Análise do Potencial biodegradativo da levedura
Por: Sofia.tafuri • 19/5/2018 • Projeto de pesquisa • 546 Palavras (3 Páginas) • 163 Visualizações
Análise do potencial biodegradativo da levedura “Saccharomyces cerevisiae” na remoção de corantes têxteis
Sofia Tafuri Ercolini¹, Danielle Goveia.
¹Campus de Itapeva, Engenharia de Produção, sofia.ercolini@gmail.com
Palavras Chave: Biodegradação, Corantes têxteis, Saccharomyces cerevisiae, Poluição ambiental.
Introdução
As indústrias têxteis têm contribuído largamente para a contaminação ambiental, devido à grande produção de resíduos com baixos níveis de degradação, incluindo corantes indigóides e azóicos provenientes do tingimento, sendo descartados efluentes com intensa coloração. Como resultado, a luz solar deixa de atingir as plantas aquáticas, impedindo a fotossíntese e adequada reprodução [1]. A preocupação com a estética e qualidade do ambiente atingido por efluentes coloridos leva à busca de alternativas de descoloração, especialmente de corantes têxteis [2]. Entre os tratamentos químicos e físicos, o tratamento biológico vem se mostrando eficaz, uma vez que bactérias e fungos são extremamente versáteis em degradar substâncias recalcitrantes [3].
Dessa forma, o presente estudo utilizou a levedura “Saccharomyces cerevisiae” na remoção dos corantes Índigo-Carmim e Alaranjado de Metila.
Objetivos
Avaliar o potencial biodegradativo da levedura Saccharomyces cerevisiae na remoção de corantes têxteis azóico (Alaranjado de Metila) e não azóico (Índigo-Carmim) através de análises em espectrofotômetros de absorção Ultravioleta Visível (UV-Vis) das soluções experimentais.
Material e Métodos
Neste trabalho foram utilizados os corantes Índigo-Carmim (C16H8N2Na2O8S2) e Alaranjado de Metila (C14H14N3NaO3S) (Figura 1).
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Figura 1. Estrutura dos corantes.
Foi usado a levedura “Saccharomyces cerevisiae” e água ultrapura. Primeiramente, 4 mg dos corantes foram dissolvidos em água ultrapura em um balão de 500 ml para realização da varredura do comprimento de onda através do espectrofotômetro. Desta maneira, obteve-se o melhor comprimento de onda de cada corante para a análise da biodegradação. Posteriormente, preparou-se a suspensão de 2% da levedura e as soluções estoque dos corantes nas concentrações de 0,5mg/L, 2mg/L e 4mg//L. Em seguida, o pH das soluções foi ajustado para 2,5. A partir das soluções estoque foi separado 50 ml de cada concentração para reagir com 5 ml da suspensão. Após 24 horas, realizou-se as medições de absorbância do controle e das soluções com levedura no espectrofotômetro. [pic 5][pic 6]
Resultados e Discussão
A varredura indicou que o pico de absorção é em 612 nm para o Índigo Carmim e 507 nm para o Alaranjado de Metila. A partir dos dados obtidos, realizou-se o cálculo para a obtenção da porcentagem de remoção dos corantes (Tabela 1), através da Equação [1]:
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[pic 8] [pic 9][pic 10] [1]
Tabela 1. Porcentagem de remoção dos corantes após 24 horas de tratamento com Saccharomyces cerevisiae.
Concentração (mg/L) | Soluções | |
Índigo-Carmim | Alaranjado de Metila | |
0,5 | 48,72 | 1,49 |
2,0 | 52,11 | 10,96 |
4,0 | 38,75 | 6,19 |
Após 24 horas de tratamento, realizou-se o cálculo da porcentagem de remoção através da equação 1. As soluções que apresentaram uma maior porcentagem foram as soluções com o corante Índigo-Carmim. Entre os corantes estudados, a levedura apresenta maior potencial de biodegradação no corante do tipo indigóide.
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