Uma Abordagem, Baseada na Computação Ubíquas
Por: MAURICIO DA SILVA SOARES • 21/7/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 1.770 Palavras (8 Páginas) • 120 Visualizações
Uma abordagem, baseada na computação ubíquas: uma revisão da literatura e oportunidades de pesquisas futuras.
Maurício Da Silva Soares1,
1Departamento Acadêmico de Informação e Comunicação – Instituto Federal do Amazonas (IFAM) – Manaus – AM – Brasil
2017118970394@ifam.edu.br
Abstract. A ubiquitous computing environment assumes that computing is in all equipment and devices, and they are interacting with each other and with people. It represents an opportunity, but also a challenge, for companies in various sectors of the industry. This article reviews the literature on Information Systems (Information Systems), the method used to construct the article was a systematic and critical review of the literature. The objective was to review the most cited and / or most recent articles on the topics (ubiquitous, mobile, widespread computing).
Resumo. Um ambiente de computação ubíqua tem como pressuposto que a computação está em todos os equipamentos e dispositivos, e estes estão interagindo entre si e com as pessoas. Representa uma oportunidade,mas também um desafio, para empresas em diversos segmentos da indústria. Este artigo revisa a literatura de Sistemas de Informação (Information Systems), O método usado para a construção do artigo foi o de revisão sistemática e crítica da literatura. O objetivo foi revisar os artigos mais citados e/ou mais recentes sobre os temas (computação ubíqua, móvel, pervasiva).
1. Introdução
Atualmente, a computação cada vez mais deixa de estar centrada no computador pessoal e passa a estar centrada nos indivíduos (Weiser, 1991; Watson et al., 2002). Muitos de nós possuímos hoje diversos dispositivos computacionais em uso na nossa vida diária. A computação está incorporada em bens de consumo duráveis – geladeiras, máquinas de lavar louça, fornos de micro ondas, etc. Um automóvel hoje pode conter cerca de 40 processadores. Em breve, cada um destes dispositivos estará conectado à Internet, através da fiação elétrica ou de uma rede local sem fio (Watson et al., 2002).
Com isso, estamos cada vez mais próximos da visão de Weiser (1991) de Computação Ubíqua, ou seja, a computação torna-se onipresente, embutida em diversos objetos do dia a dia. As interfaces para interação com dispositivos computacionais tornam-se mais amigáveis, naturais, e temos a possibilidade de nos mantermos conectados em razão da existência de diversos tipos de redes, nos mais variados locais e contextos, sem que nos apercebamos disso (Weiser, 1991; Saccol & Reinhard, 2007; Franco et al., 2011).
Essas inovações tecnológicas geram diversas consequências para os processos empresariais e para a organização do trabalho, especialmente o chamado “trabalho móvel”, e o trabalho em campo ou remoto, onde o indivíduo desempenha suas atividades, acessa informações e interage em qualquer lugar, a qualquer hora, independentemente do contexto em que se encontra (Corso et al., 2011; Sorensen, 2011).
Surgem também diversas possibilidades para os negócios ubíquos, ou seja, para
atividades de negócio que podem ocorrer em qualquer lugar, a qualquer hora, apoiadas por serviços e informações providas pela Computação Ubíqua, informações estas sensíveis aos contextos dos usuários (vendedores, compradores, consumidores), tais como: seu perfil, localização física, necessidades, demandas, ofertas, etc. (Watson et al., 2002; Franco et al., 2011).
Além da Computação Ubíqua, outros termos surgiram nessa nova era da Computação, destacando-se Computação Móvel e Computação Pervasiva. Embora muitos autores utilizem esses termos como sinônimos, a Computação Ubíqua pode ser vista como a intersecção das demais, possuindo ao mesmo tempo o alto grau de mobilidade da Computação Móvel e o alto grau de embarcamento da Computação Pervasiva, (LYYTINEN, 2002)..
Portanto, a Computação Ubíqua é uma visão de experiência da tecnologia que permeia desde as atividades mais simples às mais complexas de nossa sociedade, tornando a tecnologia “invisível” e imbricada em objetos/locais dos mais diversos (Bell & Dourish, 2006; Friedewald & Raabe, 2011).
2. Computação Ubíqua
O termo Computação Ubíqua foi explicitado primeiramente pelo professor Mark Weiser, cientista chefe do Centro de Pesquisa Xerox PARC, por meio de um artigo chamado “O Computador do Século 21 (The Computer for the 21st Century), a questão abordada por Mark Weiser é que no futuro o usuário comum estará centralizado na tarefa e não mais relacionado prioritariamente para com a ferramenta utilizada, a tecnologia estará enraizada implicitamente no contexto, para WEISER (1991) “as tecnologias mais profundas são aquelas que desaparecem. Elas se entrelaçam com o cotidiano até que se tornem indistinguíveis dele”.
Para outro pesquisador sobre o assunto computação ubíqua, ARAÚJO (2003), a computação ubíqua surge da necessidade da unidade da mobilidade com as funcionalidades tecnológicas da computação pervasiva para dar a um dispositivo computacional que está em movimento à habilidade de, dinamicamente, configurar seus serviços de acordo com a necessidade ou com o ambiente em que nos movemos. Diversos pesquisadores elegeram a computação ubíqua como um dos maiores desafios na atualidade.
No entanto na Computação Ubíqua há também grandes desafios relacionados à segurança, privacidade, expansividade e complexidade (ALMEIDA; BARRENHO, 2008).
Para o melhor entendimento da definição de computação Ubíqua devemos também explorar os conceitos da Computação Pervasiva que se define por possuir os meios de computação distribuídos no ambiente de trabalho dos usuários de forma perceptível ou imperceptível. Por esta definição o computador seria capaz de detectar e extrair dados e variações do ambiente, gerando automaticamente modelos computacionais controlando, configurando e ajustando aplicações conforme as necessidades dos usuários e dos demais dispositivos, ARAÚJO (2003).
3. Computação Móvel
Segundo (MATEUS; LOUREIRO, 1998) a Computação Móvel “surge como uma quarta revolução da computação, antecedida pelos grandes centros de processamento de dados na década de sessenta, o surgimento dos terminais nos anos setenta e as redes de computadores na década de oitenta”.
A comunicação sem fio vem sendo usada há muito tempo nos sinais de rádio e televisão, mas a sua associação à portabilidade e à mobilidade é mais recente. A tecnologia que pode ser considerada como ponto de partida foi lançada em 1979 no Japão, sendo sucedida pela instalação das redes de telefonia celular em Chicago e Baltimore no ano de 1983 (MATEUS; LOUREIRO, 1998).
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