As Medidas de Volume
Por: Drica13 • 13/12/2015 • Relatório de pesquisa • 2.504 Palavras (11 Páginas) • 329 Visualizações
- INTRODUÇÃO
A execução de qualquer tarefa num laboratório de química envolve geralmente uma variedade de equipamentos, que devem ser empregados de modo adequado. A escolha de um determinado aparelho, vidraria ou material depende dos objetivos e das condições em que o exemplo será executado.
Medir volumes de líquidos faz parte da rotina deste ambiente. As medidas de volume podem ser efetuadas para serem usadas em uma análise qualitativa (não requer muita exatidão nas medidas) ou uma análise quantitativa (requer muita exatidão). Portanto, é necessário saber diferenciar e usar corretamente os materiais volumétricos, de modo a reduzir ao mínimo o erro das análises.
A técnica de medição de volume de uma amostra depende do seu estado físico (líquido ou sólido) e da sua forma (regular ou irregular). Os resultados obtidos devem ser expressos em metros cúbicos ou em unidades submúltiplos, normalmente as mais usadas são o mililitro ou centímetro cúbico e o litro ou decímetro cúbico.
Neste relatório serão apresentadas, por meio de experimentos, as técnicas para a medida de volume e as principais vidrarias utilizadas nesse procedimento.
- MEDIDAS DE VOLUME – VIDRARIA VOLUMÉTRICA
- Objetivo:
Conhecer os equipamentos, materiais e as técnicas de medida de volume utilizadas em laboratório de química.
- Resumo:
Neste relatório, a análise da comparação das vidrarias através dos experimentos foi descrita com a finalidade de definir quais vidrarias possuem maior margem de precisão e exatidão e quais menos precisas.
- Fundamentação Teórica:
Para medir volumes aproximados de líquidos, podemos utilizar um equipamento volumétrico não muito preciso embora prático, que é a proveta ou cilindro graduado, enquanto que, para medidas precisas, utilizamos equipamentos, tais como balões volumétricos, bureta e pipetas.
Estes equipamentos são calibrados pelo fabricante a uma temperatura padrão de 20 ºC, devendo-se utilizá-los de preferência nesta temperatura, para evitar desvios, em virtude de anomalias ocasionadas pelas alterações de temperatura. Segue abaixo a descrição mais detalhada dessas vidrarias:
- Pipetas – existem dois tipos de pipetas: Pipetas Volumétricas (de Transferência) e Pipetas Graduadas. As volumétricas apresentam um bulbo na parte central, servem para escoar um determinado volume líquido de um recipiente para outro. Com pipetas graduadas podem-se medir vários volumes.
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Depois de perfeitamente limpa, a pipeta é lavada com pequenas quantidades da solução a medir (ambientação da pipeta). Em seguida, é introduzida na solução, tendo o cuidado de evitar a formação de bolhas; faz-se a sucção até acima da marca do zero e a extremidade superior é fechada com o dedo indicador. Seca-se a parte externa da pipeta com o papel de filtro. Depois, relaxando levemente a pressão do dedo, ajusta-se o zero. Sobre o recipiente adequado deixa-se escoar lentamente o líquido. Após o escoamento aguarda-se 15 segundos. Se alguma gota ficar ainda na posição inferior da pipeta, esta é removida encostando-se a mesma contra a parede do recipiente.
Observação: Não se deve pipetar com a boca. O procedimento é realizado por peras de aspiração adaptadas à extremidade superior da pipeta. Outra alternativa é esperar que o líquido suba na pipeta baseado no princípio dos vasos comunicantes. Quando não for possível e/ou não for necessário rigor na medida, deve-se usar a proveta.
- Buretas – são formadas por cilindros de vidros graduados, tendo torneiras que servem como dispositivos de controle de vazão. As torneiras de vidro são previamente lubrificadas com vaselina ou graxa de silicone. As buretas são aparelhos que devem ser fixados verticalmente nos chamados suportes para buretas. Antes do uso, devem ser limpas com detergente para laboratório, enxaguadas com água da torneira e, em seguida, com água destilada. Após a limpeza, a torneira de vidro da bureta deve ser lubrificada, pois o detergente para laboratório ataca o lubrificante. Por isso, retira-se, enxágua-se e seca-se a torneira com papel de filtro, colocando-se, com o dedo, a mínima quantidade de lubrificante nas extremidades da torneira. Repõe-se a torneira no seu lugar, previamente limpo e seco, girando-se até senti-la perfeitamente adaptada. Caso a bureta já esteja limpa (sem gotículas após o escoamento de água), não é necessária a lubrificação da torneira, pois o desmonte constante desta pode ocasionar vazamentos posteriores.
[pic 2]
A bureta depois de limpa, deve ser lavada três vezes com 5 mL da solução a ser utilizada, que é adicionada por intermédio de um pequeno funil, de forma que o fluxo descendente lave as paredes internas da bureta (ambientação da bureta). Depois de lavada, enche-se a bureta com solução até um pouco acima da marca do zero, verificando se não há vazamento e/ou bolhas de ar na porção da bureta abaixo da torneira. Com a bureta completamente cheia, inclusive abaixo da torneira, e sem bolhas, o zero deve ser acertado através do escoamento do líquido até que a parte inferior do menisco coincida com o traço zero. A leitura é feita da mesma forma utilizada para pipetas.
- Balões volumétricos – são balões em forma de pera de fundo levemente abaulado, gargalo estreito e longo. Eles são calibrados para conter determinados volumes líquidos. O gargalo deve ser estreito para que uma pequena variação de volume provoque uma sensível diferença na posição do menisco.
[pic 3]
Os balões volumétricos são usados na preparação de soluções de concentração conhecida. O reagente deve ser devidamente pesado num béquer, onde é dissolvido. A solução, assim obtida, é transferida para o balão via funil, o béquer é lavado com três pequenas porções de solvente – água. Essas águas de lavagem devem ser vertidas para o balão. Não ultrapassar a extremidade inferior do gargalo. A solução é diluída até que o líquido chegue à extremidade inferior do gargalo. Em seguida, cuidadosamente, com movimentos circulares, homogeniza-se a solução. Acrescenta-se solvente – água até um dedo abaixo da marca. Seca-se a parte do gargalo acima da marca com papel de filtro envolvido em um bastão de vidro. Completa-se até a marca adicionando-se o solvente – água com uma pipeta conta-gotas seca-se por fora. O menisco deve tangenciar o traço de referência. A solução, assim preparada, deve ser homogeneizada firmando-se a tampa do balão contra a palma da mão ou entre dois dedos e invertendo. Deve-se agitar a solução com movimentos circulares, desvirar o balão e repetir a operação até que a solução esteja homogênea. A operação deve ser repetida pelo menos três vezes. Uma vez concluído o processo acima descrito, a solução deve ser transferida para um frasco adequado, limpo e seco. O frasco deve conter um rótulo com as informações: nome da solução, concentração da solução, data de preparação e nome da pessoa que efetuou a preparação.
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