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Tratamento e reuso da água

Por:   •  23/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.667 Palavras (11 Páginas)  •  444 Visualizações

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Equipamentos e controle de águas

A água potável corresponde a toda água disponível na natureza pura para o consumo. Atualmente está cada vez mais difícil encontrar água potável, sendo noticiados diariamente nos jornais locais que enfrentam racionamento de água. Esse racionamento é resultado, em partes, da poluição e contaminação de rios e lagos que diminuem a quantidade de água de qualidade disponível. Para ser própria para o consumo humano, a água deve estar com sabor, cor e odor inalterados e não possuir substâncias tóxicas nem micro-organismos patogênicos. Águas com essas características são chamadas de potáveis.

        Nos centros urbanos é necessário o tratamento da água, devido aos córregos e rios poluídos que então aos arredores e centros das cidades.

        A água doce é bastante restrita na natureza, cerca de 97,5% do total de água no planeta é água dos oceanos, restando 2,5% de água doce, onde é utilizado apenas 0,03% disponível em rios e lagos para abastecimento da população, e desta pequena parcela, grande parte hoje está poluída, diminuindo ainda mais as reservas disponíveis. Seguindo este raciocínio, a ONU ( Organização das Nações Unidas ) divulgou uma nota onde informa que cerca de 45% da população em 2050 não terá a quantidade mínima de água para consumo.

        O consumo de água poluída para os seres humanos pode causar diversas doenças, tais como Hepatite, amebíase, cólera, gastroenterite e esquistossomose. Estimasse que cerca de 80% das doenças no mundo sejam causadas por ingestão de água imprópria para o consumo.

[pic 1]

  • Sistema de tratamento de água

Para a purificação da água é necessário todo um processo, sendo eles:

  • Desinfecção
  • Coagulação
  • Floculação
  • Decantação
  • Correção de PH
  • Fluoretação

Na estação de tratamento a água bruta recebe o primeiro produto químico, que é sulfato de alumínio líquido. A função do sulfato de alumínio é justamente agregar aquelas partículas, aquele material que está dissolvido na água, ou seja, a sujeira. Depois da adição do sulfato de alumínio, a água chega aos floculadores, onde recebe cloro - para a desinfecção - e polieletrólito, um produto químico que vai ajudar na floculação.

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Floculadores – Google Imagens

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Decantadores – Google Imagens

No floculador, os motores agitam a água em velocidade controlada para aumentar o tamanho dos flocos. Em seguida, a água passa para os decantadores, onde os flocos maiores e mais pesados vão se depositar. Cinquenta a sessenta por cento das impurezas ficam retidas no decantador. Somente a água da superfície sai dos decantadores e passa pelo processo de filtragem, para retirar o restante das impurezas. Nessa fase, recebe nova adição de cloro. O filtro tem vida útil de 20 a 30 horas. Ao final desse período, deve ser lavado para a retirada da sujeira que ficou retida na filtragem. Depois de filtrada, a água recebe a adição de cal para elevar o PH, cloro e flúor. Só então ela está própria para o consumo.

Além desse tratamento, segundo a Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde é necessário um monitoramento constante da qualidade dessa água.

“Ministério da Saúde estabelece que a água produzida e distribuída para o consumo humano deve ser controlada. A legislação define também a quantidade mínima, a frequência em que as amostras de água devem ser coletadas e os limites permitidos.”

Buscando atender essa exigência, durante todo o processo de tratamento da água, equipes de controle da qualidade fazem rigorosos procedimentos, como, por exemplo, testes laboratoriais para garantir que essa água seja, realmente, potável para o consumo humano. Esse processo começa desde o local onde essa água é captada até á residência onde será consumida.

 

  • Controle de qualidade da água?

A qualidade da água se tornou uma questão de interesse para a saúde pública no final do século 19 e início do século 20. Anteriormente, a qualidade era associada apenas a aspectos estéticos e sensoriais, tais como a cor, o gosto e o odor. Porém na metade do século 19, ocorrem avanços na compreensão da relação entre água contaminada e doenças, destacando-se o trabalho do epidemiologista John Snow, que, em 1855, provou que um surto de cólera em Londres estava associado a poços de abastecimento público contaminado por esgoto. Mais tarde, em 1880, Louis Paster demonstrou pela Teoria dos Germes como organismos microscópicos (micróbios) poderiam transmitir doenças por meio da água. Nessa mesma época, cientistas descobriram que a turbidez não estava somente relacionada a aspectos estéticos. O material particulado em água poderia conter organismos patogênicos e material fecal.

O controle de qualidade da água iniciou nos Estados Unidos no inicio do século 20. O processo começou pela filtração da água, anos mais tardes a cloração e daí por diante outros procedimentos ficando cada vez mais rigorosos

No Brasil, a normatização da qualidade da água para consumo humano é iniciada na década de 1970. A primeira norma de potabilidade foi criada no Brasil pelo decreto federal nº 79.367 de 9 de março de 1977, que estabeleceu a competência do Ministério da Saúde sobre a definição do padrão de potabilidade da água para consumo humano, a ser observado em todo território nacional, através da portaria nº 56 Bsb, publicada em 14 de março de 1977. Apesar de possuir uma norma de potabilidade desde 1977, a vigilância da qualidade da água para consumo humano só foi implementada no Brasil como um programa, a partir da criação do Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde (Funasa, 2002).

Na atualidade, a Organização Mundial de Saúde (OMS) é a instituição que acompanha e recomenda os valores máximos permitidos, a partir dos estudos toxicológicos realizados em todo o mundo e publicados em diferentes revistas e eventos científicos especializados no tema. Alguns países, como os Estados Unidos, o Canadá, e a Comunidade Europeia, apesar de se basearem também nas recomendações da OMS, estimulam pesquisas toxicológicas e bioensaios que, reciprocamente, acabam servindo de referência tanto para a OMS como para os demais países. Todas as normas de potabilidade no Brasil seguem basicamente os padrões recomendados pela Organização Mundial de Saúde no Guidelines for Drinking-Water Quality (WHO, 1996).

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