Tecnica Construtiva Bambu
Artigo: Tecnica Construtiva Bambu. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: diogomassi • 10/10/2013 • 946 Palavras (4 Páginas) • 1.038 Visualizações
Introdução:
Veremos nesse trabalho a aplicação do bambu como material de construção, aplicação desse sistema construtivo, vantagens e desvantagens da utilização desse material na construção civil.
Material e aplicações
O bambu além de sustentável não tem necessidade de que seja replantado, após o sexto ano do plantio é possível que seja feito o corte dos bambus sem que um novo plantio seja feito, o mesmo feixe onde foi feita a retirada pode durar em média 50 e 60 anos, dependendo do cuidado da mata.
Além de não exigir replantio o bambu tem crescimento rápido podendo crescer até 0,25 cm por dia, porém ele só estará maduro o suficiente para a retirada entre 3 e 6 anos de idade, a umidade também é um fator relevante na retirada do bambu, pois quanto maior for a umidade, maior a possibilidade de que apresente fissuras e rachaduras quando seco.
Após serem colhidos os bambus devem receber tratamento físico ou químico contra insetos afim de preservar e proteger a estrutura do bambu. São alguns exemplos de tratamento: Cura na mata, Cura pela água, Secagem ao fogo, Secagem ao ar, Secagem em estufa, Tratamento por substituição da seiva/transpiração, Tratamento sob pressão, Tratamento por imersão, Tratamento por banho quente, Tratamento em autoclave. Segundo a bibliografia, o bambu pode ter uma vida útil de até quatro anos quando não tratados e de 20 a 50 anos quando submetidos a tratamentos adequados e utilizados corretamente. (NUNES,2005)
Foram feitos alguns estudos de técnicas para a união das peças de bambu, por não permitir pregações devido a quebra da fibra do bambu, o método mais indicado para a união dos mesmos é furação e aplicação de parafusos afim de aumentar a resistência das junções e também auxiliando na trabalhabilidade que o bambu tem, devido a temperatura e umidade relativa do ar.
Uma solução já consagrada foi criada por Simóm Vélez, o qual tem trabalhado com bambu por um longo período, desenvolvendo uma nova tecnologia para conectar os colmos de bambu em suas estruturas. A solução encontrada, conhecida como “Ligação Vélez” consiste na abertura de um orifício na parte superior do colmo de bambu parafusado onde, após o travamento da estrutura, ocorre a injeção de concreto. Esta solução visa evitar o cisalhamento, patologia que pode ser causada na utilização dos parafusos para união e fixação das peças estruturais. Com o simples aumento da superfície de contato do parafuso e da parede de bambu, evitam-se as fissuras e o esmagamento, talvez as características mais desfavoráveis na utilização do bambu na estrutura.(HIDALGO 1981)
Pavilhão Sede da ONG sócio-ambiental IBIOSFERA
A construção do pavilhão da IBIOSFERA foi (e tem sido) parte prática de cursos de “bio-arquitetura” promovidos pela citada ong e ministrados pelos arquitetos Edoardo Aranha e Francisco Lima. Toda a construção segue ao máximo os preceitos de construção ecológica, no uso dos materiais de construção, na implantação do edifício no terreno, e no uso dos recursos, principalmente água e tratamento dos efluentes. O projeto, conforme os arquitetos, foi inspirado nas construções colombianas. O Pavilhão em formato octogonal possui 120 m² de área interna e 130m² de área coberta.
A estrutura é feita com bambu. Possui oito pilares. Cada um dos pilares é composto por quatro colmos de bambu, com travamentos entre eles em três momentos. O espaçamento entre os colmos do pilar traz a ele uma maior inércia e permite que se faça a ligação com os outros elementos estruturais num sistema de sanduíche. Cada pilar possui duas mãos francesas; uma estruturando a viga de cobertura, e outra suportando o beiral. (que nada mais é do que uma continuação desta última) Este desenho, traz equilíbrio
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