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INVESTIMENTOS x DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Por:   •  25/5/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.917 Palavras (8 Páginas)  •  3.852 Visualizações

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INVESTIMENTOS x DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.

Aline Zuchi Marcelino¹

Jessica Volles de Oliveira²

RESUMO

O presente trabalho tem por principal objetivo trazer ao leitor, independente de sua área de atuação, maior conhecimento sobre a ligação de investimentos e depreciação de ativos dentro da área de tecnologia da informação. Resumidamente falaremos sobre o conceito de ativos dentro de uma organização, a forma de cálculo da depreciação, além do reflexo disso nos investimentos necessários. Usou-se como base para criação deste trabalho a metodologia de pesquisa bibliográfica, entre outros, baseando-se principalmente em artigos e livros de autores com exímias experiências, onde obteve-se como resultado, em resumo, que a depreciação é um processo natural, e deve ser prevista e planejada para que não prejudique a saúde financeira da empresa e nem os processos realizados usando-se dos equipamentos envolvidos que ficam naturalmente obsoletos com o passar do tempo. Todos os objetivos traçados no decorrer deste trabalho puderam ser cumpridos e apresentados de forma satisfatória.

Palavras-chave: Depreciação. Ativos. Custo. Despesa. Investimento. Tecnologia

1. INTRODUÇÃO

Com o crescimento da área de tecnologia dentro das empresas dos mais diversos segmentos, surge-se a necessidade de equipamentos e softwares cada vez mais poderosos e modernos. Todavia precisamos pensar que eles, por sua vez, possuem um custo para serem adquiridos, e que vão se tornando desgastados ou até mesmo obsoletos com o passar do tempo… É exatamente sobre isso que falaremos.

Os ativos dividem-se em dois grandes grupos, sendo os ativos circulantes e não circulantes. Os circulantes são, resumidamente, aquilo que se converterá em dinheiro, como por exemplo: estoques, saldo bancário, aplicações financeiras, contas a receber etc. Já os ativos não circulantes se subdividem em quatro grupos, sendo: Intangíveis, imobilizados, investimentos e realizáveis a longo prazo. Os dois primeiros subgrupos se destacam dentro do assunto que abordaremos, visto que equipamentos e softwares fazem parte deles, respectivamente.

2. INVESTIMENTOS x DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.

Antes de nos aprofundarmos na relação entre investimentos e depreciação, para que seja de fácil entendimento, precisamos saber melhor como se define e o que exatamente é cada um deles.

O ato de investir possui diversas formas, não sendo necessariamente apenas o investimento financeiro, conforme Congo (2019), da qual cita que “investimento é qualquer gasto ou aplicação de recursos que produza um retorno futuro. Esse conceito envolve tanto dinheiro quanto capital intelectual, social ou natural.” Porém nesta situação, trataremos de especificamente do investimento financeiro e/ou operacional, ou seja, onde de fato há investimento financeiro para aquisição de bens voltados para a operação da organização.

Investimentos são os desembolsos realizados por uma empresa para a compra de bens, como máquinas, equipamentos, veículos, móveis, ferramentas, recursos de informática (hardware ou software) ou, até mesmo, de treinamentos e capacitações. Aqui estamos falando de investimentos operacionais, pois contribuem diretamente para melhorar e ampliar a capacidade produtiva da organização. […] Geralmente, a empresa utiliza o próprio lucro gerado em sua operação para a realização de novos investimentos, porém, também é muito comum o uso de financiamentos e linhas de crédito para a aquisição de bens. (PAULA, 2013)

A depreciação, por sua vez, provêm da área de administração financeira, e possui grande importância nas empresas, visto que não levá-la em conta no momento do calculo de despesas pode fazer com que a organização se prejudique seriamente. Segundo Ribeiro (2005, p. 229), a depreciação define-se como “a importância que corresponde à diminuição do valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, pela ação da natureza e obsolescência normal”. Em 2002, Neto (p. 139) disse que depreciação pode ser conceituada como:

[…] a perda de valor experimentada pelos bens fixos tangíveis da empresa, em consequência de um serviço proporcionado. Esse processo de desvalorização do imobilizado é recuperado por meio da venda dos produtos finais. A depreciação é uma despesa e, como tal, é repassada no preço de venda do produto.

Na área da tecnologia a depreciação também ocorre, tanto na parte de hardware como de software. Na parte de software é um pouco mais difícil enxergamos, por afinal, trata-se de algo “virtual”, diga-se assim… Todavia, os softwares precisam ser substituídos com o passar do tempo por terem se tornado obsoletos ou simplesmente por não atender mais as necessidades da empresa.

Segundo o site Agasus, é de grande importância conhecer a vida útil dos ativos de T.I., pois facilita na tomada de decisão referente às compras da área, ou seja, pode-se adiantá-las quando houver uma boa oferta, e deixar o ativo em estoque, pois sabe-se a data aproximada em que deverá efetuar a reposição. Se esperarmos a depreciação total de um ativo para então realizar a substituição, além de correr o risco de paralisarmos algum serviço vital, podemos pagar muito mais caro em um item pela emergência de adquiri-lo.

Neste momento conseguimos amarrar a importância dos investimentos com a depreciação dos bens ativos, e chamamos de gestão de ativos de T.I. Com base nos dados do instituto Gartner, a gestão de ativos de TI, poderá proporcionar redução de custos de 30%, por ativo, no primeiro ano e de 5% a 10% nos subsequentes. Dentro da gestão de ativos deve-se controlar tanto a parte de hardware (servidores, roteadores, switches, notebooks, computadores, etc) quanto a parte de software (sistemas operacionais, backups e sistemas/programas dos mais diversos tipos).

Mas afinal, como calcular a depreciação? De acordo com Receita Federal., notebooks, computadores e periféricos possuem uma depreciação de 20% ao ano, ou seja, a vida útil do bem é de 5 anos. Exemplificando, vamos tomar como base um computador que tenha sido adquirido por R$ 3 mil. Sua depreciação anual é de R$ 600, ou seja 20% do valor. Em 5 anos este equipamento não terá mais valor contábil e estará obsoleto, e assim e sugere-se que seja substituído. Mas, ainda assim, ele pode ser vendido por um baixo valor financeiro acordado com o comprador ou utilizado por

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