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TRATAMENTO DOS EFLUENTES E REUSO DA ÁGUA DE UM LAVA - RÁPIDO

Por:   •  19/11/2018  •  Artigo  •  3.668 Palavras (15 Páginas)  •  298 Visualizações

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TRATAMENTO DOS EFLUENTES E REUSO DA ÁGUA DE UM LAVA - RÁPIDO

Augusto César Sales Cardoso

Resumo

O presente trabalho apresenta, o processo estudado para o tratamento e reutilização da água de um lava rápido. Aonde são apresentados dados técnicos relativos á implantação, funcionamento e manutenção do sistema de reúso escolhido. Também tem uma análise da situação atual desta prática na região de São Paulo e a legislação específica sobre o assunto no país. Dando ênfase á reutilização dessas águas.

Será apresentada uma conclusão de viabilidade desse projeto no ramo de atividade escolhida ou similar, conforme a necessidade da implantação, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Palavras chaves: Tratamento. Reuso.

Introdução

O crescimento rápido e desordenado da população dos grandes centros urbanos dos países em desenvolvimento e a consequente deterioração da qualidade dos recursos hídricos tem proporcionado um aumento na necessidade de tratamento da água.

Uma das formas de reuso de água que vem ganhando destaque em muitos países é destinada á lavagem de veículos. Não se pode negar que milhares de litros de água potável são desperdiçados nesse prático.

No Brasil começa a surgir os primeiros trabalhos sobre o assunto. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – está promovendo estudos para venda, via caminhão tanque dos efluentes tratados por suas estações de tratamento de esgoto para empresas transportadoras ou postos lava- rápidos que estejam interessados.

Neste trabalho foi pesquisado e detalhado uma das possíveis formas de reúso de água para lavagem de veículos, apresentados alguns equipamentos existentes, operação, vantagens e desvantagens, a viabilidade técnica e econômica de seu emprego e dados relativos aos sistemas de tratamento e reúso dos efluentes provenientes da lavagem dos veículos de uma empresa de lava – rápido.

Centro Universitário Eniac. Acadêmico Augusto Sales do curso de Engenharia Elétrica Centro Universitário Eniac Professor Thiago Alexandre Alves de Assumpção.

Fundamentação Teórica

Legislação sobre reuso de água no Brasil

Em 1999, Medeiros Leitão em seu artigo para o “II Encontro das Águas” apresenta o seguinte panorama no tocante à legislação sobre reuso de água em nosso país. (1999).

No Brasil, a prática do reuso das águas principalmente para a irrigação de hortaliças e de algumas culturas forrageiras é de certa forma difundida. Entretanto, constitui- se em um procedimento não institucionalizado e tem se desenvolvido até agora sem nenhuma forma de planejamento e controle. Na maioria das vezes é totalmente inconsciente por parte do usuário, que utiliza águas altamente poluídas de córregos e rios adjacentes para irrigação de hortaliças e outros vegetais, ignorando que esteja exercendo uma prática danosa á saúde pública dos consumidores e provocando impactos ambientais negativos. Em termos de reuso industrial, a prática começa a se implementar, mas ainda associada a iniciativas isoladas, a maioria das quais, dentro do setor privado.

A lei No. 9.433 de 8 de janeiro de 1997, em seu Capitulo II. Artigo 20. Inciso 1, estabelece, entre os objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos, a necessidade de “assegurar á atual e as futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos”.

No Brasil, o governo federal já iniciou processos de gestão para estabelecer bases políticas, legais e institucionais para o reuso. Não se admite hoje em dia, que uma política de gestão integrada de recursos hídricos não contemple o reuso de água.

Espera-se o envolvimento de vários ministros, em nível nocional para o estabelecimento e a efetivação de uma política eficaz de reuso de água no Brasil. Esforços já estão sendo enviados, através da Secretaria de Recursos Hídricos para que haja o envolvimento do Ministério da Agricultura, de outros setores do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Saúde. Segundo Hespanhol (apud, LEITÃO, 1999), da mesma forma os Ministérios da Fazenda, Orçamento e Gestão e as companhias de água e saneamento estaduais devem estar envolvidas no processo.

   Centro Universitário Eniac. Acadêmico Augusto Sales do curso de Engenharia Elétrica

Centro Universitário Eniac Professor Thiago Alexandre Alves de Assumpção.


Processo de contaminação da água

Atualmente, vinte e nove países já têm problemas com a falta de água e o quadro tende a piorar. Uma projeção feita pelos cientistas indica que no ano de 2025, dois de três habitantes do planeta serão afetados de alguma forma pela escassez; e vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. Devido a esses problemas se faz necessária às boas praticas sustentáveis adotando o reuso de recursos hídricos, produtos biodegradáveis, redução de consumo de água, tratamento de efluentes buscando condições para filtrá-la adequadamente, de modo a tirar dela o máximo proveito possível.Existem vários elementos contaminadores da água, alguns dos mais importantes e graves são:

Os contaminadores orgânicos: são biodegradáveis e provêm da agricultura (adubos, restos de seres vivos) e das atividades domésticas (papel, excrementos, sabões). Se acumulados em excesso produzem a eutrofização das águas.

Os contaminadores biológicos: são todos aqueles microrganismos capazes de provocar doenças, tais como a hepatite, a cólera e a gastroenterite. A água é contaminada pelos excrementos dos doentes e o contágio ocorre quando essa água é bebida.

Os contaminadores químicos: os mais perigosos são os resíduos tóxicos, como os pesticidas do tipo DDT (chamados organoclorados), porque eles tendem a se acumular no corpo dos seres vivos. São também perigosos os metais pesados (chumbo, mercúrio) utilizados em certos processos industriais, por se acumularem nos organismos.

O efluente gerado por atividades de limpeza de automóveis pode conter diversos contaminantes, dentre eles, quantidades significativas de óleos e graxas, sólidos em suspensão, metais pesados, surfactantes e substâncias orgânicas (Teixeira, 2003).

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