Tarefa 2.2
Por: Érica Rocha • 26/4/2016 • Dissertação • 622 Palavras (3 Páginas) • 245 Visualizações
TAREFA 2.2
Redija um texto de 30 a 45 linhas se posicionando sobre as teses e conteúdos colocadas na reportagem da Revista Proteção de autoria deste tutor.
Em entrevista concedida a Revista Proteção, o Pesquisador da UnB criador do NTEP e FAP, Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira, discorre sobre o tema Saúde em Mente e aborda os avanços e entraves da segurança e saúde do trabalhador (SST). Nesta reportagem, Paulo Rogério afirma o caráter “divisor de águas representado pelo NTEP, uma vez que o mesmo funciona como uma lente de aumento capaz de visualizar acidentes de diferentes magnitudes, se contraponto ao olhar distante trazido pela CAT que erroneamente é emitida pelo próprio empregador e assim sendo jamais expressa uma confissão de culpa contra si mesmo, ainda que o tenha. O entrevistado ainda cita a CAT como um “reino de faz-de-conta da segurança e saúde do trabalhador”, pois também induz ao erro ao levar em consideração o enquadramento de acidentes em apenas 3 tipos: Típico, trajeto e doença, quando na verdade, existe uma proporção de acidentes com classificação mais abrangente do que essas três limitadas rotulações, como alguns exemplos citados pelo próprio autor no caso de terrorismo, sabotagem, rixa, brigas, e segundo o sistema do INSS, não existe uma alternativa para esses tipos de acidente, e então eles não existem na CAT que só tenta para acidentes de grandes proporções. Com base nessa contra-mão da segurança do trabalho, o autor então propõe modificar a sigla CAT para NAST (Notificação de Agravo da Saúde do Trabalhador), em que há um campo mais amplo com muitas situações de acidentes e os respectivos graus de agravamento.
Outro ponto interessante levantado, está relacionado a questão da utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI’s), visto que antes de se pensar apenas no uso dos equipamentos, há uma série de fatores ambientais que constituem uma maior prioridade no local de trabalho, como citado “usar o capacete é apenas mexer no efeito da ação e não na causa do acidente, como por exemplo, os fatores externos e risco do ambiente de trabalho”. Atualmente posso observar que EPI’s não faltam nas empresas, pode faltar muitas coisas mas o EPI sempre tem, em minha opinião o EPI tornou-se a muleta do empregador para direcionar a culpabilidade de qualquer possível acidente ao colaborador e assim ter o ambiente inseguro de sua empresa mascarado pelos “salvadores” EPI’s. A política que é passada hoje em diálogos diários de segurança é: - Colaborador, use o EPI, se algo lhe ocorrer e você estiver sem seu EPI a empresa não será responsável, cada um deve zelar por sua vida e pela de seus colegas!
Penso que o Brasil, em muitos quesitos, está mais evoluído na frente de muitos outros países na área de segurança e saúde do trabalhador, pois como citado na entrevista em muitos casos de condições psicológicas, o empregador precisa provar que não é acidente de trabalho, porém o sistema de registro de acidentes deveria ser atualizado e revisto de forma que possa cada vez se adequar às reais situações do cotidiano e os diferentes tipos de eventos envolvidos em cada caso a fim de ter um situação de entendimento mais próxima da realidade. Porém, sei que ainda há muito a ser feito, ainda não existe a possibilidade do colaborador se defender de uma CAT mentirosa ou mesmo de registrar seu acidente, é tudo por conta da empresa (salvo os casos em que se decida travar uma longa batalha judicial). Me resta a esperança no trabalho desenvolvido pelo Sr. Paulo Rogério, no trabalho que eu pretendo desenvolver ao me formar, para que a segurança do trabalho deixe de ser apenas um cumprimento de exigências legais e passe a fazer parte da essência das empresas em geral.
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