INSTRUMENTOS DE MEDIDA: AVALIAR E CALIBRAR
Por: Felipe Negreiros • 2/4/2017 • Relatório de pesquisa • 1.547 Palavras (7 Páginas) • 609 Visualizações
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UNIVERSIDADE VILA VELHA – UVV
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA 02
INSTRUMENTOS DE MEDIDA: AVALIAR E CALIBRAR
Disciplina: Química Geral e Inorgânica
Professor:
VILA VELHA
MARÇO - 2017
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RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA 02
INSTRUMENTOS DE MEDIDA: AVALIAR E CALIBRAR
Relatório do Curso de Graduação em Ciências Biológicas apresentado ao Centro Universitário Vila Velha – UVV, como parte das exigências da disciplina Química Geral e Inorgânica sob orientação da professora Zilma Maria A. Cruz.
VILA VELHA
MARÇO - 2017
INTRODUÇÃO
Segundo Constantino, da Silva e Donate (2003) a química é uma ciência experimental e se ocupa especialmente da transformação das substâncias, de sua composição e das relações entre estrutura e reatividade. Os princípios em que a química se apóia são baseados em fatos experimentais, razão pela qual a aprendizagem dos métodos de execução do trabalho experimental é de extrema relevância. Isso inclui a aprendizagem do manuseio dos instrumentos e realização de medidas precisas.
Todas as medidas experimentais têm algum erro que é devido ao limite de precisão do instrumento de medida utilizado (CONSTANTINO, DA SILVA E DONATE, 2003). Esse erro não pode ser evitado e é por isso que devemos leva-lo em consideração ao obter nosso resultado experimental. Constantino, da Silva e Donate (2003) explicam que há erros absolutos e erros relativos. A diferença entre o valor exato e o valor aproximado é o erro absoluto. É muito útil em diversas circunstâncias, considerar o erro relativo, que é a razão do erro absoluto para o valor da medida, geralmente dado na forma de porcentagem.
Há instrumentos de medida de muitos tipos, como balanças, termômetros, provetas, buretas, balões volumétricos, etc. É sempre importante expressar os resultados das medidas através do número correto de algarismos significativos. Algumas regras válidas são apresentadas por Constantino, da Silva e Donate (2003):
- Se o instrumento for digital, não há como errar. Todos os algarismos devem ser copiados;
- Se o instrumento tem uma graduação em forma de escala, geralmente é possível ter um algarismo a mais do que o expressado pelo menor traço da escala;
- Instrumentos gotejadores tem sua precisão limitada pelo volume da gota;
- Para os instrumentos sem escala como balão volumétrico e pipetas volumétricas é necessário conhecer como o instrumento é calibrado para determinar sua precisão. Eles são geralmente calibrados por pesagem de água em balanças analíticas, resultando em instrumentos de precisão com 4 algarismos significativos.
A calibração ou calibragem é o nome dado ao conjunto de operações que estabelecem a relação entre os valores indicados por um instrumento de medida e os valores representados por uma medida materializada ou um material de referência. Os aparelhos volumétricos (tais como provetas, copos de Becker, frascos de Erlenmeyer, balões volumétricos e tubos de ensaio), por exemplo, são calibrados com água deionizada e na temperatura adequada às condições de trabalho (REMIÃO, SIQUEIRA, AZEVEDO, 2003).
De um modo geral, para as medidas aproximadas de volumes líquidos, utilizam-se cilindros graduados e provetas, enquanto que para as medidas precisas usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos. A medida do volume é feita comparando-se o nível do líquido com os traços marcados na parede do recipiente. A leitura do nível para líquidos transparentes deve ser feita na tangente do menisco, estando a linha de visão do operador perpendicular à escala graduada, para evitar erro de paralaxe. Com líquidos escuros, a leitura é feita na parte superior do menisco (CONSTANTINO, DA SILVA E DONATE, 2003). Erro de paralaxe é um erro que ocorre pela observação errada na escala de graduação causada por um desvio óptico causado pelo ângulo de visão do observador.
As medidas de massa, por sua vez, são feitas com balança, que geralmente são os valores de maior precisão nos laboratórios químicos. São geralmente classificadas de acordo com sua precisão, sendo os tipos mais comuns as analíticas (precisão de 10mg) e semi-analíticas (precisão de 0,1mg). As balanças podem ser mecânicas ou eletrônicas. As eletrônicas são, em geral, mais fáceis de operar e as mecânicas são mais robustas e exigem mais cuidados. Constantino, da Silva e Donate (2003) citam que alguns cuidados básicos no uso de balanças, de qualquer tipo são: 1) Não iniciar a pesagem se o prato estiver sujo; 2) Não colocar produtos químicos diretamente no prato; 3) Não se apoiar sobre a mesa da balança; 4) Verificar o nível da balança antes de iniciar a pesagem; 5) Não pesar objetos molhados pelo lado de fora; 6) Não pesar objetos quentes ou frios.
OBJETIVOS
Os objetivos do experimento realizado foram:
1) comparar a precisão de diferentes equipamentos de medida utilizados em laboratório, a saber: a) proveta, Becker e Erlenmeyer; b) bureta e pipeta volumétrica de 10 ml.
2) aprender a calibrar três balões volumétricos.
MATERIAIS
- Proveta;
- Becker;
- Erlenmeyer;
- Bureta;
- pipeta volumétrica de 10ml;
- Balões volumétricos;
- Balança de precisão;
- Água deionizada;
METODOLOGIA
- Comparação entre proveta, Becker e Erlenmeyer para definição do equipamento mais preciso.
- Verificou-se se os equipamentos estavam secos e limpos;
- Pesaram-se os equipamentos e os resultados foram anotados;
- 50 ml de água foram colocados nos equipamentos, utilizando a marca de aferição, e a pesagem foi novamente realizada;
- A temperatura ambiente foi determinada através de um termômetro introduzido em um recipiente com água. Verificou-se a densidade da água na temperatura observada;
- A massa de água foi especificada pela diferença de peso do equipamento vazio e o equipamento com a água.
- O volume real foi calculado após a obtenção do valor da massa e da densidade da água.
- Comparação entre pipeta e bureta volumétrica de 10ml para definição do equipamento mais preciso
- Um Becker de 50 ml foi pesado;
- Escoou-se água pela bureta cuidadosamente de modo a não ultrapassar o volume de 10ml para o Becker;
- O Becker com água foi novamente pesado. Para cálculo do volume, o mesmo procedimento descrito no item anterior foi utilizado.
- Novamente outro Becker de 50 ml foi pesado e foi repetido o procedimento de escoar pela pipeta volumétrica - 10 ml de água para o Becker.
- O Becker foi novamente pesado com água e o volume calculado da mesma forma que o procedimento do item 1.
- Calibração de três balões volumétricos.
- Os balões volumétricos foram marcados por A, B e C.;
- Cada um dos balões foi pesado e suas respectivas massas anotadas;
- Os balões A, B e C foram preenchidos com água até o menisco e novamente pesados;
- Determinou-se a massa de água para cada um deles;
- O erro relativo foi calculado para cada balão, seguindo a fórmula:
% erro = Vexp – Vfab / Vfab X 100, sendo Vexp = volume determinado através da densidade de água e Vfab. = volume indicado pelo fabricante.
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