A aplicação da inspeção por amostragem no âmbito do controle de qualidade

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF)

INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA (ICT)

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

TRABALHO DE CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS

INSPEÇÃO POR AMOSTRAGEM

SERGIO COELHO

THIAGO POEYS

Rio das Ostras

2014

SUMÁRIO

Conteúdo

1) Introdução 3

2) Objetivo 3

3) Metodologia 4

3.1) Inspeção da Qualidade 4

3.2) Inspeção por amostragem 4

3.3) Riscos e Qualidades em seu Níveis 7

3.4)Planos de Amostragem 8

3.5) Metodologia de Amostragem 13

3.6) Comparação entre os planos de amostragem 14

4) Aplicações 15

4.1) Inspeção por amostragem de matéria-prima na indústria farmacêutica 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17

1) Introdução

A Qualidade é uma das áreas mais difundidas na Engenharia de Produção. As normas ISO da série 9000 definem a qualidade como: "Totalidade de características de uma entidade que lhe confere a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas ou implícitas”.

Um dos braços da Qualidade é o Controle Estatístico da Qualidade (CEQ) que possui os seguintes e seguimentos: CEP, Planejamento de Experimento - DOE, Capacidade de Processos, Inspeção - Aceitação por amostragem e Análise do sistema de medidas.

Neste trabalho abordaremos sobre a inspeção por amostragem. O objetivo desse tipo de inspeção é de inferir, a partir de uma amostra e com base em conhecimentos estatísticos, se as características de qualidade de um determinado lote de produtos atendem às especificações determinadas. Dessa forma, por meio da análise dos resultados obtidos, facilita-se a tomada de decisão em relação à aceitação ou rejeição do lote de em questão.

Apesar de envolver incertezas associadas, a vantagem desse tipo de inspeção é, sobretudo, econômica. Em casos de lotes muito grandes, por exemplo, a inspeção 100% é, na prática, economicamente inviável. Dessa forma, destaca-se a importância das metodologias de inspeção por amostragem.

2) Objetivo

No presente trabalho, apresentaremos a aplicação da inspeção por amostragem no âmbito do Controle da Qualidade, enfatizando os tipos mais comuns de inspeção por amostragem: Plano de Amostragem Única, Plano de Amostragem Dupla, Plano de Amostragem Sequencial.

Por fim, serão mostrados estudos de caso exemplificando o emprego da teoria exposta em situações reais.

3) Metodologia

3.1) Inspeção da Qualidade

A Inspeção da Qualidade nada mais é do que a análise de uma peça, amostra ou até mesmo um lote para verificar que estão dentro das especificações de qualidade pré determinadas. Esse tipo de inspeção é realizado em produtos já finalizados. As inspeções podem ser:

• Inspeção completa (100%): todos os itens são inspecionados.

• Inspeção por amostragem: ocorre quando a inspeção de todos os itens é inviável, e utiliza-se ferramentas estatísticas para inferir características da população a partir de constatações oriundas de amostras.

• Inspeção por variáveis: as características a serem analisadas são mensuráveis e o atendimento ou não às especificações determinação a aprovação ou rejeição do lote.

• Inspeção por atributo: trata-se de uma avaliação qualitativa, em que determina-se se há defeito ou não.

3.2) Inspeção por amostragem

A inspeção por amostragem é realizada em uma parte de população (amostra). Este tipo de inspeção é empregado em situações como quando há necessidade da destruição da amostra testada e quando o tamanho da amostra é muito grande ou ainda seja impossível a realização da inspeção 100%.

Podemos dizer que a decisão de aceitar ou rejeitar todo um lote, por estar ou não dentro das especificações, ocorre a partir das informações recolhidas das amostras durante a inspeção que são utilizadas para inferir estatisticamente as características de qualidade para a tomada de decisão.

Por se tratar de uma técnica onde apenas uma parte do lote é examinada, ela não oferece ao tomador de decisão certeza absoluta dos resultados devido ao erro amostral (desvio na amostra em relação ao valor real). Nem mesmo a inspeção 100% oferece uma certeza total sobre a qualidade do lote, no entanto, ela sempre oferece mais informações a respeito do mesmo. A grande vantagem da inspeção por amostragem sobre a inspeção 100%, conforme mencionado anteriormente, está no aspecto financeiro, pois seu custo é menor por investigar apenas uma parte do lote.

O risco que o decisor corre devido ao erro amostral é de aprovar um lote de má qualidade ou de rejeitar um lote de boa qualidade. Mas esse erro acontece de forma controlada sempre que a retirada da amostra for aleatória. De maneira geral, quanto maior for o percentual de defeitos encontrados em um lote, menor será a probabilidade desse mesmo lote ser aceito. Uma maneira de representar a situação citada é através da curva característica operacional (CCO) do plano de inspeção por amostragem.

Para cada plano de amostragem, a CCO define uma probabilidade de aceitação (P) de lotes que tenham uma qualidade (p) por partes defeituosas, quando esse lote é inspecionado por uma amostra de tamanho (n), retiradas de maneira aleatória e tendo um critério de aceitação (a) do lote ou da remessa. Um exemplo de uma