Uma teoria limitada com ênfase no cálculo dos limites das funções com base nas propriedades correspondentes
Seminário: Uma teoria limitada com ênfase no cálculo dos limites das funções com base nas propriedades correspondentes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: deckcolina • 16/6/2014 • Seminário • 3.893 Palavras (16 Páginas) • 602 Visualizações
A Teoria dos Limites, tópico introdutório e fundamental da Matemática Superior, será vista aqui, de uma forma simplificada, sem aprofundamentos, até porque, o nosso objetivo nesta página, é abordar os tópicos ao nível do segundo grau, voltado essencialmente para os exames vestibulares.
Portanto, o que veremos a seguir, será uma introdução à Teoria dos Limites, dando ênfase principalmente ao cálculo de limites de funções, com base nas propriedades pertinentes.
O estudo teórico e avançado, vocês verão na Universidade, no devido tempo.
Outro aspecto importante a ser comentado, é que este capítulo de LIMITES abordará o estritamente necessário para o estudo do próximo tópico: DERIVADAS.
O matemático francês - Augustin Louis CAUCHY - 1789/1857 , foi, entre outros, um grande estudioso da TEORIA DOS LIMITES. Antes dele, Isaac NEWTON - inglês - 1642 /1727 e Gottfried Wilhelm LEIBNIZ - alemão - 1646 /1716 , já haviam desenvolvido o Cálculo Infinitesimal.
DEFINIÇÃO
Dada a função y = f(x), definida no intervalo real (a, b), dizemos que esta função f possui um limite finito L quando x tende para um valor x0, se para cada número positivo , por menor que seja, existe em correspondência um número positivo , tal que para
| x - x0 | , se tenha |f(x) - L | , para todo x x0 .
Indicamos que L é o limite de uma função f( x ) quando x tende a x0 , através da simbologia abaixo:
lim f(x) = L
x x0
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Exercício:
Prove, usando a definição de limite vista acima, que:
lim (x + 5) = 8
x 3
Temos no caso:
f(x) = x + 5
x0 = 3
L = 8.
Com efeito, deveremos provar que dado um > 0 arbitrário, deveremos encontrar um > 0, tal que,
para |x - 3| < , se tenha |(x + 5) - 8| < . Ora, |(x + 5) - 8| < é equivalente a | x - 3 | <
Portanto, a desigualdade |x - 3| < , é verificada, e neste caso = .
Concluímos então que 8 é o limite da função para x tendendo a 3 ( x 3) .
O cálculo de limites pela definição, para funções mais elaboradas, é extremamente laborioso e de relativa complexidade.
Assim é que, apresentaremos as propriedades básicas, sem demonstrá-las e, na seqüência, as utilizaremos para o cálculo de limites de funções.
Antes, porém, valem as seguintes observações preliminares:
a) é conveniente observar que a existência do limite de uma função, quando x x0 , não depende necessariamente que a função esteja definida no ponto x0 , pois quando calculamos um limite, consideramos os valores da função tão próximos quanto queiramos do ponto x0 , porém não coincidente com x0, ou seja, consideramos os valores da função na vizinhança do ponto x0 .
Para exemplificar, consideremos o cálculo do limite da função abaixo, para x 3.
Observe que para x = 3, a função não é definida. Entretanto, lembrando que x2 - 9 = (x + 3) (x - 3), substituindo e simplificando, a função fica igual a f(x) = x + 3, cujo limite para x 3 é igual a 6, obtido pela substituição direta de x por 3.
b) o limite de uma função y = f(x), quando x x0, pode inclusive, não existir, mesmo a função estando definida neste ponto x0 , ou seja , existindo f(x0).
c) ocorrerão casos nos quais a função f(x) não está definida no ponto x0, porém existirá o limite
de f(x) quando x x0 .
d) nos casos em que a função f(x) estiver definida no ponto x0 , e existir o limite da
função f(x) para x x0 e este limite coincidir com o valor da função no ponto x0, diremos que a
função f(x) é CONTÍNUA no ponto x0 .
e) já vimos a definição do limite de uma função f(x) quando x tende a x0 , ou x x0 .
Se x tende para x0 , para valores imediatamente inferiores a x0 , dizemos que temos um limite à esquerda da função. Se x tende para x0 , para valores imediatamente superiores a x0 , dizemos que temos um limite à direita da função. Pode-se demonstrar que se esses limites à direita e à esquerda forem iguais, então este será o limite da função quando x x0 .
Propriedades operatórias dos limite.
P1 - o limite de um soma de funções, é igual à soma dos limites de cada função.
lim ( u + v + w + ... ) = lim u + lim v + lim w + ...
P2 - o limite de um produto é igual ao produto dos limites.
lim (u . v) = lim u . lim v
P3 - o limite de um quociente de funções, é igual ao quociente dos limites.
lim (u / v) = lim u / lim v , se lim v 0.
P4 - sendo k uma constante e f uma função, lim k . f = k . lim f
Observações: No cálculo de limites, serão consideradas as igualdades simbólicas, a seguir, envolvendo os símbolos de mais infinito ( + ) e menos infinito ( - ), que representam quantidades de módulo infinitamente grande. É conveniente salientar que, o infinitamente grande, não é um número e, sim , uma tendência de uma variável, ou seja: a variável aumenta ou diminui, sem limite.
Na realidade, os símbolos + e - , não representam números reais, não podendo ser aplicadas a eles, portanto, as técnicas usuais de cálculo algébrico.
Dado b R - conjunto dos números reais, teremos as seguintes igualdades simbólicas:
b + (+ ) = +
b + ( - ) = -
(+ ) + (+
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