A DIFERENÇA ENTRE ALQUIMIA E QUÍMICA
Por: gustavodrumond • 4/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.031 Palavras (5 Páginas) • 4.163 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS
GUSTAVO DRUMOND MARTINS FELICIO
A DIFERENÇA ENTRE ALQUIMIA E QUÍMICA
PROFESSOR: AURELIO BAIRD BUARQUE FERREIRA
DISCIPLINA: HISTÓRIA E EVOLUÇAO DA QUÍMICA
TURMA: T01
SEROPÉDICA
2017
Sumário
1. Introdução 3
2. Ideais inatingíveis da alquimia 3
2.1. A pedra filosofal 3
2.2. O elixir a longa vida 3
3. Transição da alquímica para química 3
4. Conclusão 3
5. Bibliografia 3
Introdução
Falar sobre química e não pensar em alquímica é impossível. A origem da alquímica e da química não é algo determinado pois não podemos afirmar com certeza o início de ambas. Além disso, assim como todo desenvolvimento, a transição da alquimia para química não ocorreu de imediato. Entretanto, considera-se que a alquimia se manteve entre os 300 a.C e 1500 d.C. e se iniciou em Alexandria.
A raiz da palavra química é a palavra khemia, que era um tipo de arte egípcia que estava relacionada com mistérios, superstições, ocultismo e religião. Isso tudo, mais os conhecimentos dos diversos sábios da época, deu origem à alquímica.
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Figura 1: ilustração de um laboratório de alquimia
Ideais inatingíveis da alquimia
A pedra filosofal
Os alquimistas daquela época acreditavam que seria possível transformar qualquer metal em ouro, o que era chamado de transmutação, e isso só seria conseguido por meio de uma peça particular da matéria, a pedra filosofal. O alquimista espanhol do século XVI, Arnoldo de Villanova, descreveu a pedra filosofal da seguinte maneira:
“Existe na Natureza certa substância pura que, quando descoberta e levada pela Arte a seu estado perfeito, converterá à perfeição todos os corpos perfeitos em que tocar.”1
Essa crença era baseada nas ideias de Aristóteles (384-322 a.C.), que afirmou que a matéria era contínua (indo contra as afirmações dos filósofos gregos Leucipo e Demócrito, que afirmava que toda matéria era formada por uma partícula indivisível, o átomo), e ele aprimorou a ideia dos quatro elementos de Empédocles. Essa ideia dizia que toda a matéria era formada por quatro elementos: água, terra, fogo e ar. Essa ideia de Aristóteles permaneceu por mais de 2000 anos.
Baseando-se nisso, os alquimistas pensaram em como cada um desses elementos poderiam se transformar uns nos outros se fosse removida ou adicionada a “qualidade” que possuírem em comum. Essas ideias justificaram a tentativa de se obter ouro a partir da combinação de outros metais.
O elixir a longa vida
Os alquimistas queriam extrair o maior dos desejos do ser humano: a vida eterna. Procuravam um elixir da longa vida, que permitiria a imortalidade. Apesar dos alquimistas nunca terem alcançado esse objetivo, eles foram os pioneiros no desenvolvimento de técnicas laboratoriais, como a destilação e a sublimação.
Transição da alquímica para química
No início do século XV surgiu o Renascimento, um movimento artístico e científico que se baseava na racionalidade, ou seja, uma doutrina de que nada existe sem uma razão, sem uma explicação racional, e no experimentalismo. Foi nesse contexto que o modo de pensar dogmático, místico e supersticioso da alquímica começou a ser mudado por uma nova forma de buscar o conhecimento, através da ciência experimental.
Por meio dos trabalhos do filósofo Francis Bacon (1561-1625), a Renascença passou a tomar corpo. Juntamente ao francês René Descartes (1596-1650), o pensamento cientifico começou a se desenvolver ainda mais, a busca do conhecimento se baseava na experimentação e no uso lógico da matemática. Antes, para que o conhecimento fosse aceito como válido, bastava atender às normas da filosofia; a experiência estava fora de questão.
Em 1543, Nicolau Copérnico causou uma tremenda revolução, quando propôs que o Sol, e não a Terra, era o centro do universo. Giordano Bruno, Galileu Galilei e Johannes Kepler contribuíram muito para separar a astrologia da astronomia e a alquimia da química. Outros dois cientistas que foram marcantes nessa transição da alquimia para a química foram Robert Boyle (1627-1691) e Antoine Laurent Lavoisier.
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