Cinética de Reação Química Homogênea
Por: silveira.susane • 5/6/2021 • Trabalho acadêmico • 1.893 Palavras (8 Páginas) • 199 Visualizações
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS
Unidade Acadêmica de Graduação - Engenharia Química e Alimentos
Reatores e Processos Industriais
Professor Paulo R. Santos da Silva
Data 10/11/2017
Cinética de reação química homogênea
Camille Kusiak Pereira, Joana Dacol Soares, Morgana Schenatto, Susane Silveira
1 INTRODUÇÃO
Conforme Feltre (2004), a cinética química é o estudo da velocidade das reações químicas, assim como dos fatores que a influenciam. Destaca-se que é através dela se ajusta o tempo de reação, tornando os processos mais econômicos.
A reação trabalhada na prática experimental foi uma hidrólise promovida por base, também chamada de saponificação. De acordo com Solomons e Fryhle (2012), o mecanismo envolve uma adição nucleofílica-eliminação no carbono acílico.
Figura 1 – Mecanismo da reação
[pic 1]
Fonte: Solomons e Fryhle (2012).
No estudo de dados do reator em batelada, segundo Fogler (2009), os métodos consistem em análises e correlações de dados cinéticos com a finalidade de se identificar a lei de velocidade da reação. Eles consistem em procedimentos que contrapõem equações de taxa e dados experimentais. Os mais comuns são os métodos diferencial e integral.
O método integral de análise é o de uso mais simples. Ele é empregado mais frequentemente quando a ordem da reação é conhecida e se deseja calcular a velocidade específica da reação a diferentes temperaturas, tendo em vista a determinação da energia de ativação. Normalmente, nesse método, supõe-se uma ordem de reação e integra-se a equação diferencial utilizada para modelar o sistema em batelada. Se a suposta ordem de reação for a correta, o gráfico correspondente dos dados de concentração-tempo deve ser razoavelmente linear (LEVENSPIEL, 2000).
2 OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo principal estudar a cinética da reação de hidrólise alcalina do acetato de etila com o hidróxido de sódio. Além disto, foi determinada a ordem global desta reação pelo método integral, bem como a constante de velocidade específica (k) a 31°C e verificado o efeito da sua variação com a temperatura. Também foram estipulados o fator de frequência (k0) e a energia de ativação (EA) pela equação de Arrhenius.
3 MEMORIAL DE CÁLCULOS
Com o propósito de identificar a ordem global da reação de hidrólise alcalina do acetato de etila e se estabelecer os parâmetros da equação de Arrhenius para a reação citada, deve-se titular. A Tabela 1 apresenta o volume de 25 mL de ácido clorídrico (HCl) 0,02296 M em cada enlermeyer e o volume gasto de NaOH 0,01593 M em cada titulação acidificada, com fenolftaleína como indicador.
Tabela 1 – Massa de HCl nos erlenmeyers
Erlen. | Vazio (g) | Erlen. + HCl (g) | Massa de HCl | Tempo (min) | Volume (mL) |
1 | 121,9221 | 148,1765 | 26,2544 | 1 | 22,4 |
2 | 120,8194 | 147,0781 | 26,2587 | 2 | 23,9 |
3 | 115,4815 | 141,7544 | 26,2729 | 5 | 24,5 |
4 | 118,5478 | 144,7357 | 26,1879 | 8 | 26,2 |
Fonte: Elaborado pelas autoras (2017)
No ponto final da titulação, o número de mols de NaOH da solução padrão é igual ao número de mols de HCl em excesso no erlenmeyer. Como o hidróxido de sódio não convertido reage com o HCl presente no erlenmeyer, o número de mols de HCl que reagiu é obtido pela diferença entre o número de mols inicial de HCl e o número de mols de HCl em excesso.
Para se obter o número de mols de HCl inicialmente contidos em cada enlermeyer, aplica-se o produto entre a concentração do reagente e a massa contida no respectivo enlermeyrer, conforme ilustra a Equação 1:
(Eq. 1)[pic 2]
O número de mols em excesso do HCl é obtido através do produto entre o volume de NaOH consumido durante a titulação e a sua concentração, conforme ilustra a Equação 2:
(Eq. 2)[pic 3]
Para identificar a concentração de NaOH inicial presente no reator (t=0s), usa-se a fórmula da diluição. Foram colocados 314 mL de NaOH 0,01593 M e, após a diluição com água deionizada, o volume total era 500 mL. A Equação 3 ilustra o cálculo para a concentração de NaOH inicial:
(Eq. 3)[pic 4]
A Equação 4 serve para o cálculo da concentração de NaOH no reator no tempo em que as alíquotas foram coletadas:
(Eq. 4)[pic 5]
A determinação da concentração de NaOH no reator em cada instante de tempo é realizada pela razão entre o número de mols de NaOH transferidos na alíquota pelo volume, que foi de 25 mL, conforme mostra a Equação 5:
(Eq. 5)[pic 6]
A Tabela 2 traz os dados obtidos conforme as equações apresentadas acima:
Tabela 2 – Dados obtidos com a titulação
Tempo | Volume (mL) | nHCl (mol) | nHCl,sobra (mol) | nHCl,consumido (mol) | nNaOH, aliquota (mol) | CNaOH, Reator (mol/mL) |
0 | - | - | - | - | - | 0,010004 |
1 | 22,4 | 0,602 | 0,356 | 0,245 | 0,245 | 0,009839 |
2 | 23,9 | 0,602 | 0,380 | 0,222 | 0,222 | 0,008887 |
5 | 24,5 | 0,603 | 0,390 | 0,212 | 0,212 | 0,008518 |
8 | 26,2 | 0,601 | 0,417 | 0,183 | 0,183 | 0,007356 |
Fonte: Elaborado pelas autoras (2017)
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