Uma Breve História no Tempo
Por: Juarez Silva • 5/9/2018 • Projeto de pesquisa • 3.076 Palavras (13 Páginas) • 170 Visualizações
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Uma Breve História no Tempo[pic 3]
Os primeiros registros de um Sistema de Qualidade remontam anos longínquos no passado, de 2700 a 200 a. C.
Qin Shi Huang Di, primeiro imperador da China, unificou o país impondo uma moeda e uma escrita únicas. A fim de realizar os grandes projetos do seu império, Huang Di instituiu trabalhos forçados. Consta que os palácios do seu mausoléu tinham paredes incrustadas de pedras preciosas e que os seus construtores foram todos enterrados vivos para não revelar os seus segredos.
Huang Di, responsável pela construção do grande exército soterrado nas figuras cerâmicas de terracota (cerca de 7000 obras), foi tirânico, porém criou uma norma bem simples. O imperador decretou que todos os bens fornecidos à Casa Imperial, tivessem uma marca de identificação de seu fabricante, de modo que o mesmo fosse punido se o produto fornecido apresentasse defeito.
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Um Novo Século[pic 7]
Em meados do século 20, a economia ladeada pela mão-de-obra barata, pouca automação e recursos naturais abundantes, não gerava grande preocupação com o custo. O mercado entendia que os gastos inerentes com o produto podiam muito bem ser diluídos no preço. A fórmula empregada era:
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A fórmula parecia perfeita e assim foi utilizado durante longos anos, até um sinal inconveniente começasse a perturbar a mercado: a inflação.
Com o passar do tempo, a concorrência desenfreada e os altos preços estavam tornando os negócios impraticáveis e não bastasse a própria ganância, os recursos naturais davam mostras de estarem escasseando.
Mas era preciso sobreviver. Então:
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Era óbvio que reduzir o preço seria o elemento competidor, mas, como reduzir o preço mantendo o lucro?
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Entram então em cena as Normas de Qualidade e uma nova ordem econômica estabeleceu mudanças significativas no ambiente de mercado.
A Federação ISO[pic 11]
As atuais normas de Qualidade têm sua origem na indústria bélica e sua necessidade de garantir confiabilidade nas exigências de segurança da indústria nuclear.
Em 1959 o departamento de defesa dos EUA passou a exigir que seus fornecedores de produto para as forças armadas, adotassem programas de qualidade baseadas na MIL STD Q-9850 (especificação do Sistema de Qualidade) que se completava com a MIL STD I-45208, a qual descreve requisitos para um sistema de avaliação.
Essas duas normas americanas foram base para uma série de normas destinadas ao uso da OTAN, chamadas AQAP.
Como as normas anteriores eram bastante militaristas e de difícil implantação em indústrias em geral, surgiram então no Reino Unido as normas BS 4891 e BS 5175, cujo caráter era de conduta prática, porém sem aplicações em situação contratual.
Em 1979, o British Standard Institute – BSI, publicou a norma 5750, baseada no AQAP. Foi um verdadeiro sucesso. Essas normas não só eram usadas no sentido contratual entre comprador e vendedor, mas introduziu a filosofia de certificação de terceira parte (certificação realizada por órgão oficial).
Como a preocupação com as Normas de Qualidade existia em diversos graus em todo mundo, um comitê (TC 176) da Federação ISO (International Organization for Standardization), criado no Canadá, elaborou com a contribuição de vários países, uma norma de Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade.
Em 1957 foi então publicada a série e normas ISO 9000 baseadas na 1ª edição da BS 5750.
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Atualmente a ISO possui mais de 100 países membros, entre eles o Brasil, através da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Ela elabora, publica e difunde normas internacionais relativas a quase todos os domínios de atividades.
O Brasil e As Normas Da Série ISO 9000[pic 13]
Na década de 90, a abertura do mercado internacional provocou reflexão generalizada em todos os ramos de atividade no mercado brasileiro.
As indústrias para gerar seu produto interno, obrigavam-se à importação de matéria prima ou ficar à mercê dos cartéis e suas condições unilaterais. Ambas as opções elevavam a inflação à níveis estratosféricos. Para piorar a situação, chegavam de todos os cantos do mundo produtos com igual ou superior qualidade ao produto nacional, porém com preços mais baixos.
Alguma coisa deveria ser feita urgentemente, caso contrário o caos generalizado provocaria a falência do mercado. Foi justamente nesta época que o Brasil começa a tomar conhecimento das normas de Qualidade e suas primícias.
A primeira coisa a ser revista pelos empresários, foi a fórmula do custo + lucro = preço.
A pergunta ainda permanecia sem resposta: Como reduzir meu preço, tornar-me mais competitivo, sem no entanto reduzir meu lucro? Percebeu-se então que a ordem dos fatores havia-se invertido.
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* CUSTO = total redução de desperdícios (aquilo que significa não qualidade)
Começou-se de forma lenta e gradual observar o que exatamente era o chamado CUSTO DE PRODUÇÃO. Com algumas poucas análises, qual não foi a surpresa ao deparar quanto um processo estava contaminado com enormes desperdícios. Perdas essas que começavam desde escolha do fornecedor de matéria prima, passando pela conformação do produto até a entrega do produto acabado. E, mais importante que tudo isso: percebeu-se que a parte mais importante de qualquer processo não era considerado:
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