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Estratégia Empresarial em Informática

Por:   •  26/2/2016  •  Projeto de pesquisa  •  3.077 Palavras (13 Páginas)  •  363 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE PROJETOS

Fichamento de Estudo de Caso

Antonio Gonçalves Martins

Trabalho da disciplina Estratégia Empresarial,

Tutor: James Danas de Souza

Rio de Janeiro

2015


Estudo de Caso: Embraer: A líder Mundial em Jatos Regionais

ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

Embraer: A líder Mundial em Jatos Regionais

REFERÊNCIA: CHEMAWHAT. Pankaj, A.HERRERO.Gustavo, MONTEIRO. Luiz Felipe, Embraer: A líder Mundial em Jatos Regionais, Harvard Business School, 704-P03, Rev: Outubro 20, 2000.

O artigo relata sobre o crescimento de lucros e da expansão de mercado obtidos pela empresa líder mundial em Jatos: Embraer. Os autores utilizaram-se de fonte secundária, colhida por meio de uma publicação de um artigo de faculdade. A abordagem se dá de forma descritiva e analítica, servindo exclusivamente como base para discussão em classe, onde conforme os autores foram abordados detalhes sobre a ascensão da Empresa Embraer. Fundada pelo governo brasileiro em 1969, privatizada em dezembro de 1994, momento que a empresa tivera um prejuízo de U$ 310 milhões. Durante o decorrer de 1999, se tornara a maior exportadora de jatos do Brasil, registrando cerca de US$ 1,9 bilhão. Em julho de 1999 detinha de 175 pedidos, tendo 70 confirmados sobre uma nova linha de jatos de maior porte anunciado totalizando US$ 850 milhões. Em outubro de 1999 anunciou um consórcio francês que iria adquirir 20% de seu capital acionário e em novembro de 1999 a OMC pronunciava-se contra o Brasil pelos subsídios concedidos a Embraer. Já no fim de 1999, com pedidos confirmados para a construção de 387 aeronaves, dos quais 371 eram jatos regionais, somou o valor de 6,4 bilhões além de mais 729 unidades de opções de compra, equivalente a um faturamento de US$ 11,3 bilhões. Em 2000 se tornou a 4 maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo lançando inclusive ações em bolsa estrangeira de NovaYork.

Segundo os autores tudo começou com o apoio do governo brasileiro a indústria aeronáutica devido ao fato de querer expandir o meio de transporte aéreo para aproveitar a enorme extensão territorial brasileira. Foram criados em 1940, órgãos de fiscalização: Ministério Aeronáutica e de Defesa. E em 1941 a 1950, criou o CTA para o desenvolvimento de projetos e o ITA para formar engenheiros aeronáuticos. “Já em 1969, ocorreu a criação da Embraer com o objetivo de combinar recursos de uma empresa estatal à agilidade de uma empresa do setor privado” (p.02). Nesse momento o governo brasileiro passou a controlar 51% de seu capital concedendo privilégios, tais como: que as compras de aviões fossem realizadas por meio da Embraer, isenção de impostos ou tarifas aduaneiras sobre as matérias primas, peças ou equipamentos importados, incentivou as cias brasileiras realizarem investimentos anuais de 1% de seus impostos de renda federal em ações da Embraer. Como Resultado houve um ganho de capital de USD$ 350 milhões entre 1970 e 1985”.

Com o passar do tempo, a “Embraer mergulhou em 3 segmentos do setor aeronáutico: Aeronaves regionais de passageiros, Aeronaves de defesa e Aeronaves para fins específicos. Como destaque inicial foram produzidas as aeronaves: Xavante (1971), Ipanema (1972) e Bandeirantes (1973).” (p.03) A Embraer também obteve uma licença da Piper para a produção de aeronaves em geral. Os primeiros pedidos de exportação à Embraer vieram do Uruguai e do Chile, porém a empresa logo começou a expandir seu horizonte, pelos EUA. Com 46 % do mercado de turboélices, ultrapassou a Fairchild, antiga líder do mercado. Em 1984, 22 cias aéreas americanas operadoras de pontes aéreas já usavam 130 bandeirantes, além de outros países. A Embraer realizou o lançamento da aeronave Brasília e entre 1985 a 1999, adotada como “pau para toda obra” (p.04) , já havia vendido 350 unidades. Em 1988, para atender a demanda, a Embraer passou a produzir cinco a seis aviões por mês.

De acordo com os autores, no fim da década de 1980, percebeu-se uma queda no desempenho da Embraer, onde na área internacional houve o fim da Guerra Fria – cancelamento de programas militares em todo o mundo – era da recessão mundial. Época que o Brasil passava por sérios problemas macroeconômicos e grandes déficits, apresentando um grau muito fraco de competividade, inclusive a mudança de moeda. Foi percebido um impacto devastador sobre a Embraer, relativo as mudanças do governo, tais como: Redução na produção de aviões de 6 por mês para 2 aviões, vendas sofrendo forte queda US$ 700 milhões em 1989 para US$ 177 milhões em 1994, redução de 13.000 para 6.100 funcionários e a constatação de um prejuízo médio de US$ 200 milhões por ano.

Mediante a essa situação, surgiu a ideia da “privatização” com Ozires Silva, presidente da Embraer, convencera o governo brasileiro que era a única saída para a Empresa. Devido a protestos, a privatização fora atrasada, por quase 2 anos. De acordo com a aprovação do Congresso Brasileiro, houve proibição de demissões nos 6 primeiros meses gerando custo de US$ 45 milhões para os novos proprietários. O governo assumiu US$ 700 milhões da dívida da Embraer, recapitalizando com outros US$ 350 milhões. Estipulara baixo preço de reserva para as ações da empresa permitindo que parte do pagamento fosse realizado com bônus que eram negociados 50% do seu valor nominal. Já em 1994, CBS (Cia Bozano Simonsen) adquiriu uma participação de 45% na Embraer por US$ 89 milhões. Em junho de 1995, a CBS promoveu um empréstimo chegando a pagar taxas de juros acima de 30%.

Para os autores a recuperação se deu a partir de 1995, com a contratação de um novo CEO, Maurício Botelho. Ele realizou alterações no setor administrativo da Embraer com a contratação da metade de novos administradores seniores de fora da empresa, promovendo funcionários da própria Embraer para ocupar o restante das vagas e com aumentos salariais. Com o projeto de reorganização da Embraer, lançado em 1996, detendo de uma ideia focada e organizada em querer desenvolver uma empresa mais centrada no mercado: “Quando vc tem apenas 100 clientes, deve se concentrar inteiramente no que eles querem”(Maurício Botelho) havia a necessidade de ligar os clientes aos acionistas, tendo como objetivo o aumento da flexibilidade, interação e autonomia e a redução de prazos e custos. Já em 1996, constatou-se uma redução da mão-de-obra, com a demissão de 400 trabalhadores e redução salariais. Entretanto, concessões salariais e horas extras foram asseguradas aos remanescentes por seus sindicatos e outros 400 postos de trabalho foram suprimidos no início de 1997.

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