Projeto De Eclusa

1 IDENTIFICAÇÃO:

1.1 Proponente

1.2 Instituição:

FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU-FIB

1.3 Curso/Área:

ENGENHARIA CIVIL- NÚCLEO BÁSICO

1.4 Título:

ECLUSA: DESCRIÇÃO DO PROCESSO E FASES DE CONSTRUÇÃO DE UM MODELO FÍSICO.

1.5 Palavras-chave:

Eclusa. Projeto e etapas de construção. Modelo Físico

1.6 Data de início:

09/2013

1.7 Previsão de término:

11/2013

2 PROJETO DE PESQUISA

2.1 Introdução/Revisão da literatura

Desde os primórdios da civilização, o homem desenvolve tecnologias para facilitar seu cotidiano, sejam ferramentas simples tais como talheres, cadeiras, ou mais avançadas como estradas, barcos, veículos, etc. Concomitantemente, as evoluções acabam por desenvolver meios e necessidades de novas inovações assim, ao se aventurar pelas aguas e desenvolver embarcações, criou-se a necessidade de meios alternativos viáveis para resolver problemas que a natureza ou a ação do homem possam vir a criar. Historicamente dentre as diversas inovações surgiu:

“nos Países Baixos, apareceu a eclusa; constituída por uma câmara com portas em cada extremidade, possibilitava a passagem da embarcação de um nível de água para outro. Canais e eclusas surgiram em Flandres e na Holanda já no século XII”. (TONIOLO, p.1 apud HODGETT, 1975, p.132).

O desenvolvimento da eclusa permitiu as embarcações transitar por desníveis antes impossíveis de serem superados e impressionou ao demonstrar como o homem aliado a ciência pode manipular a natureza, através da própria e torna-la uma grande aliada.

Assim caracterizado, as eclusas demonstraram sua funcionalidade e eficácia, tendo em vista que encontram-se em uso até a atualidade, e se tornando símbolo da importância da engenharia aliada a natureza, para solução de problemas enquanto ciência aplicada. Deste modo, visando a análise da engenharia em sua essência, ou seja, enquanto ciência aplicada, tendo em vista que os engenheiros: “... são indivíduos que combinam conhecimentos da ciência, da matemática e da economia para solucionar problemas técnicos com os quais a sociedade se depara” HOTZAPPLE, 2013, p.1), propicia o desenvolvimento do projeto de engenharia, que contém os seguintes elementos (HOTZAPPLE, 2013, p.83):

“síntese: combinação de vários elementos em um todo integrado; analise: uso de matemática, ciência, técnicas de engenharia e economia para quantificar o desempenho das várias opções; Comunicação: apresentações escritas e orais; implementação: execução do plano. O método de projeto de engenharia é, geralmente, um procedimento iterativo, o que significa que algumas etapas devem ser repetidas, porque as informações necessárias em seu início não são conhecidas até que as etapas seguintes tenham sido completadas.”

Visando a aplicação pratica de conceitos, meios e métodos da engenharia, e dada a complexidade e responsabilidade envoltos na construção de quaisquer empreendimentos, é de suma importância o desenvolvimento de modelos para a análise dos modelos físicos, onde um modelo “representa o sistema real de interesse. Dependendo da qualidade do modelo, este pode ou não ser uma representação acurada da realidade” (HOTZAPPLE, 2013, p.19).

O uso de modelos em escala reduzida por engenheiros e construtores vem de tempos antigos, centenas ou milhares de anos atrás. Contudo,

“(...) esses primeiros modelos eram principalmente de auxílio para o planejamento e construção de estruturas e não foram usados para predizer as deformações e as forças nos protótipos. Eles se assemelhavam-se mais ao modelo arquitetônico moderno (maquetes)” (TICONA MELO, 2011,p.46).

Além disso, o ser humano, desde seus primórdios, possui a necessidade de visualizar suas idéias para melhor entendê-las e exibi-las. Assim os modelos físicos surgem e são utilizadas com o mesmo propósito até os dias de hoje. (VRUBEL, 2007).

Dentre os modelos possíveis, destaca-se o físico, tendo em vista que alguns sistemas físicos necessitam de visualização e testes apurados, devido a sua importância, ou mesmo para suprir a necessidade de visualização do projeto, tornando mais palpável. Conceitualmente, modelo pode ser definido:

(...) como a representação ou interpretação simplificada da realidade, ou uma interpretação de um fragmento de um sistema, segundo uma estrutura de conceitos teóricos ou experimentais, e apresenta apenas uma visão ou cenário de um fragmento todo” (TICONA MELO, 2011, p.1).

A importância da modelagem, fica evidente pois:

“Na área da engenharia estrutural, são usados [modelos físicos] para estudar o comportamento de estruturas, como por exemplo: usinas hidrelétricas, pontes, barragens, eclusas e prédios sujeitos a forças externas, ventos ou a terremoto. No modelo físico pode-se estudar também, em escala reduzida ou ampliada, diversos fenômenos físicos e utiliza-lo como referência para a calibração de modelos matemáticos. A construção de modelos físicos, em escalas reduzidas, embora estudada anteriormente por Arquimedes, Leonardo Da Vinci, entre outros, só foi possível após a descoberta da Teoria da Semelhança Mecânica por Isaac Newton e do Teorema de Buckingham” (TICONA MELO, 2011, p.2)

Assim caracterizado, tendo em vista a importância da modelagem física, tem-se concomitantemente o projeto a ser desenvolvido: a eclusa. Conceitualmente eclusas “funcionam como elevadores que permitem às embarcações superarem os desníveis dos rios, tornando-os verdadeiras vias para o transporte de pessoas ou escoamento de produtos. (FURNAS, 2008, p.9)” ou ainda, “Eclusas são obras de engenharia capazes de permitirem a transposição das embarcações, de forma segura e eficiente, pelo desnível de rios utilizados para navegação” (FINGER,MARQUES e SOUZA, 2012, p.241).

Além disso, conceitualmente, deve-se destacar, que:

“Essas obras podem ser classificadas como baixa (até 9 metros de desnível), média (desníveis de 9 até 15 metros) e alta queda (desníveis acima de 15 metros). O projeto