Formação dos Haletos de Alquila Substituição Nucleofílica
Por: Melissa Brenda • 30/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.383 Palavras (6 Páginas) • 462 Visualizações
Introdução
Formação dos Haletos de Alquila
Reação de substituição é o processo em que um átomo ou um grupo de átomos em uma molécula é substituído por outro.
As substituições nucleofílicas são aquelas no qual o grupo que entra na molécula fornece um par de elétrons para nova ligação covalente e o grupo que sai leva consigo o par de elétrons da ligação quebrada:[pic 1][pic 2][pic 3][pic 4][pic 5][pic 6][pic 7][pic 8]
Um nucleófIlo é um reagente que procura um centro positivo. Quando um nucleófilo reage com um haleto de alquila, o centro positivo que o nucleófilo procura, é o átomo de carbono que carrega o átomo de halogênio. Esse átomo de carbono carrega uma carga positiva parcial, pois o halogênio eletronegativo puxa os elétrons da ligação carbono - halogênio em sua direção.[pic 9]
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A substituição nucleofílica (Sn) pode acontecer de duas maneiras: Substituição Nucleofílica Bimolecular (2ºOrdem) e Unimolecular (1ºOrdem), dependendo da velocidade do haleto de alquila presente, o nucleófilo reagira.
Substituição nucleofílica monomolecular ou de primeira ordem (SN1):
Este mecanismo se desenvolve em duas etapas envolvendo a participação de um carbocátion como intermediário reativo. Na primeira etapa (lenta), ocorre a ruptura da ligação carbono-GA, gerando o carbocátion, na segunda etapa (rápida) a ligação Nu-carbono é formada fornecendo o produto de substituição. Este é o mecanismo mais adequado para substratos que formam carbocátions estáveis como na preparação do cloreto de t-butila a partir do t-butanol.
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Substituição nucleofílica bimolecular ou de segunda ordem (SN2):
Ocorre através de um mecanismo direto, onde o ataque do nucleófilo (Nu) acontece simultaneamente à saída do grupo abandonar (GA), ou seja, a ligação Nu-carbono vai se formando enquanto a ligação carbono-GA vai se rompendo. É o mecanismo mais operante para substratos primários como na preparação do brometo de n-butila a partir do 1-butanol.
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Os haletos de alquila podem ser preparados de várias maneiras e por uso de variados reagentes, halogenação direta de alcanos, para as forma direta de cloretos e brometos de alquila possuindo misturas de isômeros, são de difícil separação em laboratório.
Objetivos
Analisar a reação de síntese do cloreto de t-butila com base nos estudos dos mecanismos de substituição nucleofilica, assim como realizar procedimentos laboratoriais como a pratica com o funil de extração e a realização de cálculos de rendimentos, a fim de analisar a taxa de aproveitamento de reações.
Materiais
Reagentes e solvente
- Terc-butanol;
- HCl concentrado;
- NaHCO3 5%
- CaCl2 anidro
- AgNO3 2% (em etanol)
- Equipamentos e vidrarias:
- Balão de fundo chato de 250 mL;
- Barra Magnética;
- Funil de separação de 125 mL;
- Erlenmeyer de 100 mL;
- Tubo de ensaio;
- Chapa de Agitação;
- Béquer de 25 mL;
- Proveta de 10 mL;
- Béquer de 50 Ml
Métodos
Em um balão de fundo chato, adicionou-se cerca de 20 mL de t-butanol, 50 mL de HCl (ácido clorídrico) e uma barra magnética, agitou-se a mistura em uma chapa magnética por 30 minutos em temperatura ambiente.
Transferiu-se a mistura para um funil de separação, descartando-se a fase inferior (aquosa). Lavou-se a fase orgânica com NaHCO3 5% duas vezes, usando uma quantidade de 20 mL, depois lavou-se novamente a mistura, porém com água, em um volume de 20 ml, sempre descartando a fase aquosa.
Após a lavagem, transferiu–se a fase orgânica para um Erlenmeyer e secou-se a solução com sulfato de sódio anidro. Realizou-se uma filtração simples para a retirada do hidrato.
Mediu-se o volume do produto para posterior cálculo de rendimento.
Por fim, realizou-se testes para haletos de alquila, colocando-se cerca de 0,1 mL do produto em um tubo de ensaio, adicionando-se 2 gotas da solução AgNO3 (nitrato de prata) agitando a mistura.
Resultados e Discussões
A prática para síntese do cloreto de t-butila se dá via mecanismo Sn1. A afirmação é fortalecida tendo por base os específicos reagentes utilizados: o HCl, por ser um ácido forte tem uma grande tendência a se dissociar, e o álcool terciário t-butanol. Os pares de elétrons do grupo hidroxila do álcool atacam o hidrogênio do haleto, ocasionando a protonação do álcool que contribui para a formação de um bom grupo abandonador que é a agua, que deixa o até então t-butanol protonado e forma um carbocátion terciário relativamente estável, caracterizando esta como a etapa determinante da reação. Em seguida, o íon cloreto rico em elétrons, gerado da dissociação do HCl, ataca o carbocátion deficiente em elétrons formando o cloreto de t-butila. A reação e o mecanismo são ilustrados nas imagens a seguir:
(CH3)3COH(l) + HCl(l)→ (CH3)3CCl(l) + H2O(aq)
Mecanismo:
[pic 22]
[pic 23]
Ao fim da reação, são observadas duas fases de líquidos não miscíveis como produtos da reação. A fase superior é determinada como a fase orgânica e a fase inferior, mais densa devido a forte ligação de H de um dos componentes desta fase, como a fase aquosa contendo água e HCl em excesso. A fase aquosa é facilmente descartada com auxilio do funil de extração, porém, a fase orgânica ainda pode possuir resquícios de impurezas e traços do reagente em excesso, o HCl. Com isso em mente, foram adicionados à fase orgânica duas porções de 20 mL de NaHCO3 para limpar a fase, ocasionando a reação com os resquícios de HCl.
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