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Ensino de Química: Discursos e Interações Sociais

Por:   •  11/3/2020  •  Relatório de pesquisa  •  13.217 Palavras (53 Páginas)  •  134 Visualizações

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Campus Jequié

Departamento de Ciências e Tecnologias - DCT

Curso: Licenciatura em Química

Orientador: Bruno Ferreira dos Santos

GESSIANE SOUZA MEIRA (Bolsista)

Ensino de Química: discursos e interações sociais.

Relatório apresentado à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia como parte das exigências do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC).

Jequié – Bahia – Brasil

Fevereiro/2020

GESSIANE SOUZA MEIRA

Ensino de Química: discursos e interações sociais.

Relatório apresentado à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia como parte das exigências do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC).

Jequié – Bahia – Brasil

Fevereiro/2020

Sumário

RESUMO        4

INTRODUÇÃO        5

REVISÃO DE LITERATURA        6

METODOLOGIA        7

RESULTADOS E DISCUSSÃO        8

CONCLUSÃO        10

CONSIDERAÇÕES GERAIS        11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        12


RESUMO

A pesquisa sobre o ensino em sala de aula demanda ferramentas metodológicas para a coleta e preparação dos dados para a análise. Neste trabalho, apresentamos os Mapas de Episódios como instrumento de preparação de dados originados em registros de aulas de Química. Estes mapas foram elaborados a partir da observação de aulas em uma turma de 2º ano do Ensino Médio, em uma escola pública urbana de Jequié. Todas as aulas foram registradas em áudio e em vídeo durante o desenvolvimento de uma Sequência Didática (SD), com tema gerador “água”. A partir dos registros, organizamos as aulas em mapas de episódios, identificando as ações ocorridas. Estes mapas serão utilizados para posterior análise, quando os episódios serão selecionados de acordo com critérios pré-escolhidos.

Palavras-chave: Ferramenta metodológica; Mapas de episódios; Análise qualitativa; Ensino de Química.

        

INTRODUÇÃO

         

Uma aula comum compõe-se de várias atividades e ações. Normalmente essas atividades e ações são iniciadas pelo docente, que enquadra a participação dos estudantes nas atividades. Mais raramente, os estudantes podem assumir um maior protagonismo e iniciar uma atividade. Nas pesquisas que têm a aula como objeto, torna-se importante o mapeamento dessas atividades e ações, com fins de auxiliar metodologicamente a etapa analítica de uma investigação. Com base nesse mapeamento, será possível identificar as unidades de análise que serão submetidas a algum método particular pré-escolhido.  

Segundo Planas (2006), atualmente, registros de áudios e vídeos constituem a principal fonte de dados para muitas pesquisas. Para a análise deste material, é necessário que os pesquisadores assistam aos vídeos e ouçam os áudios, e transcrevam as falas para destacar os dados que serão analisados em sua pesquisa. Amantes e Borges (2011) propuseram os mapas de episódios como ferramenta metodológica para sua análise do contexto de ensino de aulas de Física de uma escola pública federal, com o intuito de descrever a situação de ensino e levantar possíveis fatores que influenciam o entendimento dos conteúdos estudados.

Segundo Amantes e Borges (2011), essa ferramenta pode ser utilizada de diversas maneiras para avaliar diferentes fatores do contexto de ensino. Ela permite mapear todos os elementos para uma posterior análise qualitativa, identificando e destacando os episódios específicos. Os mapas de episódio contêm descrições gerais da aula, em ordem cronológica: os diálogos, os eventos mais significativos, bem como a dinâmica geral utilizada pelo professor ao conduzir a aula, e ainda ajuda a definir uma visão do comportamento e da participação dos estudantes.

REVISÃO DE LITERATURA

Muitos pesquisadores gravam em áudio e em vídeo suas observações e em seguida transcrevem, destacando os dados que serão utilizados posteriormente na análise. Os vídeos e áudios, como elemento metodológico, permitem aos pesquisadores observar detalhes que, talvez, passem despercebidos no decorrer da pesquisa de campo. Segundo Powell, Francisco e Maher (2004) apud Clement (2000) e Martin (1999), o vídeo é um importante e flexível instrumento para coleta de informação oral e visual. Ele pode capturar comportamentos valiosos e interações complexas e permite aos pesquisadores reexaminar continuamente os dados.

A partir desta primeira etapa, o material é organizado em mapas de episódios, uma ferramenta metodológica. Para Amantes e Borges (2011), a ferramenta mapas de episódio se reporta tanto às características gerais como específicas e também a episódios relevantes para as questões de pesquisa, podendo ser utilizada de muitas maneiras para avaliar diferentes parâmetros do contexto de ensino.

Os mapas de episódio constituem de indicações de trechos das gravações em que houve discussão sobre o conteúdo ou a unidade de análise, relatos a respeito das atividades e da condução das aulas pelo professor, além de explicitar, para cada aula, as características do comportamento de cada grupo (AMANTES; BORGES, 2011).

Os mapas são organizados a partir de episódios que por sua vez são definidos como um conjunto de ações dos participantes em interação. Geralmente, esse conjunto é também caracterizado pelo tema da aula, as ações dos participantes, as formas como os participantes se posicionam no espaço físico no qual ocorrem as interações, as formas pelas quais eles interagem entre si e com os recursos que eles utilizam. Ou seja, esses episódios são construídos baseados nas interações entre os próprios participantes e entre os participantes e os recursos materiais (livro ou texto didático, quadro ou slide, etc.).  

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