A TEORIA DO ORBITAL MOLECULAR ORBITAIS NAS MOLÉCULAS
Por: Rafael Nascimento • 15/9/2021 • Seminário • 7.024 Palavras (29 Páginas) • 236 Visualizações
Teoria do Orbital Molecular - Prof. J. D. Ayala -1-
TEORIA DO ORBITAL MOLECULAR
ORBITAIS NAS MOLÉCULAS
A teoria dos orbitais moleculares (MO) constitui uma alternativa para se ter uma visão
da ligação. De acordo com este enfoque, todos os elétrons de valência têm uma influência na
estabilidade da molécula. (Elétrons dos níveis inferiores também podem contribuir para a ligação,
mas para muitas moléculas simples o efeito é demasiado pequeno.) Além disso, a teoria MO
considera que os orbitais atômicos, AOs, do nível de valência, deixam de existir quando a molécula
se forma, sendo substituídos por um novo conjunto de níveis energéticos que correspondem a novas
distribuições da nuvem eletrônica (densidade de probabilidade). Esses novos níveis energéticos
constituem uma propriedade da molécula como um todo e são chamados, conseqüentemente de
orbitais moleculares.
O cálculo das propriedades dos orbitais moleculares é feito comumente assumindo que
os AOs se combinam para formar MOs. As funções de onda dos orbitais atômicos são combinados
matematicamente para produzir as funções de onda dos MOs resultantes. O processo é
remanescente da mistura de orbitais atômicos puros para formar orbitais híbridos, exceto que, na
formação de orbitais moleculares, orbitais atômicos de mais de um átomo são combinados ou
misturados. No entanto, como no caso da hibridização, o número de orbitais novos formados é igual
ao número de orbitais atômicos originários da combinação.
Da mesma maneira que nos orbitais atômicos, estamos interessados em dois aspectos
moleculares:
1) as formas de suas distribuições espaciais da densidade de probabilidade;
2) suas energias relativas.
O diagrama usual de ψ x r para o orbital 1s de um átomo A (Figura 1a) deve, porém ser
modificado para levar em conta a variação de r entre -∞ e +∞, resultando no diagrama mostrado na
Figura 1b.
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Figura 1 - Diagramas de ψ x r para o orbital 1s.
DISTRIBUIÇÕES ESPACIAIS DOS ORBITAIS MOLECULARES
Iniciaremos observando os MOs que são formados quando dois átomos idênticos se
ligam numa molécula diatômica. Usando um enfoque simples, consideremos que um AO de um
átomo se combina com um AO de um segundo átomo para formar dois MOs. Para que esse
processo seja efetivo, duas condições devem ser introduzidas:
1) os AOs devem ter energias comparáveis;
2) eles devem se sobrepor de maneira significativa.
Os cálculos da mecânica quântica para a combinação dos AOs originais consistem em:
1) uma adição das funções de onda do AO;
2) uma subtração das funções de onda do AO.
Quando os dois átomos são diferentes, é incluído um fator que leva em conta o fato de que os dois
AOs não contribuem igualmente para a formação dos MOs. Os resultados, então, são duas novas
funções de onda MO, uma de adição e outra de subtração. Como sempre, o quadrado da função de
onda para um elétron nos dá informações acerca da probabilidade de encontrar este elétron em
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várias regiões do espaço. Quando isto é feito para um MO, resultam informações sobre a densidade
de probabilidade para um elétron ocupando aquele MO e, a partir dessas informações, as superfícies
limites correspondentes (e também os níveis energéticos) podem ser encontradas. Este método é
conhecido como a combinação linear de orbitais atômicos, ou método LCAO (Linear Combinations
Atomic Orbitals) (Figuras 2 e 3)
a)
b)
Figura 2 - Formação de orbitais moleculares ligantes e antiligante pela
adição e subtração de orbitais atômicos
Quando duas funções 1s são adicionadas, elas se reforçam entre si por toda parte e
principalmente na região entre os dois núcleos. Esta redistribuição de densidade eletrônica entre os
núcleos ajuda a abaixar a energia potencial coulômbica. (Figura 3 - linha cheia superior). Como
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resultado, este orbital tem características ligantes e denomina-se 1s. Quando um orbital atômico é
subtraído
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