Arquimedes e a alavanca em 90 minutos (coleção 90 minutos)

STRATHERN, Paul. Arquimedes e a alavanca em 90 minutos (coleção 90 minutos). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

Dennis Oliveira Santana^[1]

1. Citações

“Uma minuciosa pesquisa em Stonehenge e nas pirâmides revelou um conhecimento matemático surpreendente. Os povos que os construíram entenderam em seus termos mais simples a relação entre os dois lados e a hipotenusa de certos triângulos retângulos. ” (p.4)

O motivo pelo qual o Teorema de Pitágoras tem seu nome vem do fato de Pitágoras ter sido o primeiro a prová-lo. Os gregos continuavam a acreditar nos deuses, mas desse ponto em diante o comportamento divino passou a estar sujeito aos limites da razão. (À exceção, naturalmente, dos milagres — que só podiam acontecer na ausência de observadores científicos.).  (p. 5) 

A mais célebre talvez tenha sido Agnodice, forçada a se ocultar sob roupas de homem para estudar em Alexandria; Axiotéia, por outro lado, adotou esse disfarce por vontade própria quando deu aulas na Academia de Platão. Relatos dão conta de que outra estudiosa de Alexandria, Ifigênia de Cós, teria demonstrado que uma prova de seu tutor, o grande geômetra Pappus, era de fato fraudulenta. (p.33)  

Outras obras “perdidas” de Arquimedes não foram ainda redescobertas — e quase com certeza jamais o serão. Muitos acreditam que os originais dessas obras viraram fumaça quando a Biblioteca de Alexandria incendiou-se em 47 a.C. Essa catástrofe cultural única deixaria uma imensa sombra, desempenhando papel não pouco relevante na decadência intelectual da Idade Média. É agradável imaginar que, estivessem todas as obras de Arquimedes disponíveis no começo do segundo milênio, poderiam ter inclinado a balança — tornando o pensamento medieval uma peça de rigor em lugar de um objeto ritual. (p.30)

2- Texto Crítico

Arquimedes de Siracusa é considerado o maior matemático da antiguidade, superando assim todos os anteriores a ele, nunca se preocupou em registrar os seus trabalhos podendo, portanto, ter vários outros perdidos no tempo, foi inventor das alavancas bem como as bombas d’águas e uma forma elementar de laser, porém, as memórias de suas obras continuam mais vivas que em seu tempo.  Mas o que devemos saber é que naquele período a ciência buscava explicação para algumas coisas ainda não resolvidas, que muitas das vezes se davam através da prática experimental, teve uma vida de sucesso e uma prole que lhe passaram influencias desde cedo.

O matemático Arquimedes encontra o mundo onde as raízes da ciência residiam na aprendizagem prática. A ciência do século XX mudou tudo, mas anterior a ela por volta do ano de 2500 a.C, já tinham grandes obras que utilizavam-se de regras matemáticas como as grandes pirâmides do Egito e a Stonehenge, onde os povos que a construíram entendiam a relação entre os dois lados e a hipotenusa de certos triângulos retângulos, ou seja, tudo se baseava na observação junto a astronomia.

Com o surgimento da Grécia antiga, dá origem a ciência como compreendemos nos dias de hoje, e então a ciência separa definitivamente da religião e a astronomia separa-se da astrologia. O homem passa desde então a acreditar apoiado nas evidencias e provações e não mais na intuição. Os gregos continuam a creditar nos deuses mais em certo ponto aos limites da razão.

Arquimedes nasceu em Siracusa em 287 a.C, sua cidade era considerada a mais poderosa cidade estado grega na Sicília, estava situada entre o império cartaginês e o que viria a se tornar o mais poderoso dos exércitos os romanos. Filho de Fídias um grande homem de cultura Arquimedes foi desde cedo influenciado pelos estudos de seu pai que era um astrônomo de renome para a época. Ainda jovem antes mesmo de concluir sua educação, ao que se sabe por lá foi professor do filho de Hierão rei de Siracusa.

As suas contribuições na matemática foram enormes, como na determinação de áreas das figuras cilíndricas, parabólicas e elípticas. Determinou também as regras de volumes da esfera e do cone se utilizando de regras bastantes difíceis sendo que nenhum outro naquele exato contexto histórico possuía cacife de se comparar a ele.

Em um dado período Arquimedes deixa Alexandria cidade onde teria se mudado conclusão de seus estudos e atua como engenheiro militar e inventor. Segundo relatos de Leonardo da Vinci lá Arquimedes trabalha para o rei Ecliderides de Cilodastri em uma guerra marítima contra os bretões, onde inventou um parafuso que servia como bomba d’água, este parafuso permanece em uso no Delta do Nilo até os dias de hoje.