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Trabalho de Fundamentos de Biotecnologia

Por:   •  28/5/2019  •  Resenha  •  514 Palavras (3 Páginas)  •  145 Visualizações

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O artigo PRODUÇÃO DE COGUMELO COMESTÍVEL PLEUROTUS EM CASCA DE CAFÉ E AVALIAÇÃO DO GRAU DE DETOXIFICAÇÃO DO SUBSTRATO, escrito por Leifa Fan, Carlos Ricardo Soccol e Ashok Pandey, publicado pelo Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil em 2000, propôs o aproveitamento da casca do café como substrato para cultivar o cogumelo comestível Pleurotus ostreatus (Shimeji), para que o resíduo obtenha valor agregado. O Brasil é um dos principais exportadores de café mundial. A parte da planta do café que possui valor comercial e é utilizada para fazer a famosa bebida é a semente da cereja do café, no Brasil o principal resíduo deixado pela indústria cafeeira é a casca do café, devido o beneficiamento do café ser feito pela via seca, enquanto países como México, Colômbia e Cuba utilizam a via úmida que tem como principal resíduo a polpa do café, em ambos os casos não podem ser usados para alimentação animal e nem como adubo devido à presença de compostos tóxicos como a cafeína e o tanino. No entanto a casca não deixa de ser um material muito rico em matéria orgânica e seu uso como substrato para a produção de fungos é algo muito vantajoso, tanto econômica como ambientalmente.

Foi observado o crescimento de 10 cepas do fungo Pleurotus ostreatus no meio a base de extrato de casca de café, constatou-se que todas as cepas cresceram e desenvolveram micélios no substrato, a cepa P. ostreatus LPB 09 teve maior velocidade de crescimento e também produziu a maior quantidade de biomassa, por isso foi selecionada para o estudo de frutificação.

Nos testes de frutificação, a cepa LPB 09 foi colocada no substrato com 60% de umidade e após 20 dias houve o primeiro sinal de frutificação. No 25º dia foi feita a primeira colheita, no 38º, a segunda e por fim no 54º dia obteve-se a terceira frutificação. Portanto, em 60 dias a casca de café produziu três fluxos com uma eficiência que variou de 72,5 a 95,6%. Esses dados contradizem o estudo de MAZIERO [2] que mostrava a não possibilidade de crescimento de P. ostreatus em casca de café.

Houve uma redução dos tóxicos antes presentes no substrato, como a cafeína e o tanino. A cafeína foi reduzida em 60,69%, essa cafeína não foi degradada, mas sim, acumulada no corpo de frutificação do cogumelo. O tanino reduzido na concentração de 79,17% no entanto, não foi encontrado no corpo de frutificação como ocorreu com a cafeína, indicando que pode ter havido uma degradação, porém não foi encontrada nenhuma literatura que relate a degradação de tóxicos presentes na casca do café pelo fungo Pleurotus, apenas se sabe que ele degrada os tóxicos da borra do café. Foi confirmado que o fungo degrada enzimaticamente a celulose após o esgotamento de compostos solúveis do substrato.

Portanto, conclui-se que os resultados deste trabalho permitem que a casca do café possa ser usada como substrato para a produção do cogumelo comestível P. ostreatus com alto rendimento produtivo. Esse estudo oferece também boas oportunidades para os produtores de café disporem de uma nova alternativa comercial reutilizando resíduos da sua produção.

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