ANÁLISE DE SETOR NO SEGMENTO DE FOODSERVICE - UMA ABORDAGEM BASEADA NO MODELO DO DIAMANTE
Artigo: ANÁLISE DE SETOR NO SEGMENTO DE FOODSERVICE - UMA ABORDAGEM BASEADA NO MODELO DO DIAMANTE. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucianameira • 25/10/2014 • 5.171 Palavras (21 Páginas) • 408 Visualizações
VI SEMEAD ENSAIO
POLÍTICA DOS NEGÓCIOS E
E ECONOMIA DE EMPRESAS
ANÁLISE DE SETOR NO SEGMENTO DE FOODSERVICE -
UMA ABORDAGEM BASEADA NO MODELO DO DIAMANTE
AUTORES
WILLIAN SEII
SERGI PAULI
INFORMAÇÕES GERAIS
WILLIAN SEII SERGI PAULI
Administrador de Empresas
formado pela FEA USP Graduando do 6º ano do curso de Administração de Empresas da FEA USP
Rua São Nestor, 56 – Tucuruvi
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sergi@usp.br
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ANÁLISE DE SETOR NO SEGMENTO DE FOODSERVICE -
UMA ABORDAGEM BASEADA NO MODELO DO DIAMANTE
RESUMO
Diversas alterações no mercado consumidor de alimentos, como aumento do consumo de refeições fora do domicílio, crescente necessidade de conveniência nos centros urbanos, e valorização de hábitos de culturas estrangeiras, têm impulsionado a identificação de oportunidades de negócios nos diversos nichos que o segmento de FoodService abrange.
Mas tem o Brasil elementos necessários para propiciar um crescimento sustentável para os nichos que compõe este segmento?
Analisando sob a ótica da competitividade do ambiente empresarial, a ferramenta de análise mais interessante para responder a questão é o Modelo do Diamante, desenvolvido por Michael Porter no ano de 1989. Analisados o conjunto de determinantes, como condições de fatores, condições de demanda, estratégia, estrutura e rivalidade das empresas, e indústrias correlatas e de apoio no País, é possível determinar a hipótese primeira de que o Brasil ainda não possui todos estes elementos desenvolvidos, mas é capaz de criá-los e desenvolvê-los.
ARTIGO
1. INTRODUÇÃO
O delineamento e desenvolvimento de estratégias empresariais são uma das mais importantes preocupações para os administradores atingir o caminho do sucesso. Atualmente, as estratégias são complexas e dependentes de muitos fatores, que direta e indiretamente influem na organização. Dentre estes fatores, há o destaque especial para o ambiente no qual a empresa está inserida. Uma estratégia somente pode ser bem elaborada e eficiente, quando o administrador de empresas tem sólido conhecimento da realidade da qual sua empresa faz parte, assim como os instrumentos necessários para analisá-la. A área de Política de Negócios fornece vários mecanismos para esta análise e entre eles, o Modelo de Diamante de Porter (1989), foi a abordagem encontrada que mais interessou para o desenvolvimento do artigo.
A particular escolha pelo segmento FoodService deve-se ao seu caráter recente e pouco explorado, que oferece ampla gama de oportunidades para desenvolvimento profissional. Adiciona-se a expectativa de contribuir no desenvolvimento de novos setores industriais para a economia de nosso País, considerando que o FoodService no Brasil pode ser impulsionado pela potencialidade do setor agroindustrial nacional. Este segmento pode ser um dos caminhos para o país tornar-se um provedor de serviços de classe mundial que agrega real valor aos seus produtos, obtendo margens maiores, ao invés de continuar exportando apenas produtos primários.
Dessa forma, o presente artigo busca responder: “Analisados o conjunto de determinantes, como condições de fatores, condições de demanda, estratégia, estrutura e rivalidade das empresas, e indústrias correlatas e de apoio, tem o Brasil elementos necessários para propiciar crescimento sustentável para este segmento?”.
A hipótese primeira considera que o Brasil ainda não possui todos estes elementos desenvolvidos, mas é capaz de criá-los e desenvolvê-los se corretamente orientado.
Para respondermos esta pergunta, foram coletados dados secundários de fontes fidedignas, como por exemplo, o Departamento de Comércio Internacional Canadense, entre outros. Com estas informações em mãos e seguindo o Modelo do Diamante, avaliamos o segmento de FoodService brasileiro, a luz de seus determinantes de competitividade, para a possível criação de uma vantagem competitiva para o Brasil.
2. O MODELO DO DIAMANTE
Segundo o Modelo do Diamante desenvolvido por Michael E. Porter (1989), a competitividade de uma empresa ou de um grupo de empresas é determinada por quatro fatores básicos que, interagindo entre si, descrevem o ambiente no qual a empresa está inserida. Para o autor, estes quatro atributos básicos explicam em grande parte porque as empresas inovam e se mantêm competitivas ao longo do tempo. Assim, o modelo auxilia a compreender a competitividade empresarial, além de localizar, determinar e analisar os fatores diretamente relacionados com ela.
O estudo realizado pelo professor de Harvard incluiu as três principais potências industriais – Estados Unidos, Japão e Alemanha – assim como outros países desenvolvidos como Dinamarca, Itália, Coréia do Sul, Cingapura, Suécia, Suíça e Reino Unido, seguindo como critérios para escolha deste grupo a variedade de tamanho, política governamental para com a indústria, filosofia social, geografia e região.
Nas afirmações de Porter observamos a sua preocupação em afirmar que a prosperidade é criada, e não herdada. Ela não brota dos dons naturais de um país, nem de sua força de trabalho, ou de suas taxas de juros, ou ainda do valor de sua moeda, como insistem os economistas clássicos. A competitividade de uma nação depende da capacidade de sua indústria de
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