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UTILIZAÇÃO DE FOSSA ECOLÓGICA E SUMIDOURO NO TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS

Por:   •  17/10/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.815 Palavras (12 Páginas)  •  281 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB[pic 1]

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS -

CAMPUS UNIVERSITÁRIO PROFESSOR GEDIVAL SOUSA ANDRADE

DCHT XXIV, XIQUE-XIQUE – BAHIA

CURSO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL

JESSIE ANNE JUVENAL DE ASSIS

RUANA PEREIRA VIANA

WELLINGTON VENÂNCIA DE SOUZA

UTILIZAÇÃO DE FOSSA ECOLÓGICA E SUMIDOURO NO TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS DO BAIRRO NAIR BARRETO NO MUNICÍPIO DE XIQUE-XIQUE, BAHIA.

XIQUE-XIQUE/ BA

2017


JESSIE ANNE JUVENAL DE ASSIS

RUANA PEREIRA VIANA

WELLINGTON VENÂNCIA DE SOUZA

UTILIZAÇÃO DE FOSSA ECOLÓGICA E SUMIDOURO NO TRATAMENTO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS DO BAIRRO NAIR BARRETO NO MUNICÍPIO DE XIQUE-XIQUE, BAHIA.

Projeto apresentado à Universidade do Estado da Bahia – UNEB, como requisito parcial para obtenção de nota do componente curricular Oficinas de Pesquisa V do Curso de Bacharelado em Engenharia Sanitária e Ambiental. Sob orientação do Profº Dr. Darcy de Castro.

XIQUE-XIQUE/ BA

2017


SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        2

2        OBJETIVOS        4

2.1        OBJETIVO GERAL        4

2.2        OBJETIVOS ESPECÍFICOS        4

3        JUSTIFICATIVA        4

4        METODOLOGIA        5

4.1        ÁREA DE ESTUDO        5

4.2        COMPONENTES DA FOSSA ECOLÓGICA        6

4.2.1 TANQUE SÉPTICO        6

4.2.2 FILTRO ANAÉROBIO        7

4.2.2.1 MATERIAIS        7

4.2.3 SUMIDOURO        7

4.3        INSTALAÇÃO E TRATAMENTO        7

4.4        DIMENSIONAMENTO        8

5        RESULTADOS ESPERADOS        9

6        CRONOGRAMA        10

7        RECURSOS UTILIZADOS        10

8        REFERÊNCIAS        12


  1. INTRODUÇÃO

De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo devido às condições precárias de saneamento básico, causando assim, mais mortes do que todas as formas de violência e guerras (ONU, 2015). No Brasil cerca de 2% do total de óbitos estão relacionadas com o saneamento inadequado (COSTA, 2010). Situação que poderia ser evitada com investimento maior no saneamento, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil (OMS, 2007). O Ministério da Saúde afirma que para cada um real investido em saneamento básico, economiza-se quatro reais com assistência médica (Ministério da Saúde, 2013). Dados da Fundação da Saúde (FUNASA) afirmam que 19 milhões das pessoas que vivem em áreas urbanas e 21 milhões das que vivem em zonas rurais no Brasil, não tem acesso à água potável (FUNASA, 2010).

A deficiência na estrutura dos sistemas sanitários nos municípios, possuem papel fundamental na má qualidade de vida da população, onde doenças causadas principalmente por serviços de água e esgoto deficientes, são responsáveis pelo grande número de morbidade e mortalidade (OPAS, 2007). A dominância desse tipo de doença se torna um indicativo do quão frágeis são os sistemas públicos de saneamento (DANIEL et al., 2001).

Cerca de 2,4 bilhões de pessoas em todo mundo despejam efluentes a céu aberto em solos e rios por não ter acesso a serviços de coleta e tratamento de esgoto. Apenas 50,3% da população urbana brasileira possui rede coletora, o que corresponde a 100 milhões de pessoas sem acesso a esse serviço. Na região Nordeste, apenas 32,11% do esgoto coletado é tratado (SNIS, 2015). A carência de redes de esgoto faz com que os efluentes cheguem até os lençóis freáticos e consequentemente de volta ao homem (CIPIS, MARTINI, 2003).

Os problemas relacionados com a falta de esgotamento sanitário devem ser solucionados com urgência, já que afetam a população e o meio em que vivem (LUZ, 2005).

De acordo com a NBR-9648, o sistema de esgotamento sanitário “é o conjunto de condutos, instalações e equipamentos destinados a coletar, transportar, condicionar e encaminhar, somente esgoto sanitário, a uma disposição final conveniente, de modo contínuo e higienicamente seguro.” (ABNT, 1986). Segundo Pedrozo Júnior (2016), este pode ser dividido em dois grandes grupos, Sistema Coletivo e Sistema Individual. O Sistema Coletivo consiste em canalizações que recebem o lançamento de efluentes e os levam até uma destinação adequada (Estação de Tratamento de Efluentes). Esse sistema é mais utilizado em centros urbanos ou locais com densidade populacional relativamente alta. O Sistema Individual é caracterizado por receber ou tratar pequenas descargas de esgoto doméstico. Esse sistema é mais empregado em regiões totalmente desguarnecidas de redes de coleta e tratamento. Conforme a Agência Nacional de Águas (ANA), 43% dos brasileiros são atendidos por Sistema Coletivo e 12%, por Sistema Individual.

A fossa ecológica é um Sistema de Tratamento Individual de Efluentes, é definida como “unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo horizontal, para tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão” (NBR 7229, 1993). Podendo ser também, um local fechado e enterrado utilizado como solução alternativa para o tratamento primário de esgotos domiciliares (PEDROZO JÚNIOR, 2016). Tem sua aplicação bastante difundida no Brasil por possuir simplicidade na sua construção e não necessitar de técnicas sofisticadas para sua operação. A fossa pode ser acompanhada de um filtro anaeróbio e um sumidouro, o primeiro tem a proposta de diminuir, através da depuração feita por microrganismos anaeróbicos, os impactos gerados pela matéria orgânica presente no efluente doméstico. Após passagem do efluente pelo tanque ecológico e filtro anaeróbio, o sumidouro permite a infiltração do efluente, com baixo teor de matéria orgânica e poucos organismos patogênicos, no solo (PEDROZO JÚNIOR, 2016).  

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