A pirâmide dos indicadores energéticos
Por: Huggo Henrique • 6/4/2021 • Artigo • 1.239 Palavras (5 Páginas) • 102 Visualizações
A pirâmide dos indicadores energéticos
Energia é usualmente definida como a capacidade de realizar trabalho mecânico, deslocando, por exemplo, um objeto de uma posição para a outra por meio da aplicação de uma forca. Essa capacidade envolve diversos tipos de transformações e indicadores. Ao decorrer dos tempos, devido ao uso e o controle, a energia se tornou um ingrediente essencial para a vida humana e encontra-se nos mais variados âmbitos da sociedade moderna, pois a necessidade dos serviços energéticos é cada vez maior. Porém, a grande incógnita dos tempos atuais é como usar a energia tendo como base os recursos naturais para uma prática do desenvolvimento sustentável. Sendo assim, os indicadores energéticos associam as diversas formas de energia com aspectos econômicos, ambientais, sociais e tecnológicos no intuito de possibilitar uma avaliação objetiva das diversas trajetórias do ser humano incluindo seu encaminhamento na busca da sustentabilidade. Além disso, os indicadores relacionam o consumo de energia com outras variáveis importantes de um processo ou sistema, podendo ser usados para monitorar e avaliar a evolução desse processo ou sistema que foi utilizado, o qual se relaciona com a variável considerada e com o consumo energético.
Podem ser classificados como descritivos, quando mostram o uso da energia e suas transformações por setor e, em um nível mais detalhado, por subsetores, e explicativos quando interpretam as razoes pelas quais se deram variações ou desvios nos indicadores descritivos, ou seja, ajudam a identificar a contribuição dos vários efeitos tecnológicos, estruturais ou de comportamento nas variações de eficiência energética. Essa classificação é obtida através da analise de dois critérios básicos: econômico, quando a eficiência energética é medida em um nível elevado de agregação, não sendo possível caracterizar a atividade com indicadores técnicos ou físicos; técnico econômico: utilizado quando a eficiência é medida em um nível desagregado, ou seja, sub setor, ramo de atividade ou utilização final, relacionando o consumo de energia com um indicador de atividades medido em unidades físicas como: toneladas de aço.
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A base de uma pirâmide energética representa a extrema desagregação, enquanto o topo mostra um resultado agregado. O elemento superior de uma pirâmide poderia relacionar a razão entre o uso da energia com a economia de certo pais. O segundo nível de elementos poderias conter a intensidade energética de cada macrossetor. O terceiro nível poderia ter os subsetores ou usos finais que compõem cada setor, enquanto o nível mais inferior, não necessariamente o nível final, poderia dispor mais detalhes para aprofundamento. Dessa forma cria-se uma hierarquia de indicadores energéticos, podendo representar diferentes rótulos para cada tarefa, mas obviamente, cada posição descendente da pirâmide requer mais dados e analises mais complexas para reagregar, subindo para um nível mais alto.
Os indicadores, no âmbito global, estão associados a metodologias para se medir o grau de desenvolvimento de uma sociedade e da sustentabilidade de seus sistemas produtivos orientados para captar a dinâmica do processo evolutivo. Portanto, torna-se possível, através dos estudos e dados captados, uma avaliação teórica do “custo” do progresso alcançado tanto no presente, quanto nas gerações futuras de forma que permita um monitoramento dos resultados das politicas energéticas.
Exemplificando, na perspectiva global da evolução das diversas categorias energéticas, uma importante mudança na década de 1970 e 1980 foi do uso direto dos combustíveis fosseis para eletricidade e o consequente desenvolvimento de uma relação forte entre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e o consumo de eletricidade. Eles também revelam como as duas crises do petróleo afetaram o uso de combustíveis fosseis por meio dos efeitos do preço, que resultaram em uma maior economia de combustível. Então, pode-se notar que o crescimento da economia de um pais gera uma acentuação no nível de consumo energético, ou seja, com o desenvolvimento econômico do pais as formas de economizar e inovar no setor energético se desenvolvem cada vez mais. Infelizmente países em desenvolvimento, como o Brasil, ainda tem uma mentalidade arcaica em relação ao desenvolvimento sustentável da sociedade porque o investimento em fontes de energias renováveis ainda é muito baixo comparado as fontes de energia derivadas do petróleo. Isso se dá pelo fato de não haver grande incentivo governamental nessa área, pois na maioria desses casos o lucro, que não é imediato, é mais visado do que a sustentabilidade. Sendo assim, uma solução mais viável para países, dependentes do petróleo, é o investimento no desenvolvimento e utilização de novas tecnologias que resultem nas emissões de gases e dejetos poluentes de forma reduzida.
Dentre as formas de um caminho para um desenvolvimento sustentável é o aumento da eficiência energética. Um progresso enorme tem sido realizado nessa área, voltada para setores da indústria e de transporte, principais consumidores de energia. Esse processo foi acelerado pelo grande aumento dos preços do petróleo na década de 1970 e pelo temor de uma dependência exagerada desse combustível. Contudo, muito antes disso, o setor produtivo percebeu que os custos poderiam ser reduzidos por meio de mudanças tecnológicas. Dessa forma, a quantidade de energia usada é reduzida e, paralelamente, são reduzidas as emissões de substancias prejudiciais ao meio ambiente, em particular SO2 e CO2.
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