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A Estabilidade de Produtos Cosméticos

Por:   •  16/5/2024  •  Pesquisas Acadêmicas  •  887 Palavras (4 Páginas)  •  49 Visualizações

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Material avaliado: Creme para acabelo contendo óleo de pracaxi

Teste realizado: Estabilidade de Produtos Cosméticos

METODOLOGIA

A avaliação da estabilidade foi realizada segundo o Guia Brasileiro de Estabilidade de Produtos Cosméticos. As análises organolépticas e físico-químicas seguiram as metodologias propostas no Guia de Controle de qualidade de produtos cosméticos, incluindo testes preliminares como a centrifugação e o estresse térmico.

Centrifugação

Antes do início dos testes de estabilidade, a Vigilância Sanitária Nacional Agência (Anvisa) recomenda que a formulação seja submetida a um teste de centrifugação. Para realização desse teste, foram pesados 10 g do creme em tubos cônicos do tipo Falcon. A amostra foi submetida a centrifugação a 3.500 rpm, durante 30 minutos. O procedimento foi realizado em temperatura ambiente (25,0 ± 2,0 °C) e após centrifugação, foi realizada a avaliação visual das amostras, a fim de verificar se houve instabilidade física, como separação de fases, precipitação, formação de sedimento compacto (caking) ou coalescência.

Ciclo gelo-degelo

Nesse teste, 10 g do creme com óleo de pracaxi foram pesados e acondicionados em três potes de vidro neutro, transparente, de boca larga com uma tampa que garantiu boa vedação. Um terço de cada pote ficou vazio, permitindo assim um espaço (head space) para possíveis trocas gasosas.

Os frascos com amostra foram submetidos a temperaturas de: 4 ± 2 °C por 24 horas (Geladeira Consul, Mod. CFC 28A) e 45 ± 2 °C por 24 horas (estufa de esterilização Cienlab), completando assim um ciclo. As leituras foram realizadas antes do início do teste e no final do 6º ciclo (12 dias). As análises foram realizadas em triplicata.

Nesse período, foram avaliadas as características organolépticas (cor, aspecto, odor) e físico-químicas (pH). A determinação do valor do pH foi feita em peagâmetro (Entch instruments ISSO/900 certified) inserindo o eletrodo diretamente na diluição aquosa na proporção de 1:10 (g/mL) das amostras. Essa análise foi realizada em triplicata. Os resultados obtidos foram comparados às amostras mantidas em temperatura ambiente.

Estabilidade acelerada

O Teste de Estabilidade Acelerada consistiu em submeter o produto a condições extremas de temperatura com o propósito de acelerar possíveis interações entre os componentes do produto que possam gerar alterações na formulação. Sessenta gramas (60 g) do creme considerado estável pelos testes preliminares foram acondicionados em potes de vidro neutro, transparente, de boca larga com uma tampa que garantiu boa vedação. Um terço do pote ficou vazio, permitindo assim um espaço para possíveis trocas gasosas. Posteriormente, as amostras foram submetidas a condições variáveis de temperatura: Frasco 1: 4 ± 2 °C (Geladeira Consul Compacto 120 litros), Frasco 2: 25 ± 2 °C (Temperatura Ambiente Controlada), e frasco 3:  45 ± 2 °C (estufa de esterilização Cienlab). As análises foram realizadas em triplicata antes do início do teste e no 7º, 15º, 30º e 60º dias. Os parâmetros avaliados foram: características organolépticas e valor do pH.

RESULTADO

De modo geral, nos testes utilizados, a amostra do creme contendo óleo de pracaxi se manteve com aspecto homogêneo, sem presença de grumos, com textura consistente, coloração branca e odor característico da essência de pracaxi.

Resultado do Teste de Centrifugação

Após a execução do teste de centrífuga, nenhuma amostra do creme nos tubos tipo Falcon deu sinais de instabilidade, não apresentando separação de fases e, portanto, mantiveram a sua integridade.

Resultado do Teste do ciclo gelo-degelo

Após uma análise estatística ANOVA, pôde-se concluir que nesse teste não houve diferença estatística nas leituras de pH realizadas no creme de pracaxi. O pH do creme com óleo de pracaxi antes do teste teve média de 3,2 e ao final do teste apresentou um pH de 3,4.

Foi possível observar apenas uma leve modificação, com a formação de uma fina camada no topo do creme, possivelmente pela sua desidratação no último ciclo devido à alta temperatura, entretanto, não apresentou alteração nas demais características organolépticas, mantendo cor, aspecto e odor característicos do creme (Figura 1), além de se manter dentro da faixa do pH aceitável, o que faz com que o produto seja considerado estável.

Figura 1 - Avaliação das organoléptica do creme com óleo de pracaxi antes do teste (A) e ao final do 6º ciclo (B) de gelo-degelo[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4]

Teste de estabilidade acelerada

Foi possível notar apenas uma leve modificação, com a formação de uma fina camada no topo do creme, possivelmente pela sua desidratação no último nos últimos 30 dias, entretanto, não apresentou grandes alterações nas demais características organolépticas, mantendo cor, aspecto e odor característicos do creme com óleo de pracaxi (Figura 2). Após análise estatística ANOVA, pôde-se observar que o produto permaneceu estável com um pH inicial de 3,3 para 3,4 após 60 dias (Tabela 1), mantendo-se dentro da faixa do pH aceitável de cremes para cabelo.

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