As Ciencias da Computação
Por: 2502199123 • 24/10/2023 • Trabalho acadêmico • 1.631 Palavras (7 Páginas) • 63 Visualizações
UNIVERSIDADE SAGRADO CORAÇÃO
GUILHERME GARAVELI LUCIANO
EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS URBANOS DE AGUDOS – SP E SUA INTERAÇÃO COM AS ATIVIDADES ANTRÓPICAS DE ENTORNO
BAURU
2016
GUILHERME GARAVELI LUCIANO
EVOLUÇÃO TEMPORAL DOS FRAGMENTOS FLORESTAIS URBANOS DE AGUDOS – SP E SUA INTERAÇÃO COM AS ATIVIDADES ANTRÓPICAS DE ENTORNO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ciências Exatas e Sociais Aplicadas da Universidade do Sagrado Coração, como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Engenharia Ambiental e Sanitária,sob orientação da Profa. Dra. Carla Gheler Costa.
BAURU
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 OBJETIVO GERAL 6
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 6
4 revisão bibliográfica 7
4.1 histórico da ocupação urbana no brasil 7
4.2 o uso dos recursos florestais 7
4.3 Biomas e formações florestais brasileiros 7
4.4 A fragmentação florestal 7
4.4.1 Código Florestal Brasileiro 7
4.4.2 Impactos da fragmentação sobre a Biodiversidade 7
4.5 A geotecnologia e a ecologia de paisagem no estudo da fragmentação florestal 7
4.6 Biologia da conservação 7
4.7 benefícios das florestas urbanas 7
INTRODUÇÃO
Ao analisar qualquer ambiente urbano, pode-se observar uma mistura do que era a paisagem original do local com a paisagem alterada por ação antrópica. Em sua grande maioria, o que seria a paisagem original encontra-se confinado em pequenos fragmentos, resultado do processo de urbanização desordenada, ocupação indevida, falta de fiscalização, entre outros fatores sociais, econômicos e históricos.
As áreas urbanas no Brasil se desenvolveram em um curto espaço de tempo, impulsionadas, principalmente, pelo crescimento econômico no século XX. Apesar deste processo histórico apresentar características diferentes de acordo com a região analisada, o êxodo rural aparece como situação comum em praticamente todas as regiões. A repentina mudança na proporção entre população urbana e população rural foi causada principalmente pela industrialização, que atraiu o trabalhador rural em busca de melhores oportunidades. Na década de 40 aproximadamente 31% da população brasileira concentrava-se na área urbana, até a década de 70 a proporção já era de 55,92%, este aumento seguiu acentuado até o ano 2000, quando atingiu 81,23%, e até 2010 a curva de aumento atenua-se, alcançando 84,36%. Na Região Sudeste, onde está localizada a área a ser estudada no presente trabalho, o crescimento seguiu um padrão semelhante, porém, com curva de crescimento mais acentuada, sendo que na década de 40 quase 40% da população concentrava-se na área urbana, evoluindo na década de 70 para 72% e alcançando no ano 2000 90%, chegando em 2010 a aproximadamente 93% (IGBE, 2015). De maneira geral, os municípios não estavam preparados para assimilar esse aumento populacional o que gerou uma infinidade de problemas socioeconômicos e ambientais.
No contexto desses problemas insere-se a fragmentação florestal, que pode ser definida como resultado de inúmeras perturbações ocorridas através da supressão da vegetação nativa, durante processos de ocupação territorial (OLIVEIRA, 2011).Atrelado a isso está a fragmentação do habitat, que se define como o processo pelo qual uma grande e contínua área de habitat tem sua área reduzida, quanto dividida em dois ou mais fragmentos. Estes fragmentos são frequentemente isolados uns dos outros, por uma paisagem altamente modificada ou degradada, podendo ser explicada pela Teoria de Biogeografia de Ilhas, com os fragmentos funcionando como ilhas de habitat em um “mar” ou matriz antrópica. A fragmentação ocorre mesmo quando a área do habitat não é tão afetada em termos espaciais, como no caso do habitat original ser dividido por estradas, ferrovias, canais, linhas de energia, cercas, tubulação de óleo, aceiros, ou outras barreiras ao fluxo de espécies/gênico (RODRIGUES, 2002). A figura 1 abaixo explica essa situação:
Figura 1 - Esquema fragmentação de habitat.
[pic 1]
Fonte:Biologia da Conservação (PRIMACK & RODRIGUES, 2002).
Os efeitos da fragmentação dos habitats alteram totalmente a forma como a fauna e a flora interagem com o meio, causando impactos diretos e indiretos sobre a dinâmica das populações ali residentes.
Além de incidir sobre a conservação da biodiversidade, a fragmentação pode ainda causar mudanças na hidrologia regional, aumentar o risco de incêndios nas florestas e contribuir para as mudanças climáticas (FERREIRA e LAURENCE, 1997).
RODRIGUES (2002) resume as principais diferenças entre os fragmentos em relação ao habitat original da seguinte forma: i) Área maior de borda por área de habitat; ii) O centro de cada fragmento está mais próximo da borda.
No contexto dos fragmentos urbanos existem outras situações de risco a serem consideradas. Em meio a uma paisagem urbanizada a influência sobre a temperatura do ambiente é evidente, os fragmentos florestais estão intimamente ligados à regulagem dessa temperatura, principalmente por proporcionar umidade ao ar através do processo de evapotranspiração, que envolve plantas e recursos hídricos. Outro ponto de atenção é a disposição inadequada de resíduos sólidos nos fragmentos urbanos, que além do aspecto visual desagradável, pode interferir no nível de conservação dos fragmentos, além de contribuir para a proliferação de vetores. Vale lembrar também que muitos dos remanescentes compõem Áreas de Preservação Permanente (APP), que podem ser definidas como o perímetro encontrado as margens dos cursos de água, aos quais por lei fica impedido qualquer uso do solo, a não ser para preservação da vegetação nativa. Essas áreas têm um papel importantíssimo na conservação dos recursos hídricos, funcionando como barreiras naturais que evitam o assoreamento, fenômeno esse que se dá pela deposição de sedimentos no leito dos cursos de água ou nascentes, podendo trazer consequências catastróficas aos mesmos.
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