Um outro mundo da informação é possível: Discutindo a adoção do software livre.

Prof. Wolhfagon Costa de Araujo

Um outro mundo da informação é possível: discutindo a adoção do software livre.

O movimento pelo software livre é uma evidência de que a sociedade da informação pode ser uma sociedade de compartilhamento. Trata-se de uma opção.

Sergio Amadeu da Silveira – sociólogo.

Um sistema de informática pode ser compreendido ou composto por três segmentos fundamentais com sua nomenclatura técnica inglesa: hardware (o computador, a máquina, e demais componentes – monitores, impressoras, unidades de disco); peopleware (o conjunto de pessoas envolvidas no processo); e software – conjunto de programas necessários à utilização do computador). Na prática, hardware e software se complementam e se necessitam; o primeiro não funciona sem o segundo; software não tem sentido sem hardware. Ambos existem para o peopleware e por este – lógico – são produzidos.

Ao se comprar um computador por R$ 1.500,00, outro tanto se gasta com programas fundamentais ao seu uso doméstico (sistema operacional e aplicativos – editor de texto, planilha, apresentação, banco de dados, navegador de internet).  Em função desses custos, há pessoas e empresas que resolvem “economizar” e instalam em seus computadores cópias ilegais. Evidentemente que se tem aí uma tremenda questão de (falta) de ética junto com desconhecimento de alternativas.

Os programas de computadores podem ser classificados em dois grupos: software livre e software proprietário. O primeiro é, geralmente, grátis e aberto. O segundo, em regra, é pago e fechado. Aberto ou fechado significando que se pode ou não ter acesso (estudar, modificar, adaptar etc.) ao código-fonte.

Algumas perguntas provocativas

Por que se usa tanto nos computadores pessoais o software proprietário (Windows, Internet Explorer, Word, Power Point, Access, Excel)?

Por que não há um maior uso do software livre (Linux, Firefox, Writer, Impress, Base, Calc)?

Por que a internet é fortemente baseada em software livre (70% usa Apache, Sendmail, Bind etc.?

Por que BilL Gates cercou tanto a Lula na sua primeira eleição?

Por que – no exterior – IBM, Sun, Exxon Mobil, Lufthansa, DowJones, Amazon.com, WallMart, Nasa, Casa Branca, Prefeitura de Berlim e outras muitas organizações, adotaram o software livre?

Por que – no Brasil – empresas e instituições importantes, como Lojas Colombo, Casas Bahia, Supermercados Angeloni, Rede Drogasil, BCP Telecomunicações, M. Dias Branco, Governo Federal, SERPRO, DATAPREV, Governo do Paraná, Prefeitura de Recife, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Petrobrás, dentre outras, optaram pelo software livre?

Afirmações para reflexão

O Brasil vinha pagando cerca de US$ 2 bi ao ano em royalties. Parte substancial desta quantia destinava-se às empresas do Vale do Silício, destacando-se a Microsoft, de propriedade de Bil Gates, um dos homens mais ricos do mundo.