DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO E EBULIÇÃO
Por: Paula Cristina Gilio • 21/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.529 Palavras (7 Páginas) • 618 Visualizações
DETERMINAÇÃO DO PONTO DE FUSÃO E EBULIÇÃO
INTRODUÇÃO
Um composto, uma substância ou uma espécie química, quando pura, apresenta propriedades físicas, químicas e físico-químicas próprias dela, que a caracterizam.
Entre as principais propriedades físicas que caracterizam determinadas substâncias e permitem dizer se a mesma é pura ou não, têm-se: ponto de fusão e ponto de ebulição.
Para a determinação do ponto de fusão e ebulição, dispomos de uma série de métodos que podem ser utilizados. Na prática em questão, utilizaremos o método do tubo de Thiele para a determinação do ponto de fusão e ebulição de algumas substâncias.
Define-se como ponto de fusão de uma substância pura a temperatura na qual a fase sólida está em equilíbrio com a fase líquida, e ponto de ebulição de uma substância pura a temperatura na qual a fase líquida está em equilíbrio com a fase sólida.
O ponto de fusão depende das forças existentes entre as moléculas (ou entre íons, no caso de cristais iônicos) da substância sólida, que a uma determinada pressão, é um valor constante, fator característico de uma substância pura, e por isso a sua determinação constitui um dos métodos pelo qual se pode calcular o grau de pureza desta substância. As substâncias que não são puras não possuem um ponto de fusão fixo, ou seja, quando elas começam a fundir a temperatura pode variar dentro de um intervalo de temperatura.
Já o ponto de ebulição, se um líquido é colocado em um recipiente fechado, parte dele evapora, até que o vapor formado tenha certo valor de pressão denominado tensão de vapor que representa o limite máximo para a evaporação daquele líquido, naquela temperatura. Cada líquido tem sua própria pressão de vapor, que depende da natureza do líquido, mas não da quantidade. Durante a ebulição, no caso de substâncias puras, bem como em qualquer transição de estados físicos, a temperatura do sistema mantém-se constante, até que toda a massa líquida passe ao estado gasoso. No caso de substâncias impuras a temperatura do ponto de ebulição pode variar dentro de um intervalo de temperatura.
Nas figuras 1 e 2 a seguir pode-se analisar os intervalos de temperatura em que as substâncias puras ou impuras entram em fusão ou ebulição.
[pic 1]
Figura 1 – Ponto de fusão e ebulição de uma substância pura
[pic 2]
Figura 2 – Ponto de fusão e ebulição de uma mistura
Durante o processo de mudança de estado existem fatores que podem influenciar na determinação da temperatura, como pressão, tamanho da cadeia ou peso molecular, presença de ramificação e polaridade.
Vale observar que uma escala termométrica, medidora de temperaturas, pode ser definida a partir de relações físicas conhecidas e de dados de projeto do termômetro, a partir do ajuste de pontos experimentais, utilizando pontos fixos de referência, ou ainda a partir do ajuste de pontos experimentais, utilizando-se de um termômetro padrão como referência.
A calibração de um termômetro consiste na comparação desses valores obtidos de um instrumento calibrado. Esta permite verificar a conformidade de um instrumento e também estabelecer uma relação entre a indicação obtida e o valor real. Como beneficio o processo de calibração fornece a confiabilidade dos resultados obtidos auxiliando o usuário do instrumento a reduzir as incertezas do processo de medição.
O método do tubo de Thiele representa um tubo de vidro munido de um braço lateral no qual se realiza o aquecimento do fluido contido no mesmo. Ao tubo de Thiele é inserido um microtubo que se encontra ajustado ao termômetro com assistência de um anel de borracha contendo o liquido ou o sólido que se deseja analisar os pontos de fusão e/ou ebulição.
OBJETIVOS
Determinação do ponto de fusão e ebulição de algumas substâncias, seguida da calibração do termômetro.
PROPRIEDADES E TOXICIDADES
Substância | Fórmula molecular | Peso molecular (g) | Ponto de fusão (ºC) | Ponto de ebulição (ºC) | Densidade (g/cm3) | Solubilidade | Toxicidade |
Nitrobenzeno | C6H5NO2 | 123 | 5,7 | 210,9 | 1,20 | Solúvel em água e acetato. Miscível em etanol. | Tóxico por inalação, contato com a pele e ingestão |
M-dinitrobenzeno | C6H4N2O4 | 168 | 89,9 | 291 | 1,57 | Insolúvel em água. Solúvel em acetato, benzeno e clorofórmio | Tóxico por inalação, contato com a pele e ingestão. Irritante aos olhos |
Ácido benzóico | C7H6O2 | 122 | 120 | 249 | 1,32 | Pouco solúvel em água. Solúvel em metanol, acetona, benzeno e clorofórmio | Irritante aos olhos, sistema respiratório e pele. |
Ácido p-aminobenzeno | C7H7NO2 | 137 | 187 | - | 1,37 | Pouco solúvel em água. Solúvel em etanol. | Irritante aos olhos, sistema respiratório e pele |
Ácido cinâmico | C9H8O2 | 148 | 134 | 300 | 1,25 | Pouco solúvel em água. Solúvel em metanol, etanol e clorofórmio | Irritante aos olhos, sistema respiratório e pele |
Hexano | C6H14 | 86 | -95 | 68 | 0,70 | Insolúvel em água. Solúvel em éter, metanol e clorofórmio | Tóxico. Irritante aos olhos, sistema respiratório e pele. Pode causar danos aos sistemas internos do corpo. |
Acetato de etila | C4H8O2 | 88 | -83 | 77 | 0,902 | Pouco solúvel em água. Miscível em etanol, acetona e clorofórmio. | Pode causar perca de sentidos náuseas e etc. irritante ao sistema respiratório. |
Álcool isopentílico | C5H12O | 88 | -117,2 | 132 | 0,811 | Insolúvel em água. Solúvel em éter e etanol. | Irritante aos olhos, sistema respiratório e pele |
Glicerina | C3H8O3 | 92 | 17, 8 | 290 | 1,26 | Miscível em água | Não é considerado tóxico |
Óleo mineral | - | - | - | 260-330 | - | Insolúvel em água | Não é considerado tóxico |
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