O Artigo Sobre Bioinformática
Por: umnomealeatorio • 2/11/2021 • Artigo • 1.794 Palavras (8 Páginas) • 196 Visualizações
Resumo. A informática se tornou uma ferramenta indispensável em inúmeras áreas da ciência. Na biologia, ela garante maior rapidez e confiabilidade aos seus resultados, auxiliando em diversas tarefas difíceis de serem realizadas manualmente ou que sobrepõem as limitações humanas. Este trabalho objetiva compreender a bioinformática em sua perspectiva histórica e contemporânea, discorrendo sobre sua origem, a atuação de seus profissionais e a sua contribuição como um todo para a sociedade.
Abstract. Computer science has become an indispensable tool in many areas of science. In biology, it guarantees greater speed and reliability to your results, assisting in several tasks that are difficult to be performed manually or that surpass human limitations. This work aims to understand bioinformatics in its historical and contemporary perspective, discussing its origin, the performance of its professionals and their contribution to society.
1. Introdução
A bioinformática é a utilização de computadores e softwares para analisar, interpretar e processar dados biológicos. Inicialmente, os projetos que surgiram na área da biologia molecular com o auxílio da informática eram compostos por profissionais dos dois ramos e existia uma barreira de comunicação entre eles. Por experiência, os biólogos sabiam considerar em suas soluções as incertezas e erros que podem ocorrer na prática, enquanto os cientistas da computação elaboravam soluções desconhecendo essas possibilidades. Os profissionais bioinformatas surgiram para resolver esse revés, possuindo amplo conhecimento de biologia, ciência da computação, estatística, matemática e engenharia, capazes de transformar um problema biológico em linguagem computacional e matemática (PROSDOCIMI, 2002).
De maneira direta, a bioinformática serve para lidar com os resultados das iniciativas de sequenciamento de genes, que produzem uma quantidade enorme de dados sobre proteínas, DNA e RNA, colhendo informações sobre os seres vivos pela análise detalhada de seu código genético. Desse modo, passou-se a utilizar métodos estatísticos capazes de analisar grandes quantidades de dados biológicos. Na área da medicina, dados de milhões de pacientes são colhidos analisados para relacionar com uma melhor resposta a um determinado fármaco, como também podem ser usados no estudo de doenças genéticas (ARAÚJO, 2007).
A contribuição da informática à biologia molecular torna-se clara pela rapidez na decodificação de genes, já que uma nova sequência de DNA com cerca de 12 mil bases pode ser decifrada em um minuto, enquanto há alguns anos a mesma tarefa levaria cerca de um ano. Inclusive, devido essa facilidade surgiram serviços pagos que fazem o mapeamento genético de qualquer pessoa, revelando sua ancestralidade, características hereditárias e até a propensão de se desenvolver determinadas doenças (VOGT, 2003).
Pode-se concluir que a bioinformática revolucionou o modo que se faz ciência. Atualmente, tem auxiliado no combate de diversas doenças, como é o caso da COVID-19, que graças ao sequenciamento do genoma do SARS-CoV-2, os cientistas estão desenvolvendo vacinas contra esse vírus em tempo recorde, posto que até então pertence à
vacina do Sarampo, pronta em “apenas” dez anos (ROSSINI, 2020).
2. História
A bioinformática é considerada algo extremamente recente, levando em consideração que ela depende dos avanços na área da tecnologia para poder se desenvolver e esses avanços só começaram a acontecer (de forma substancial para a bioinformática) em meados dos anos 1953,com a descoberta do DNA dupla hélice por Watson e Crick e avanços significativos na área da computação em si. Por volta de 1970 a bioinformática foi realmente mencionada pela primeira vez, sendo considerada um ponto de intersecção entre a biologia molecular e a ciência da computação, onde são desenvolvidas ferramentas computacionais para a resolução de problemas que envolvam a biologia.
Inicialmente essa era uma ideia bem distante, visto que a computação ainda não permitia muitas coisas e pouco era comentado a relação da computação com a biologia, entretanto atualmente é impossível não relacionar a biologia a informática, toda a questão do armazenamento de dados, desenvolvimento dos modernos laboratórios com a finalidade de facilitar cada vez mais a vida do biólogo. Por volta de 1960 a bioinformática, teve um dos seu principais banco de dados desenvolvido (Genbank), desde então, tem avançado em passos largos, condizente com o avanço de máquinas mais poderosas e maior facilidade de acessar um banco de dados, e assim por diante.
Com todo o desenvolvimento da tecnologia, é muito comum a discussão de questões éticas, principalmente na áreas que envolvem diretamente a questão da vida como a clonagem e edição genética, coisas que eram vistas como impossíveis de acontecerem há alguns anos, mas que hoje estão em pauta, tudo devido ao avanço da computação em conjunto com a biologia. A bioinformática vem cada vez mais se consolidando no atual mercado de trabalho com pesquisas cada vez mais avançadas em diversas áreas, dessa forma cada vez mais fica evidente o poder da computação em resolver problemas presentes em outras áreas. Para essa união funcionar (Biologia e informática) foram necessários vários anos, muito desenvolvimento tecnológico, para chegar a um modelo que funcionasse com boa tecnologia, cada vez mais rápida e um custo que não fosse tão exorbitante.
3. Projeto Genoma Humano (PGH)
O projeto genoma humano(PGH), foi originado no ano de 1990 e era para ter uma duração de 15 anos, porém com a tecnologia evoluindo cada vez mais rápido, o projeto encerrou-se dois anos antes, no ano de 2003. Primeiramente, foi liderado pelo ex diretor dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH) James Watson e depois de dez anos o cientista Craig Venter assumi o projeto até sua conclusão.
Os objetivos do projeto era, principalmente, mapear todo o sequenciamento do genoma humano, na qual contém 3,2 bilhões de pares de bases de genes. Com isso, armazenar toda as informações em bancos de dados, para o conhecimento adquirido ser usado em novos estudos, além de ajudar para ensinar novos cientistas da área da bioinformática.
Nesse sentido, o projeto obteve muito sucesso, pois o sequenciamento do genoma humano
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