A Química analítica quantitativa
Por: Ramon Ramires • 26/5/2018 • Relatório de pesquisa • 755 Palavras (4 Páginas) • 338 Visualizações
Introdução
Muitas vezes na volumetria de oxirredução não se usa indicadores, pois o próprio titulante apresenta uma coloração forte e uma gota em excesso já irá colorir a solução, um exemplo disso é a permanganometria, onde o KMnO4 é o titulante e de certo modo o indicador. Entretanto, algumas vezes é necessário a utilização de indicadores.
A maioria dos indicadores usados nas titulações de oxirredução é sensível a mudanças no potencial da solução de titulação e não à concentração de um reagente ou produto. Há dois tipos de indicadores visuais usados nas titulações de oxirredução: os indicadores não específicos, os verdadeiros indicadores de oxirredução, que respondem somente ao potencial da solução; e os indicadores específicos que respondem à concentração de uma substância particular em solução[1].
Os indicadores redox não específicos são reagentes redox cujas formas oxidada e reduzida apresentam cores diferentes. O indicador atua como um segundo oxidante ou redutor na solução e, consequentemente, deve ser mais fraco do que o analito para garantir que a sua reação com o titulante só ocorra no fim da titulação. A mudança da coloração resulta da conversão reversível da forma oxidada à reduzida ou vice-versa, ocasionada pela variação do potencial do sistema[2].
Indox + ne- ⇌ Indred E0Ind
Os indicadores de oxirredução mais importantes são a difenilamina e derivados, os derivados do trifenilmetano e certos íons complexos de ferro (III) com 1,10-fenantrolina e derivados[2].
Os indicadores redox específicos são indicadores cujo seu funcionamento depende da concentração de um analito ou de um titulante em particular na solução e não do potencial dessa solução. Os indicadores específicos, por sua natureza, são usados com analitos ou titulantes específicos. Os exemplos mais comuns são o amido e o permanganato[2].
O amido forma um complexo azul escuro com o iodo, mas não reage com o iodeto. O indicador é usado nas titulações diretas onde o iodo é o titulante e nas indiretas onde o iodo é gerado a partir de uma reação do analito[1].
O permanganato, como já foi citado, é um indicador devido ao fato de ter uma colocação forte, assim quando usado como titulante a primeira gota em excesso irá dar um coloração rosa /violeta à solução, que não irá desaparecer com o tempo.
Discussão
Nessa pratica foi realizado a determinação de CaCO3 numa amostra sintética desse sal, ou seja, determinamos a pureza a da amostra. Essa determinação foi feita com várias etapas e não com apenas uma titulação.
Inicialmente a amostra foi pesada e aberta com HCl 1:1 sob aquecimento para uma maior diluição, feito isso foi adicionado (NH4)2C2O4 aquecido, pois o aquecimento acelera a reação. Foi adicionado também alaranjado de metila e observou que a coloração estava vermelha/laranja, logo após foi adicionado algumas gotas de NaOH e a coloração mudou para amarelo, indicando um pH neutro. A amostra ficou em repouso para o CaC2O4 precipitar e decantar.
Após uns 15 minutos a amostra foi filtrado e o filtrado foi descartado, pois o que nos interessa é o oxalato de cálcio. O precipitado foi então transferido para um béquer e foi adicionado ácido sulfúrico 1:1 para que houvesse a formação de um novo precipitado, o sulfato de cálcio. Com isso na solução ficou o íon C2O42-. A solução contendo esse íon oxalato foi então transferida para um balão volumétrico de 200,00mL e o mesmo foi completado com água.
A partir desse balão foi retirada uma alíquota de 25,00mL e essa alíquota foi titulada com a solução padrão 0,02006 mol/L de permanganato de potássio.
O procedimento de titulação foi feito em triplicata e a partir dos volumes de permanganato e relações esquiométricas das reações que aconteceram foi calculado a porcentagem de CaCO3 na amostra inicial.
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