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Transporte Hidroviário

Por:   •  29/6/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.975 Palavras (8 Páginas)  •  314 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O fator de custo é muito importante na área da logística, pois as empresas estão cada vez mais procurando alternativas diferentes no mercado para suprir as suas necessidades. Sendo assim, o transporte hidroviário se apresenta como um modal de baixo custo para atingir longas distâncias e com uma capacidade de transportar uma grande capacidade de mercadoria.

Para um transportador hidroviário o seu investimento está ligado aos equipamentos de transporte, e geralmente um baixo investimento em instalações dos terminais. Pois os mesmos são de responsabilidade, propriedade e operações públicas. Os custos com as instalações dos terminais são pouco cobradas aos transportadores.

Levando em consideração o alto custo para a construção e manutenção de terminais hidroviários e o baixo custo por longas distâncias, os preços da tonelada transportada têm preço reduzido, quando se leva em consideração o tamanho da carga e a distância percorrida quando for maior.

Segundo Dias (2010), o transporte hidroviário é classificado de acordo com a sua finalidade, ou seja, se as mercadorias são transportadas entre portos nacionais ou internacionais. Já para a CNT o transporte hidroviário pode ser dividido em dois subsistemas de transporte: o fluvial que utiliza os rios e o marítimo que utiliza o mar e a costa atlântica.

Atualmente a grande preocupação das empresas além do custo é a preservação do meio ambiente. E com a utilização do modal hidroviário a quantidade de CO2 emitida para a atmosfera diminui em media 72% ao mês, redução essa significativa.

Em questão de flexibilidade o modal hidroviário deixa a desejar, pois as empresas contratantes desse modal devem analisar primeiramente o custo, que como já visto é uma das vantagens. Mas não só o custo deve ser levado em consideração, deve se analisar também a armazenagem, o manuseio, a questão fiscal, ambiental, as exigências no tempo para que o produto transportado não perca a sua qualidade ao ser ofertada aos clientes. Muitas das vezes esse modal não se mostra muito vantajoso em questão do tempo de entrega dos produtos, pois a descarga dos produtos nos terminais leva mais tempo do que em outros modais. Mesmo com custo de percurso e operacionais baixos, além de agredir em menores proporções o meio ambiente esse modal é muito pouco utilizado no Brasil.

CENÁRIO NACIONAL

A pouca utilização do modal hidroviário no Brasil se dá devido a vários fatores, pois muitos rios do Brasil são de planalto, ou seja, encachoeirados, dificultando assim a navegação. Outro fator são os rios planície navegáveis, sendo estes afastados dos centros econômicos do Brasil. A extensão de costa navegável e rios do Brasil é grande, sendo a maioria dos rios localizados na Amazônia, onde esse modal é bastante utilizado na região por não possuir mercados produtores e consumidores de peso.

Levando em consideração o ponto de vista econômico, no Brasil os trechos hidroviários mais importantes se encontram no Sudeste e no Sul do País. Lembrando que o transporte marítimo se destaca no País, pois é através dele que se dá a ampla troca comercial entre Portugal, Angola e o Brasil. Além de ressaltar que foi através dele que o País começou a ganhar a sua autonomia política em relação a Portugal.

No território brasileiro o órgão que regulamenta o transporte hidroviário é a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), tendo como objetivo realizar as exigências propostas pela SEP (Secretaria de Portos) e pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transportes. Além de regular, supervisionar e fiscalizar as atividades prestadas pelo serviço aquaviário e de exploração da infraestrutura portuária e aquaviária, que é exercida por terceiros, onde garante a boa circulação das pessoas e dos bens, levando em consideração o conforto, segurança, pontualidade, redução dos fretes e tarifas.

No Brasil o porto que se destaca é o de Santos, a sua área de influência econômica se concentra em 50% do PIB do país, além de que toda base industrial paulista está localizada a poucos quilômetros do mesmo.

O Porto de Santos corresponde a mais de um quarto da movimentação da balança comercial brasileira, levando como título o maior porto da América Latina. Ele recebe como cargas os produtos de açúcar, soja, café, automóveis, cargas conteinerizadas, entre outras.

O porto teve enorme importância para o estado de São Paulo, pois foi por causa de sua construção que os distritos industriais da Grande São Paulo e o complexo industrial de Cubatão existem. Ele se distancia apenas 70 quilômetros da cidade de São Paulo, sendo servido por duas ligações ferroviárias e duas estradas que ligam à capital e uma estrada para o sul do país.

CENÁRIO INTERNACIONAL

Em todo o planeta, existem cerca de 450 mil km de rios com potencial de navegação, no entanto, somente 190 mil km são explorados como hidrovias. Estas são responsáveis por transportar, anualmente, cerca de 2.200 milhões de toneladas de carga.

Dentre os países que utilizam esse tipo de modal, o que mais se beneficia desse tipo de transporte é os Estados Unidos da América. O país possui o maior fluxo hidroviário do planeta, totalizando 40 mil km.

Na Europa, existe o Porto de Rotterdam que foi construído no século XIX e até 2004 era considerado o mais movimentado do mundo, mas que hoje perde para os portos de Singapura e Xangai, na China.

No centro europeu, cerca de 300 milhões de toneladas de mercadorias são transportadas anualmente. O Porto de Rotterdam faz parte de 500 linhas de tráfego de navios que se conectam com mais de mil portos por todo o mundo.

Fazendo uma comparação, o Porto de Santos, que é o maior do Brasil, conseguiu em 2013 transportar cerca de 114 milhões de toneladas, menos da metade que o porto de Rotterdam consegue fazer todo ano.

Segundo Romanini, ainda estamos muitos anos atrás dos europeus. Com uma engenharia eficiente, eles conseguiram realizar grandes obras de infraestrutura que ligam todo o continente de forma ágil.

A região Ásia-Pacífico pode ser identificada como um centro gravitacional de comércio, demonstrado pela dimensão das frotas regionais, pelos grandes portos (8 dos 10 maiores portos do mundo encontram-se na região e de salientar que 6 são na República Popular da China) e pelo número de navios que navegam na região, no entanto várias rotas marítimas, com maior densidade de tráfego, atravessam uma região com algumas disputas territoriais entre vários Estados, pelo que a consequente instabilidade tem prevalecido (Geise, T., p6, 2011).

Cerca de 80% da região

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