Tratamento de Água para Chillers
Por: Fabio Korndoerfer • 30/6/2024 • Artigo • 1.129 Palavras (5 Páginas) • 36 Visualizações
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA TRATAMENTO DE ÁGUA
É recomendado a todas as empresas que possuem máquinas de resfriamento de líquidos, a fim de efetuarem um controle da qualidade de água dos sistemas, tanto aberto quanto fechado.
- HISTÓRICO
Desde que surgiram os sistemas de refrigeração dois problemas preocupam seriamente aqueles que deles se utilizam destes equipamentos (chillers):
a) Corrosão nos metais dos trocadores de calor e formação de incrustações nos metais, obstruindo a passagem da água e transmissão de calor e originando corrosão através da formação de células de aeração ou concentração diferencial. Esses fatos tornaram evidente que providências deveriam ser tomadas, em relação ao tratamento dessas águas com a
A adição de inibidores de corrosão, inibidores de incrustações, controle de pH etc. e por fim a limpeza mecânica através de equipamento específico para limpeza de tubos lisos internamente ou com ranhuras (tubos de alta eficiência), com acompanhamento periódico de profissionais especializados é o recomendado.
b) Performance : O Consumo de energia e a capacidade frigorífica dos equipamentos são afetados com uma redução de até 40% na capacidade frigorífica e um aumento de consumo de energia de até 30%.
2.0. OBJETIVO
Em função desses problemas que foram observados, há uma necessidade de orientar os usuários quanto a real necessidade de providenciar um tratamento de água de refrigeração em seus equipamentos.
3.0. INSTRUÇÕES
3.1 - A empresa usuária de um sistema de água para refrigeração, deve sempre manter um contrato de acompanhamento e análises com uma empresa especializada em tratamento de água evitando uso milagroso, muitas vezes desastroso, de sistema de condicionamento magnético sem acompanhamento paralelo por empresa especializada das condições da água e do estado dos trocadores de calor.
3.2 - A elaboração de um programa de tratamento de água é baseada em dados teóricos, dados obtidos através de plantas piloto e da experiência acumulada na área. Desta forma, não existe uma regra geral a ser seguida, cada sistema de resfriamento (fechado ou aberto) apresenta características diferentes de tratamento, seja em função da água de reposição ou pelo tipo de material que compõe o circuito frigorífico (aço, latão, ferro fundido, cobre, alumínio etc.).
Portanto, os programas de tratamento são elaborados após se estudar cada caso, não admitindo soluções padronizadas.
3.3 - Os dados expostos a seguir são meramente orientativos. Toda responsabilidade de seu mau uso, ocorre totalmente por conta do usuário.
4.0. FAIXA DE CONTROLE DE ÁGUA DE RESFRIAMENTO
Essas faixas de controle devem ser estipuladas para cada sistema, em particular. Entretanto, elas situam-se próximas aos valores da tabela abaixo:
PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS | UNIDADE MEDIDA | SISTEMA ABERTO CONDENSADOR | SISTEMA FECHADO EVAPORADOR |
Sólidos Suspensos | Ppm | < 20 | < 10 |
pH | ------- | 6,5 a 8,5 | 8,5 a 9,5 |
Nitritos | PPM NO2 | - | < 500 |
Condutividade | µv/cm | < 1200 | < 2000 |
Cloretos | ppm | < 200 | < 200 |
Sulfato | ppm | < 150 | < 150 |
Ferro Total | ppm Fe | < 2,0 | < 0,5 |
Alcalinidade Total | ppm CaCO3 | < 300 | < 300 |
Dureza Cálcio | ppm CaCO3 | < 250 | < 250 |
Dureza Magnésio | ppm CaCO3 | < 250 | < 250 |
Silica | ppm SiO2 | < 150 | < 150 |
Enxofre | Ppm | Zero | Zero |
Amônia | Ppm | Zero | Zero |
Cobre Total | Ppm | < 0,1 | < 0,1 |
Sólidos Totais Dissolvidos | Ppm | < 2500 | - |
Controle Microbiológico | |||
Bactérias Planctônicas | UFC/ml | máx. 104 | Máx. 102 |
Bactérias Sésseis | UFC/ml | máx. 104 | Máx. 102 |
Bactérias Red. Sulfato | UFC/ml | máx. 104 | Máx. 102 |
Taxa de Corrosão | |||
Aço Carbono | mpy | < 3,0 | < 3,0 |
Cobre | mpy | < 0,30 | < 0,30 |
Taxa de Deposição | |||
Aço Carbono | mpd | < 1,0 | < 3,0 |
Cobre | mpd | < 0,15 | < 0,15 |
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