Cursos de Programação para alunos do Ensino Médio de Marabá
Por: Ane Viana • 3/2/2016 • Artigo • 889 Palavras (4 Páginas) • 264 Visualizações
Cursos de Programação para alunos do Ensino Médio de Marabá
1. INTRODUÇÃO
“A informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo”. (Flores, 2002 apud Lopes, 2004). “Indo mais além, a informática representa um componente suscetível que influi a formação do indivíduo”. (JÚNIOR et al., 2005, p.2352).
“Uma vez que a informática tem representado uma peça elementar do processo educacional [...] a introdução da computação no ensino médio pode fomentar o interesse pela área aumentando o número de profissionais no país”. (JÚNIOR et al., 2005, p.2352).
De acordo com Júnior et al. (2005, p.2352)
Entre as competências mais difíceis de serem desenvolvidas estão as relacionadas com o desenvolvimento de algoritmos e programas. Esta é uma forte razão para incluir tal temática no ensino médio – assim, os futuros alunos dos cursos de computação teriam menos dificuldade nessa área. E aqueles que se dirigissem para outros ramos profissionais teriam desenvolvido competências de resolução de problemas e formalização dos mesmos que seriam úteis em suas respectivas áreas do conhecimento.
Este projeto visou introduzir conceitos fundamentais de algoritmos necessários para o desenvolvimento de soluções, capacitando o aluno a derivar tais soluções por meio de raciocínio lógico.
O público alvo foram estudantes do ensino médio do segundo e terceiro ano letivo provenientes de escolas públicas ou privadas. A seleção dos alunos foi feita através da indicação das próprias escolas, que efetuaram um levantamento de candidatos considerando o interesse pela área de Exatas e notas nas disciplinas dessa área (Matemática e Física).
Com o propósito de atender os alunos interessados em aprender linguagem de programação, sendo em sua maioria desprovidos de algum conhecimento prévio do assunto. No total, foram selecionados trinta e cinco alunos.
Portanto, os objetivos do projeto foram: desenvolver o raciocínio lógico, especificamente na resolução de problemas por meio de algoritmos, capacitar os alunos para participarem da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) e, possibilitar uma melhor visibilidade ao curso de Sistema de Informação ofertado pela instituição.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O material de estudo utilizado foi retirado do site da Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Inicialmente, lógica de programação e conceitos básicos de algoritmos foram tratados para serem desenvolvidas atividades teóricas e práticas em laboratório. Atividades estas, que estimulavam o raciocínio lógico e o espírito competitivo, sendo elas individuais ou interativas, trabalhando em equipe.
Com isso, foram propostos problemas simples para que os alunos desenvolvessem algoritmos em uma linguagem de programação – foi escolhida a Linguagem C. E com o tempo à medida que houve uma evolução dos alunos, recursos mais avançados da linguagem foram sendo explorados e problemas mais complexos puderam ser tratados. No final do curso foram desenvolvidas atividades tratando de problemas sugeridos como treinamento para a OBI.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dos alunos ingressantes, 16 alunos concluíram. Depois que uma desistência era constatada, o aluno era chamado para comunicar o que levo-o a tal atitude. Destaca-se que o principal motivo foi: A dificuldade em acompanhar as explicações devido à falta de raciocínio lógico. Entre os alunos concluintes, houve interesse sobre áreas que envolvem computação.
Pode observar-se resultados positivos do curso, conhecimento sendo agregado e a desenvoltura de cada aluno a medida que o nível do estudo avançava. Apesar dos bons resultados obtidos considerando os alunos concluintes, percebemos que diante do número de desistentes que o ensino de algoritmos precisa ser tornar mais frequente na vida dos estudantes sejam eles do ensino fundamental ou médio.
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