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VIABILIDADE ECONÔMICA E SUSTENTÁVEL DO BUBBLEDECK EM LAJES

Por:   •  8/4/2016  •  Artigo  •  1.952 Palavras (8 Páginas)  •  1.318 Visualizações

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TRABALHO INTERDISCIPLINAR DIRIGIDO II

INSTITUTO POLITÉCNICO - Centro Universitário UNA

VIABILIDADE ECONÔMICA E SUSTENTÁVEL DO BUBBLEDECK EM LAJES

Curso: Engenharia de Produção

Autores: Adrielle Monique Soares Silva, Daiana Jéssica Lopes Inácio, Fernanda Carneiro Martins de Paula, Gabriela Teixeira Silva, Jéssica Larissa Pereira de Oliveira, Regina Carmelina dos Santos, Salatiel Máximo de Oliveira, Taina Francele Gonçalves Domingues.

Professor TIDIR Orientador: Joyce Cristina da Cruz Santos

Professores Co-orientadores: Fischer Stefan Mera, Ive Silvestre de Almeida, Newton Filho.

  1. INTRODUÇÃO

A construção civil, é responsável por um importante indicativo do crescimento econômico e social. Contudo, também constitui uma atividade geradora de impactos ambientais. É uma das atividades humanas que mais consome recursos naturais (SANTANA, 2014).  Segundo a UNEP – Programa das Nações Unidas para o meio Ambiente (United Nations Environment Programme), as edificações respondem por 40% do consumo global de energia e por até 30% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEEs) relacionadas ao consumo energético (BUBBLEDECK BRASIL). Neste sentido, o setor de Resíduos Sólidos da Construção Civil se depara com o grande desafio de conciliar sua atividade produtiva e lucrativa com o desenvolvimento sustentável consciente. Uma alternativa apresentada no mercado é o BubbleDeck, mais especificamente para a construção de lajes. Estaremos analisando neste trabalho a viabilidade econômica e sustentável dessa tecnologia.

  1. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo geral estudar a viabilidade econômica e sustentável do sistema BubbleDeck, sendo os objetivos específicos: desenvolver cálculos para compreender este processo; executar comparativo entre a laje lisa e o sistema Bubbledeck e apontar as vantagens e desvantagens dessa tecnologia.

  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

 A construção civil cresceu significativamente nos últimos anos e sua projeção é continuar evoluindo, por isso, novas técnicas e matérias vêm sendo empregadas nas obras civis com a finalidade de potencializar o desempenho das construções e principalmente reduzir custos (SILVA, 2010). Um problema comum em projetos estruturais é a minimização do consumo de materiais e, consequentemente, a redução do custo total das estruturas atendendo aos critérios de normas técnicas quanto aos limites de tensões e deslocamentos. Por isso, diante das diversas alternativas de estruturas, cabe ao engenheiro buscar dentro das possibilidades a melhor solução estrutural, que resulte na economia da obra (FARIA, 2010).

Existem três tipos básicos de lajes. A primeira e mais usual é a laje maciça que é constituída por uma placa de altura uniforme apoiada em vigas ou paredes (ARAÚJO, 2010). O segundo tipo são as lajes nervuradas, que são utilizadas para estruturas que necessitem de grandes vãos (ARAÚJO, 2010). O terceiro tipo de laje mais comumente utilizado são as lajes apoiadas diretamente nos pilares, às lajes planas. Essas podem ser subdivididas em lajes cogumelos ou lajes lisas. As lajes cogumelos são aquelas que possuem engrossamento da área próxima ao pilar, os capitéis, enquanto as lajes lisas não possuem estes capitéis (ARAÚJO, 2010).

No ano de 2006, o consumo mundial de concreto ficou entre 21 e 31 bilhões de toneladas (World Business Council for Sustainable Development - WBCSD, citado por ABCP). O crescimento na produção de concreto gera um alto crescimento no impacto ambiental, criando problemas de aquecimento global e efeito estufa.

Nesse contexto, a utilização de esferas de polipropileno entre telas de aço pode ser considerada uma grande aliada para uma construção sustentável que, segundo a Green Building Council Brasil, “é uma edificação ou espaço que teve na sua concepção, construção e operação o uso de conceitos, técnicas e procedimentos reconhecidos como de sustentabilidade ambiental, proporcionando benefícios econômicos, para saúde e bem estar das pessoas” (CASADO 2009).

  1. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO        
  1. Metodologia

Com o objetivo de aprofundar sobre o tema proposto foram colhidas informações de trabalhos científicos. Este trabalho tem metodologia bibliográfica e pode ser classificada como exploratória de caráter qualitativa e descritiva, pois visa oferecer informações sobre a viabilidade econômica e sustentável do Bubbledeck.

      4.2 Características Gerais

O sistema BubbleDeck origem dinamarquesa, composto pela incorporação de esferas plásticas nas lajes de concreto, uniformemente espaçadas entre duas telas metálicas soldadas e fixadas em treliças representado na figura 1 no anexo 1. As esferas são introduzidas na interseção das telas soldadas ocupando a zona de concreto que pode ser retirada sem prejudicar o desempenho estrutural, proporcionando uma redução de materiais, aumento de produtividade em função do processo industrializado e consequentemente redução significativa do impacto ambiental (FREIRE, 2008). Segundo a empresa criadora da tecnologia BubbleDeck Brasil, utilizando este novo sistema é possível obter grandes vantagens comparada ao sistema tradicional de fabricação de lajes, como: redução significativa do uso de concreto; redução do peso da laje, garantindo redução das fundações; melhor isolamento acústico; melhor apoio à layouts curvos e irregulares; maior resistência ao fogo; redução de vigas; construção de prédios de forma mais rápida; Tecnologia Green Building; utilização de material reciclado retirados do meio ambiente.

4.3 Especificação técnicas

O dimensionamento da altura de uma laje BubbleDeck está relacionada aos requisitos de cada projeto, variando de acordo com os vãos entre pilares e sobrecargas de trabalho, definindo assim o diâmetro das esferas que serão empregadas, aumentando conforme a necessidade de maior resistência ( Anexo 2, Tabela 1). Posteriormente é colocada a armação complementar e feita a concretagem final solidarizando toda laje. Com o intuito de compreender essa tecnologia, calcularmos a quantidade de concreto utilizado em uma laje Bubbledeck modelo DB230 que possui as medidas de 3 metros de comprimentos, 0,18 metros de profundidade e 0,23 metros de altura. Inicialmente calculamos o volume do paralelogramo utilizando a fórmula:  Encontrarmos que o volume de concreto necessário para preencher essa laje é de 0,1242 m³. Em seguida utilizarmos o conceito de integral definida para encontrar o volume da esfera que consta no anexo 4, o desenvolvimento da fórmula e sua aplicação, sendo o volume da esfera encontrado de 0,0031 m³. Com base nas especificações técnicas do anexo 5, identificamos os vãos que existe entre as bolas de 0,20 m, nas extremidades constam vãos maiores de 0,13 m e o diâmetro da bola de 0,18 m. Identificamos a quantidade de esferas inseridas nas medidas informadas da laje subtraído as medidas das extremidades com 3 m e obtivemos o resultado de 2,74 m de comprimentos restantes e depois efetuamos a divisão de 0,20 m (soma do diâmetro da bola com o vão entre elas), encontramos o valor de aproximadamente de 14 bolas, multiplicamos o volume 0,0031 m³ com a quantidade de bolas e obtivemos o valor total de concreto economizado de 0,0427 m³. Efetuamos a diferença do total de concretos necessários para preencher a laje com a quantidade de concreto economizado utilizando as esferas, deparamos com a quantidade de concreto utilizado no sistema Bubbledeck de 0,0815m³.[pic 1]

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