Historia do Cromo
Por: Ray Sant'Anna • 4/11/2015 • Seminário • 452 Palavras (2 Páginas) • 1.185 Visualizações
História do Cromo
Em 1762, J. G. Legmann, numa carta endereçada ao naturalista G. L. L. de Buffon, descreveu um novo mineral proveniente da Sibéria. Sabemos agora que este mineral é a crocoisita, ou cromado de chumbo. Acreditou-se, na época, que era um composto de chumbo com selênio e ferro. Em 1770, Peter Simon Pallas escavou no mesmo lugar e encontrou o mineral, verificando ser muito útil, devido às suas propriedades, como pigmento, em pinturas. Essa aplicação como pigmento difundiu-se rapidamente.
Em 1797, Louis Nicolas Vauquelin recebeu amostras desse material. Foi capaz de, a partir dele, produzir o óxido de crômio (CrO3) misturando crocoíta com ácido clorídrico ( HCl ). L. N. Vauquelin tornou a examinar o mineral e concluiu que o chumbo devia estar combinado com um ácido peculiar, que ele considerou ser o óxido de um novo metal. Este foi denominado cromo – do grego (chroma), cor – porque todos os seus compostos são coloridos. Em 1798, quando descobriu que se podia isolar o crômio aquecendo o óxido em um forno de carvão, L.N. Vauquelin reconheceu um novo elemento, no espinélio e na esmaragdita, e F. Tassaeret, em 1799, encontrou o cromo no minério de ferro cromado. Também pôde detectar traços de crômio em pedras preciosas, como por exemplo, em rubis e esmeraldas.
Agora uma forma mais perigosa: o cromo VI, ele é produzido por processos industriais. Este cromo é um carcinógeno e afeta o sistema imunológico de seres humanos. Em 1983, a assistente legal Erin Brockovich juntou-se à população de Hinkley para levar a empresa PG&E ao banco dos réus por contaminar o lençol freático da cidadezinha com cromo hexavalente, que teria causado o aumento súbito dos casos de câncer na comunidade. A empresa foi obrigada a pagar 333 milhões de dólares e a remover os resíduos tóxicos de Hinkley. Passados 20 anos, o que se constata é que o cromo hexavalente ainda pode ser encontrado nas águas da pequena cidade, agora abandonada. Esta contaminação é tão séria que foi parar nas telas de Hollyood. O filme “Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento” relata os efeitos do cromo como malefício.
Em 2008, o cromo hexavalente, elemento químico, começou a se espalhar novamente. Desde janeiro que o escritório Brockovich and Bob Bowcock of Integrated Resource Management vem realizando testes na água da região: 180 amostras já foram analisadas e os resultados revelaram que a área contaminada é duas vezes maior que as estimativas da empresa, segundo Bob Bowcock. Apesar da PG&E afirmar que o nível do composto é baixo, os empresários estão dedicados a resolver este problema: a empresa de gás e energia tem enviado água engarrafada aos moradores fronteiriços e feito propostas para comprar as casas cujas famílias tenham sido afetadas.
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