Estudo De Casos De Corrosão Em Canalizações E Equipamentos
Por: Catarina Nogueira • 7/5/2023 • Resenha • 1.340 Palavras (6 Páginas) • 64 Visualizações
FACULDADES OSWALDO CRUZ
RESUMO ARTIGO
Corrosion case studies and prevention of stainless steel piping and equipment in building piping
sistems
O artigo trata sobre o estudo de casos de corrosão em canalizações e equipamentos, primeiramente é trazido o caso de corrosão no tanque de suprimento de água, onde através da diminuição do nível da água observou-se que os focos corrosivos nas paredes do tanque se encontravam nas soldas e segundo relatado o motivo dessas corrosões acontecerem se deu por conta do cloro que é adicionado a agua de torneira para que seja esterilizada, esse cloro acumulado nas paredes era proveniente do cloro que evaporava da agua na fase de vapor, com esse acumulo o pH nas paredes do tanque estavam em níveis baixos, expondo assim a parede do tanque a corrosão, para conter essa variável apresentada o nível de agua foi aumentado para o nível que deveria estar originalmente.
Logo em seguida ele apresenta o caso de corrosão em juntas nos canos de água quente do Hotel A apresentando um vazamento por um ponto corrosivo nessa junta com um ano de uso, verificou-se que todo o interior do cano estava avermelhado indicando que uma oxidação havia ocorrido e com pontos de oxidação na solda onde havia sido identificado o vazamento, constatou que a corrosão aconteceu devido a uma má penetração da solda. A rachadura identificada ocorreu pois quando a agua penetrou a solda causando um enfraquecimento, e devido a alta concentração dos ions de cloro presentes na agua a corrosão.
No próximo caso discorrido foi apresentado a corrosão da flange de uma tubulação de agua quente também no hotel A onde a corrosão do material não o ultrapassou por completo, sendo uma corrosão superficial, após analises mostrou-se que o que ocasionou a corrosão nesse casos foi os ions de cloro e sulfato haviam escapado pela junta expondo assim a flange a ação desses ions, onde o pH foi reduzido causando assim que a corrosão ocorresse.
No caso da tubulação apresentada, a corrosão ocorreu em fendas de tubulação de água quente (tubulação tipo T) em um acessório específico da tubulação, apresentava vazamento de água pela conexão há 7 anos. Isso ocasionou em uma corrosão localizada na superfície e em toda a sua circunferência, e as fissuras causadas pela corrosão fez com que penetrasse a parede do tubo internamente, e na área externa, o tubo apresentou rachaduras característica da corrosão transgranular.
Um dos motivos que desencadeou o ocorrido, é a qualidade da água que apresentava uma alta concentração de íon cloreto para os íons sulfato e uma alta alcalinidade, já que se tratava de água de poço que possui na pós filtração um tratamento com cloro. A alta concentração desses íons presentes na água durante a depuração pode ter levado a tubulação ao processo de corrosão em frestas e por pit do material que compunha a tubulação (aço inoxidável). A corrosão em frestas é um tipo de corrosão localizada que ocorre em pH neutro (água doce com baixo teor de sal).
As rachaduras por corrosão sob tensão nos tanques de armazenamento de água quente ocorreram após cinco anos de uso, onde houve uma forte corrosão em direção ao topo do tanque. Foi realizado um teste com corante para observar a penetração em sua profundidade corroída, e indica que a concentração de íons cloreto em uma determinada área ocasionou o craqueamento do material de isolamento térmico por conta do vazamento de água.
A corrosão em frestas pode ocorrer em materiais passivos ou não, além de que no início da exposição tanto a fresta quanto a região externa a esta corroem com a
mesma intensidade (as curvas anódica e catódica das duas regiões são idênticas). O desenvolvimento do processo corrosivo cria condições para o estabelecimento, manutenção e aceleração do ataque corrosivo e para funcionar como um sítio de corrosão, a fresta deve ser suficientemente larga de modo a permitir a penetração do líquido e suficientemente estreita para criar uma zona de estagnação (aberturas geralmente inferiores a 1/8 de polegadas).
Inicialmente, fresta e região externa estão passivas e corroem com pequena intensidade e no interior da fresta os íons metálicos, provenientes da corrosão, vão se acumulando, a uma condição estagnante, que não favorece a difusão rápida destes íons para fora da fresta, além de que ocorre a migração de íons cloreto para o interior da fresta – eletroneutralidade (mobilidade de outros ânions é inferior à dos cloretos);
Há também a quebra da película passiva devido à presença de cloretos e aceleração da corrosão do metal, onde no interior da fresta o oxigênio consumido não é reposto, o que impossibilita a repassivação e com o consumo de O2 no interior da fresta, a curva catódica do oxigênio cruza o trecho ativo (se houver), levando o potencial de corrosão do metal para esta região – o metal não consegue se repassivar no interior da fresta;
o Polarização anódica da área da fresta pela área nobre externa; o Hidrólise dos cloretos metálicos pela água e diminuição de pH; o Mecanismo autocatalítico semelhante à corrosão por pites – autocatalítico e com grande diferença entre a área anódica (pequena) e a catódica (grande).
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