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TCC - AVALIAÇÃO AMBIENTAL EM ATERROS SANITÁRIOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COM OU SEM COMPOSTAGEM DA MATÉRIA ORGÂNICA

Por:   •  10/1/2021  •  Trabalho acadêmico  •  3.448 Palavras (14 Páginas)  •  352 Visualizações

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[pic 1]

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA AMBIENTAL

TCC aprovado com nota 9,3

SABRINA DE OLIVEIRA MENEGHELO

[a]

AVALIAÇÃO AMBIENTAL EM ATERROS SANITÁRIOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COM OU SEM COMPOSTAGEM DA MATÉRIA ORGÂNICA.[b]

Feira de Santana

2019


SABRINA DE OLIVEIRA MENEGHELO [pic 2]

AVALIAÇÃO AMBIENTAL EM ATERROS SANITÁRIOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COM OU SEM COMPOSTAGEM DA MATÉRIA ORGÂNICA.[c]

Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de Artigo Científico, apresentado a Universidade Candido Mendes (UCAM), como requisito obrigatório para a conclusão do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Engenharia Sanitária Ambiental.

Feira de Santana

2019

AVALIAÇÃO AMBIENTAL EM ATERROS SANITÁRIOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COM OU SEM COMPOSTAGEM DA MATÉRIA ORGÂNICA.[d]

Sabrina de Oliveira Meneghelo

RESUMO

Comparou-se o potencial impacto ambiental gerado por dois cenários de gerenciamento de resíduos: o primeiro com central de triagem e aterro sanitário, e o segundo com central de triagem, compostagem e aterro sanitário. O estudo se deu através da análise do ciclo de vida: definição de objetivo e escopo, análise de inventário, avaliação dos potenciais impactos ambientais, interpretação dos resultados e avaliação crítica. No inventário, percebeu-se que os dados são favoráveis ao cenário 2 (aterro sanitário precedido de compostagem) com relação à geração de resíduos e de emissões atmosféricas. No levantamento dos aspectos e impactos do cenário 1 ( triagem dos recicláveis secos, em que todos os rejeitos vão para o aterro sanitário, verificou-se que 22% dos aspectos e impactos ambientais foram avaliados como significativos e no cenário 2 apenas 17,6% são significativos sendo assim os dados também são favoráveis a esse cenário. O aspecto significativo mais relevante nos dois cenários foi relacionado as emissões atmosféricas geradas nos processos de coleta e transporte dos resíduos e de disposição final.

Palavras-chave: aterro sanitário; compostagem; impacto ambiental.

INTRODUÇÃO

As alternativas ambientalmente adequadas nos dias de hoje para destinação e disposição dos resíduos sólidos são: disposição em aterro, reutilização, reciclagem, compostagem, recuperação e aproveitamento energético (BRASIL, 2010). As Centrais de Triagem e Reciclagem (CTR) servem para separação dos materiais recicláveis presentes nos resíduos sólidos urbanos (RSU) e geralmente são organizadas em forma de cooperativas é oque nos diz Prado Filho e Sobreira (2005). Esses materiais (papéis, metais, plásticos, vidro, etc), em uma segunda etapa, são reintroduzidos no processo industrial, a qual permite a reciclagem e/ ou transformação desses resíduos em novos produtos.

Diante ao elevado percentual de matéria orgânica putrescível presente nos resíduos sólidos domésticos, também pode ser realizado o processo de compostagem, a fim de produzir um material com características semelhantes às de um fertilizante orgânico, que poderá possuir um alto valor agregado e servir como alternativa de fonte de renda para os cooperativados. A compostagem passa a ser uma alternativa para o tratamento dos RSU e, com isso ocorre a minimização da parcela a ser encaminhada ao aterro sanitário, o que também colabora para a redução da concentração da carga orgânica no lixiviado gerado e a redução da emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera.

        A preocupação com os impactos ambientais, inclusive os potencialmente gerados por aterros sanitários, tem motivado a aplicação de instrumentos e métodos que auxiliem na compreensão, controle e na redução desses impactos. Por isso a avaliação do ciclo de vida surge como instrumento de avaliação dos impactos, a qual se constitui numa técnica de apoio ao gerenciamento ambiental e ao desenvolvimento sustentável (LIMA, 2007).

        No Brasil [e]as avaliações do ciclo de vida são geralmente realizadas academicamente ou por empresas multinacionais e os resultados são de difícil acesso. (Ometo, 2005). É no setor acadêmico que se observa o maior desenvolvimento da avaliação do ciclo de vida no Brasil (LIMA, 2007).

        Segundo Souza e Rubinger (2005) [f]várias questões desafiadoras ainda persistem, principalmente no que diz respeito à sua utilização em processos de gere[g]nciamento de RSU.

        Por isso [h]nesse estudo vamos comparar dois cenários distintos através da análise do ciclo de vida e o potencial impacto disso. Cenário 1 teremos o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos e com um percentual de resíduos recicláveis que não são encaminhados para o aterro sanitário e o cenário 2 mesmas características do 1 mas com uma unidade de compostagem para aproveitamento da matéria orgânica antes do aterro sanitário.

ESTUDO REALIZADO

Realiza[i]-se dois levantamentos de dados sendo análise de inventário e outro levantamento dos aspectos e impactos ambientais dos processos com fluxogramas de processo dos cenários, define-se a unidade funcional dos sistemas em avaliação definindo as fronteiras dos sistemas. Após [j]coleta-se os dados e procedimentos de cálculos para termos o quantitativo na etapa de entrada e saída.

DADOS LEVANTADOS

  1. Considerou para a coleta dos resíduos veículos com capacidade de 12 toneladas e desempenho de 1,3km/L numa distância média de 33 Km por viagem (SL AMBIENTAL, 2012).
  2. O composto acabado é transportado por meio rodoviário em caminhão de 24 toneladas de capacidade e desempenho de 2,5Km/L (NEXTRANS, 2011).
  3. O valor estabelecido entre o aterro sanitário e os centros consumidores do composto produzido foi de uma distância de 100 Km. (dado médio empregado por MC Dougall et al.2001)
  4. Audibert e Fernandes (2012) relatam que um aterro sanitário geram 50% a menos de volume de gases do que aqueles que não são operados com usina de compostagem, uma vez que a matéria orgânica é direcionada para a biodegradação aeróbia e deixa de gerar biogás no aterro. Os valores de geração utilizados foram de 270 Nm³ biogás.t resíduo aterrado em aterros e 135Nm³ biogás.t resíduos aterrados no aterro precedidos de compostagem.

A compostagem gera somente 20% do volume de gases de um aterro sem compostagem e que desse valor, 32% é CO2 foi o que descreveram Mc Dougall et al. (2001). Com isso estipulou-se o valor de geração em 54 Nm³ de biogás.t na compostagem.

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