioritariamente, a solicitação que era
feita a seu entendimento do processo de trabalho, ou seja, passava-se da solicitação do
corpo à solicitação do cérebro (Zarifian, 2001b).
O termo competência passa a ser evocado como mais adequado para expressar as
novas demandas requeridas dos trabalhadores pelo sistema produtivo, como iniciativa,
flexibilidade, polivalência, multifuncionalidade, cooperação e autonomia (Amaro, 2008).
O autor supracitado acredita que o sucesso desse conceito no mundo empresarial
possui como causa fundamental a necessidade de sobrevivência das organizações em
ambientes competitivos que dependem cada vez mais da rapidez de respostas empresariais
às diversas demandas ambientais. Essa rapidez leva as empresas a assumirem formas mais
fluidas e menos prescritivas para otimizar os tempos de resposta.
Evidencia-se, assim, a crise da prescrição: os métodos, procedimentos e gamas
definidos se encontram cada vez mais desajustados, não apenas face aos saberes
efetivamente mobilizados nos atos reais de produção, mas em relação ao caráter
crescentemente circunstancial, complexo e imprevisível dos problemas a resolver no plano
da atividade concreta (Zarifian, 1995a).
A questão da competência está diretamente atrelada à crise do modelo da
prescrição, aparecendo nas empresas que tentaram sair da crise econômica pela elevação
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de forma significativa da qualidade e da diversidade de seus produtos e pelo sensível
aumento da frequência de suas inovações (Zarifian, 1996a).
Na impossibilidade de prever e controlar, via prescrição, o comportamento dos
trabalhadores, a lógica da competência que prevê a tomada de iniciativa e o assumir
responsabilidade
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